terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Catarse - Terapia do Inconsciente - Pedro Lichtnow

 
 Já posso adiantar, meus amigos, alunos e comunidade acadêmica de Foz do Iguaçu, o livro do escritor, jornalista e "meu amigo Pedro" é um show. Vale a pena.  Estarei no lançamento e convido a todos. Abraços.

"A narrativa em forma de conversa interna mostra como o autor buscou a autorreflexão para melhorar a compreensão sobre a vida. Na obra, a junção de saberes filosóficos, psicanalíticos e espirituais promove a limpeza psíquica, emocional e energética em várias experiências pessoais. ‘Catarse’ trata-se de um processo de autoconhecimento, autenticidade e individuação do autor".

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

GÊNEROS TEXTUAIS PAS - UEM - Prof.º Thiago Benitez

Galera, o professor Thiago Benitez organizou uma excelente revisão com todos os gêneros textuais que serão cobrados no PAS-UEM.

Segue link: https://docs.google.com/file/d/0B93uSagnPDecR1paLWl3VFo0aE0/edit

Veja um exemplo:

RESUMO
Resumo é uma exposição abreviada de um acontecimento. Fazer um resumo significa apresentar o conteúdo de forma sintética, destacando as informações essenciais do conteúdo de um livro, artigo, argumento de filme, peça teatral, etc. A elaboração de um resumo exige análise e interpretação do conteúdo para que sejam transmitidas as ideias mais importantes.
Resumir é identificar as ideias centrais e secundárias de um texto; é apresentar uma síntese do texto que corresponde à compreensão do que foi lido. Resumir é um exercício que combina a capacidade de síntese e a objetividade. O resumo é um texto que apresenta as ideias ou fatos essenciais desenvolvidos num outro texto, expondo-os de um modo abreviado e respeitando a ordem pelo qual surgem.

Exemplo de Resumo:
Em seu texto publicado na Folha de São Paulo (22/10/2005), Marcelo Gleiser levanta a seguinte questão: afinal a ciência é uma criação humana ou apenas uma descoberta? Para muitos, cientista é aquele que revela o sentido oculto das coisas pré-existentes, enquanto que o artista cria o que não existia antes. No entanto Gleiser acredita que a ciência é uma criação do homem, assim como a arte o é, apesar de obedecerem a critérios diferentes. Como exemplo ele cita a gravidade, que ao longo da história foi explicada de maneiras distintas por Aristóteles, Newton e Einstein, mas que poderá encontrar novas possibilidades de explicação à medida em que o conhecimento científico avança. Portanto, finaliza Marcelo, a visão científica é uma construção humana em constante transformação, e o que se descobre são novos modos de criar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Professora aponta 8 temas de atualidades que podem cair na redação do Enem 2014

Redação Enem 2014: Papel da mulher no século XXI
Por se tratar de um tema social, o papel da mulher no século XXI é aposta de professores como tema da redação do Enem e de outros vestibulares há algum tempo. “A mulher está mostrando um protagonismo como atora social, principalmente nas posições políticas, e esse tema ainda não foi cobrado”, comentou a professora. Ainda para a professora, esse tema apresenta uma necessidade de discussão social e “esse tema pode ser articulado com algo como os progressos na sociedade e o problema de que a mulher ainda tem que enfrentar alguns problemas comuns no cotidiano”.

Redação Enem 2014: Os “justiceiros” 
Recentemente, observamos no País casos de pessoas que tomaram a justiça para suas próprias mãos. No dia 3 de maio, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi linchada até a morte por moradores do Guarujá que acreditaram que ela sequestrava crianças. Episódios como esse que tiveram grande repercussão de mídia fazem dos “justiceiros” um possível tema pra a redação


“Acredito que as redes sociais, o papel da mídia e o processo de convocar as pessoas para fazerem justiça com as próprias mãos e afirmarem que o Estado não está presente é uma forma de o Enem tratar o assunto”, disse a professora. “O problema é que essa repercussão faz com que o estudante tenha uma argumentação falha e baseada no senso comum”, completou, destacando que o aluno deve estar bem informado para que o seu texto fuja do pensamento em massa.


Redação Enem 2014: Redes sociais x Direitos Humanos
Outra característica marcante do Enem é o fato de que o exame sempre vai buscar assuntos próximos do cotidiano dos estudantes e não há como negar que as redes sociais estão sempre presentes na vida desses candidatos. A discussão que poderia ser levantada na redação é a questão da privacidade e os limites que englobam as redes sociais com foco nos Direitos Humanos. Segundo a professora, “seria interessante que o jovem estivesse bem informado sobre o Marco Civil da Internet, marco que não foi muito divulgado e que aborda como a neutralidade da rede, o armazenamento de dado e o sigilo só poderiam ser quebrados judicialmente”. Ainda para ela, os estudantes não estão preparados para falar sobre o tema.

Redação Enem 2014: O Futebol
Com os eventos esportivos que acontecem no Brasil em 2014, o futebol torna-se um candidato forte para a redação do Enem. Para a professora Andrea, existem diversas formas de abordar o tema como a sua dimensão cultural e histórica e o futebol como representante de uma sociedade democrática. Outra forma de abordar o tema seria a relação entre o futebol nos dias atuais e o mesmo esporte na ditadura militar. Com os 50 anos do Golpe Militar de 64, a professora acredita que “existe muita possibilidade de que essa relação seja feita. Seria pensar o futebol como método de alienação e o posicionamento das pessoas quanto ao mesmo”.

Redação Enem 2014: Escassez de água
O Enem também apresenta uma forte preocupação com o meio ambiente. Em 2014, o País está sofrendo com problemas relacionados à escassez de água. Em São Paulo, especialistas se preocupam com o nível das reservas do Cantareira e dizem que no cenário mais otimista essa reserva se esgotará em outubro. “O Enem pode esperar que o candidato relacione o meio ambiente com as políticas públicas que pensem no bem estar do cidadão”, comentou a professora. “O Enem vai trabalhar com uma proposta de intervenção, por isso é importante que os jovens estejam informados sobre o que pode ser feito para amenizar o problema e as discussões que envolvem a utilização do volume morto das respostas, assim como os problemas relacionados à economia”, completou.

Redação Enem 2014: Campanhas de Vacinação
Recentemente, foram lançadas Campanhas de Vacinação para meninas de 13 anos contra o HPV. Essas vacinas geraram problemas envolvendo o preconceito que ainda existe sobre as campanhas de prevenção e a sexualidade em si. “Este é um tema interessante por ser de saúde pública e o Enem trabalha bastante as questões sobre a sexualidade. É importante refletir sobre as políticas públicas de prevenção às DSTs e encarar esse tema de uma forma ampla”, afirmou a professora.

Redação Enem 2014: Racismo
racismo na sociedade brasileira é uma das grandes apostas da professora para a redação do Enem 2014. “Eu acredito que o tema possa cair por vivermos em uma democracia racial que é uma grande falácia, e isso pode aparecer com alguma alusão ao sistema de cotas”, comentou. A professora de redação ainda acredita que o tema pode ser relacionado ao futebol e à formação de identidade devido aos acontecimentos recentes com o jogador Daniel Alves, que foi atingido por uma banana em uma partida.

Redação Enem 2014: O Brasil diante dos estrangeiros
O Brasil vai receber um grande número de estrangeiros neste ano devido aos eventos esportivos. Diante disso, a professora também aposta em um tema relacionado à imagem dos brasileiros para esses viajantes. “Como brasileiro quis se mostrar e como ele se mostrou? Qual é a cara do Brasil? O Enem pode cobrar essa relação e o encontro de culturas que acontece em 2014”

fonte: http://noticias.universia.com.br/en-portada/noticia/2014/06/09/1098473/professora-aponta-8-temas-atualidades-podem-cair-redaco-enem-2014.html

terça-feira, 4 de novembro de 2014

ESQUELETO DE REDAÇÃO - TEXTO GENÉRICO


Ainda não concluiu o ensino médio?
Quer terminar seus estudos? Venha conhecer a EJA A DISTÂNCIA DO DOM.

Entenda as competências cobradas na redação do Enem

Tirar nota 1.000 na redação é o maior desejo de muito vestibulando. Por isso, para que você compreenda a maneira que sua redação será avaliada e saiba o que você deve fazer na hora da prova para atingir esse objetivo,confira quais são as competências cobradas no Enem:
Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita

Na sua redação, você deve ser objetivo e claro utilizando vocabulário variado. Além disso, você não pode escrever usando marcas da oralidade, como gírias, afinal o avaliador analisará se você sabe distinguir os registros formal e informal.


Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento, para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo


É nesse momento que o avaliador verá a qualidade da sua leitura porque para aqueles que lêem bem, torna-se fácil escrever dentro dos requisitos da proposta da redação. Avaliando essa competência, o corretor também perceberá sua bagagem cultural, já que você exibirá nos seus argumentos exemplos da sua vida, seja experiências pessoais, seja livros e filmes com os quais você cruzou ao longo dos seus anos. Para ter uma boa avaliação nesse quesito, deixe clara a tese que você quer defender e utilize argumentos fortes, isto é, que de fato provem o seu ponto de vista. Atente também ao uso que você fará dos textos motivadores. Estes devem servir apenas como inspiração para seu texto, ou seja, não os copiem. Desenvolva suas próprias ideias.


Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista 

A relação entre as competências 2 e 3 é inegável, já que esta última atenta ao seu conhecimento de mundo e como você o usou na sua redação.. Sobre isso, a professora de redação Andrea Lanzara, do Cursinho da Poli, em São Paulo, comenta: “a competência 2, que é a compreensão da proposta, e a competência 3, que vai selecionar, organizar, interpretar os fatos e opiniões em defesa de um ponto de vista cobram o modo como o aluno leu a proposta de redação.”. É também observado pelo avaliador, baseando-se na competência 3, a coerência do seu texto e se o leitor consegue compreendê-lo facilmente.


Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 

O candidato soube encadear bem suas ideias?” É esta a pergunta que o avaliador fará ao ler sua redação. Em outras palavras, você deve se preocupar se usou adequadamente as conjunções e preposições para conectar suas sentenças e parágrafos, se estes estão bem estruturados e se seu texto, de maneira geral, tem sua sequência lógica.


Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos


Geralmente, a proposta de redação propõe ao estudante um problema e, por isso, pede que você sugira uma solução. No entanto, mais do que viável, sua resolução deve respeitar a cidadania, liberdade e diversidade cultural, além de ser solidária. Detalhe sua proposta de solução e confira se ela é coerente.
fonte: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/29/1108747/entenda-competencias-cobradas-redaco-enem.html

domingo, 2 de novembro de 2014

TEMA DE REDAÇÃO ENEM 2014 - DICA DO PROF. EMERSON

Violência contra a mulher: Opinião do brasileiro sobre estupro gera protestos

Os resultados da pesquisa "Tolerância social à violência contra as mulheres", divulgada em março de 2014 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), provocou diversas reações nas redes sociais após apontar que 65,1% dos entrevistados concorda total ou parcialmente que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.
Poucos dias após a divulgação da pesquisa, o Ipea reconheceu que o resultado estava errado. O percentual correto para a questão é 26%. Mesmo assim, a pesquisa levantou outros pontos que chamam atenção: Para a maioria dos entrevistados (58,5%), "se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros" e para 65,1%, “mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar”.
Outros resultados apontaram que 22,4% concordam que a questão da violência contra as mulheres recebe mais importância do que merece; para 54,9% existe mulher que é para casar e mulher que é pra cama; e para 27,2%, a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo quando não tem vontade.

Repercussão

A conclusão de que a culpa pelo crime do estupro seria da própria vítima –resultado que depois se mostrou errado-- chocou a opinião pública e gerou uma campanha nas redes sociais logo após a divulgação da pesquisa. Criado no Facebook pela jornalista Nana Queiroz, de Brasília, o movimento #eunãomerecoserestupradapropôs que o internauta tirasse uma foto de si mesmo com uma placa com o mote da campanha.
Apesar do efeito viral positivo, centenas de usuários postaram ameaças e agressões na página do evento, comprovando que o pensamento de parte da sociedade não está tão distante da pesquisa. Um dos agressores, por exemplo, segurava um cartaz com os dizeres "#eu já estuprei e estupro de novo". Outros ameaçaram as manifestantes de estupro. Organizadores do evento procuraram a polícia, que vai identificar e tentar enquadrar os agressores por apologia e intenção ao crime.
A repercussão da pesquisa foi também reflexo de acontecimentos anteriores. Na semana que antecedeu a divulgação da pesquisa, a violência contra o sexo feminino também ficou em evidência com os casos de vítimas de abusos sexuais no metrô e nos trens de São Paulo. Páginas de internautas que incentivam o assédio de mulheres no transporte público têm sido monitoradas pela polícia, como os autodenominados “encoxadores do metrô”, uma comunidade de 12 mil usuários no Facebook.
Em fevereiro deste ano, quatro anos após ter sido produzido, um curta-metragem da cineasta francesa Eléonore Pourriat fez sucesso na internet. No vídeo “Maioria Oprimida”, ela mostra como seria o mundo se os homens fossem sistematicamente alvo de ofensas físicas e verbais por mulheres, com situações que elas lidam no dia a dia. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a diretora criticou o sexismo e disse que o filme está mais atual do que nunca. “Meu filme fez sucesso agora por que certos direitos estão ameaçados. É como uma maré negra”.
No Brasil, o site Think Olga promove a campanha “Chega de Fiu Fiu”, que pede o fim das cantadas e do assédio sexual às mulheres. Em pesquisa feita pelo site, 81% das mulheres já deixaram de fazer alguma coisa (como passear) por medo do assédio masculino na rua.
Todos esses casos revelam como o estupro e o pensamento machista ainda estão presentes na nossa cultura e nos números de violência.
Segundo dados do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os casos de estupros no Brasil superam os de homicídios dolosos. Em 2012, foram 50 mil casos registrados. Pelo Twitter, a presidente Dilma afirmou que os dados são alarmantes e lembrou que muitas mulheres ainda não denunciam a violência por medo e vergonha.
Atualmente, somente uma pequena parcela dos estupros chega ao conhecimento da polícia. A partir de estatísticas de atendimentos realizados em 2011 por postos de saúde e hospitais públicos, um levantamento do Ministério da Saúde estima que no mínimo 527 mil pessoas sejam estupradas por ano no Brasil. O estudo Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde revela que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. Para essa parcela, o maior perigo está dentro de casa - 80% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou conhecidos das vítimas.

Onda de conservadorismo

A luta das mulheres por direitos, ou o movimento feminista, pode ser dividida em três momentos: as reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, divórcio, educação e trabalho, nos séculos 18 e 19; a liberação sexual, impulsionada pelo aumento dos contraceptivos, no fim da década de 1960; e a luta por igualdade no trabalho, iniciada no fim dos anos 1970. Hoje, grupos feministas ainda buscam avanços no que diz respeito aos direitos reprodutivos, uma briga já ganha em alguns países, mas que enfrenta o poder das alas conservadoras em outros.
A conquista destes e de outros direitos civis no Ocidente está diretamente relacionada a uma forte resposta conservadora contra o avanço dos mesmos. Nas ciências sociais, o termo usado para esse fenômeno é a palavra “backlash”. Se por um lado a sociedade está mudando, por outro, uma parcela quer manter o que já é tradicional e se mobiliza para isso.
No Brasil, no campo da política, esse efeito se reflete na aprovação de novas leis no Congresso, principalmente em temas que discutem sexualidade, saúde reprodutiva e vida familiar. Entre os exemplos estão propostas como a criação do Estatuto da Família, de autoria do pastor e deputado Anderson Ferreira (PR-PE), que reconhece como família apenas a união entre homem e mulher; o projeto da “cura gay”, do deputado João Campos (PSDB-GO); e o Estatuto do Nascituro, com o objetivo de proibir o aborto em caso de estupro – direito assegurado por lei -- e obrigar que o pai pague pensão alimentícia às crianças concebidas mesmo em uma relação sexual forçada.
Um dos principais motivos do aumento desses projetos é a ascensão nos últimos anos da chamada bancada evangélica, que conta com um número expressivo de deputados que levam para o Congresso propostas baseadas em valores e crenças religiosas. Embora o Brasil seja um Estado laico, em que religião e o Direito teoricamente não se misturam, o processo democrático permite que o deputado tenha a liberdade de apresentar qualquer tipo de proposta para votação.
No Brasil, muitas são as iniciativas de grupos de mulheres e coletivos para diminuir a violência de gênero. No Governo Federal, quem trata do tema é a Secretaria de Política para Mulheres trabalha na ampliação de campanhas para divulgar a Lei Maria da Penha, criada em 2006 e hoje o principal instrumento jurídico para coibir e punir a violência doméstica contra mulheres.
Outra ação é o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, criado em 2007 para articular iniciativas contra esse tipo de violência. Além disso, a ONU Mulheres no Brasil tem tomado medidas para acabar com a violência contra as mulheres. Entre elas, o Protocolo para a Investigação das Mortes Violentas de Mulheres por Razões de Gênero, a campanha "O valente não é violento" e o aplicativo "SOS Mulher", que faz parte de um projeto global por cidades seguras para mulheres e meninas.
FONTE: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/opiniao-do-brasileiro-sobre-estupro-gera-protestos-contra-a-violencia-machista.htm

terça-feira, 28 de outubro de 2014

COMO ELABORAR UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO QUE CONVENÇA OS EXAMINADORES

Saiba formas de criar uma proposta nota 10 dentro do curto tempo da prova

Por Luiz Roberto Wagner e Djenane Sichieri Wagner Cunha


A maioria dos vestibulares exige, para redação, o tipo de texto argumentativo. O Enem, no entanto, escolheu como norte o texto dissertativo-argumentativo: a redação esperada pelos examinadores precisa defender uma ideia usando explicações para justificá-la. Mas, além de apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, a redação deve oferecer uma proposta de intervenção na vida social, respeitando os direitos humanos. Essa proposta deve considerar os pontos abordados na argumentação, deve manter vínculo direto com a tese desenvolvida e coerência com os argumentos usados, já que expressa a visão do autor, das possíveis soluções para a questão discutida. 

O candidato deve recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Vamos aqui trabalhar mais especificamente essa proposta de intervenção, que tem sido um dos entraves dos alunos, acostumados sempre com a chamada "conclusão". A divisão aristotélica usada até hoje (introdução, desenvolvimento e conclusão) é convertida pelos professores, desde o fundamental, numa terminologia que nos faz aprender a produzir textos com "começo, meio e fim". É esse "fim" que é confundido equivocadamente pelos candidatos com a "proposta de intervenção".

Viável
Guia do Participante, do MEC-Inep, sugere que a proposta de intervenção seja "detalhada" para "permitir ao leitor o julgamento sobre sua exequibilidade". Significa dizer que ela deve conter a exposição da intervenção sugerida e o detalhamento dos meios para realizá-la. A proposta deve, ainda, refletir os conhecimentos de mundo de quem a redige, e a coerência da argumentação é decisiva para a avaliação.

Que tema pode cair na redação? Essa é uma das maiores preocupações dos estudantes. Todos os conhecimentos adquiridos nas disciplinas - língua portuguesa e literatura, história, geografia, filosofia, sociologia e outras - darão aos alunos suporte não só para desenvolver a fase intertextual (citações), como criar a fase textual, com coesão, coerência e, sobretudo, correção gramatical.

Vale a pena analisar se a introdução apresenta o tema pedido na prova, se os argumentos sustentam a tese escolhida, se as propostas de intervenção social são convincentes e se têm conexão com o começo do texto.

Coesão
Para exemplificação, citamos ao longo da matéria excertos de redação de candidatos que obtiveram nota mil nos últimos vestibulares do Enem, só com as iniciais de seus nomes. Destacamos elementos coesivos: coincidentemente, os exemplos selecionados trouxeram o mesmo, a conjunção conclusiva "portanto". Os candidatos devem saber, contudo, que há outros elementos coesivos, como "assim", "logo", "por conseguinte", "então", "pois" (após o verbo), todos expressando a mesma relação conclusiva.

O candidato deve sempre buscar propostas concretas, específicas, consistentes com o desenvolvimento de suas ideias. Antes de elaborá-la, deve procurar responder às perguntas: O que é possível apresentar como proposta de intervenção na vida social? Como viabilizá-la?

Deve-se elaborar uma proposta de intervenção detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Ela deve ser clara, inovadora e, sobretudo, viável.

Confira os trechos das redações que tiveram nota máxima:
1. Antes da conclusão
A proposta da candidata B. P. D. mantém vínculo direto com a tese; inicia o texto com citação - um argumento de autoridade - retomada no final, após as explicações da proposta
Segundo Thomas Hobbes, é necessário estabelecer um contexto social em que o governo garanta a segurança do povo e iniba um convívio caótico. No entanto, o alcoolismo no Brasil é um dos fatores que impede a harmonia no trânsito e oferece riscos à vida humana. [...]
Pode-se dizer, portanto, que a iniciativa do governo federal produz benefícios incontestáveis, mas que ainda não são plenamente aplicados. Para tanto, é preciso intensificar a divulgação de propagandas midiáticas que demonstrem as vantagens da nova lei, além de aumentar a fiscalização das vias públicas, por meio da atuação da polícia militar, principalmente em regiões de maior fluxo veicular. Tais medidas, associadas ao incentivo ao uso de táxis com a redução de custos possibilitados por subsídios governamentais são importantes.
Afinal, assim será possível, ao menos, garantir a harmonia defendida por Hobbes diante da ordem e do progresso estampados em nossa bandeira.

2. Linhas gerais
Com o tema da "lei seca", a aluna B. N. C. transfere sua 
proposta para uma sociedade mobilizada e para o governo, 
valorizando disciplinas como cidadania e segurança
Portanto, a lei seca é importante para a redução do número de acidentes de trânsito. Porém, sua efetividade completa só ocorrerá com a mobilização da sociedade. Sendo assim, é preciso que o governo acrescente ao currículo escolar disciplinas como cidadania e segurança no tráfego, além de tornar mais rígidas as punições pelas transgressões e aumentar o número de postos de fiscalização. Ademais, deve-se fazer uma reforma no sistema de transportes públicos, aumentando o número desses nos horários noturnos e nas cidades periféricas. Dessa forma, será possível reduzir o número de mortes no trânsito e chegar a uma sociedade menos individualista.

3. Intervenção
O verbo "intervir" origina-se do latim intervenire, que apresenta dois significados: atuar diretamente, agindo ou decidindo, e emitir, expor opinião.
Daí a intervenção que os candidatos ao Enem devem propor com a tomada de ações e suas prováveis soluções.

4. Até a simplicidade conta
Ao abordar o "movimento imigratório", a candidata Y. R. V. propõe que o governo crie uma "cartilha do imigrante"
Torna-se evidente, portanto, que o país precisa administrar de forma mais consciente a expressiva chegada de imigrantes. Com esse objetivo, além das medidas anteriormente citadas, a criação da "cartilha do imigrante" ajudaria no estabelecimento desses indivíduos, uma vez que eles ficariam cientes de suas possibilidades, sendo papel do governo elaborá-la. Com os imigrantes incrementando não só a cultura como a economia, a reação social de transformação em país do futuro certamente será agilizada.

5. Cinco competências
MEC define características desejadas para a criação e a correção de redações
Modalidade formal
Texto deve ser claro e objetivo, usar vocabulário variado e preciso, diferente do usado na fala, e seguir as regras da modalidade escrita formal do idioma. Mas evitar vocabulário rebuscado.
Compreender a prova
Texto deve compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas para desenvolver o tema. Deve demonstrar a verdade de uma tese e expor um aspecto relacionado ao tema, defendendo uma posição e demonstrando que o candidato está atualizado com o mundo.
Proposta para intervenção
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Mecanismos para argumentar   
Frases e parágrafos devem estabelecer entre si uma relação que garanta a sequência coerente do texto e a interdependência entre ideias. Cada parágrafo deve ter períodos articulados; cada ideia nova precisa estabelecer relação com as anteriores. Deve-se substituir palavras repetidas por sinônimos e prestar atenção se não houve deslizes na pontuação - separar sujeito de predicado com vírgula é falha grave -, e acentuação, conforme o novo acordo ortográfico.
Selecionar, relacionar, interpretar
Trata-se da inteligibilidade do texto, ou seja, sua coerência, a plausibilidade entre as ideias, o que depende de fatores: relação de sentido entre as partes do texto; precisão vocabular; progressão adequada ao desenvolvimento do tema; adequação entre conteúdo do texto e mundo real.
O tema do Enem 2012 foi "O movimento imigratório para o Brasil no século 21". Ele envolve a discussão sobre vantagens e desvantagens da presença de imigrantes na vida cotidiana; o impacto dessa presença na economia do país; as formas de tratamento a essa nova população e a influência de novas culturas na cultura local.
A redação deve apresentar caráter dissertativo (explicações, exemplificações, análises ou interpretações de aspectos presentes na temática solicitada) ou argumentativo (defesa ou refutação).
FONTE: http://revistalingua.uol.com.br/textos/108/a-rapidez-da-proposta-327460-1.asp

domingo, 12 de outubro de 2014

Pratica pedagógica inova no ensino de idiomas - professora e alunos criam revista bilíngue.

Pratica pedagógica inova no ensino de idiomas - professora e alunos criam revista bilíngue.

O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu entendo

Seguindo as sábias palavras de Confúcio, alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Ayrton Senna da Silva, sob a coordenação da Professora de Espanhol Marlene Mendes Lopez, desenvolvem trabalho que merece destaque.

A Iniciativa foi confeccionar uma revista de moda, mas o desafio era que a Revista fosse produzida em Espanhol. A Professora ministra aulas de Espanhol para o Ensino Médio já há alguns anos e sentiu a necessidade de inovar. Marlene relata que “trabalhos assim, com desafio e com a possibilidade de criação pelos alunos, permitem melhores resultados no aprendizado”. Os alunos se motivam e percebem a necessidade e a funcionalidade do idioma, pois não serão frases soltas, exercícios de flexão gramatical ou vocabular, e sim, a construção textual.

Já para os alunos é perceptível que encaram o desafio com motivação, pois gerará algo tangível, “o aluno gosta de ver o que faz e o processo comunicativo e linguístico às vezes não é percebido pelos educando quando não está materializado”. “Com a Revista é possível acreditar que estamos conseguindo ler, entender e escrever o Espanhol, ficando bem mais real”.

Atividades como essa permitem resultados bem significativos na aprendizagem e despertam habilidades motivando os educandos na escolha de suas futuras profissões.

Confúcio foi o mais famoso filósofo e pensador político da China e viveu entre 552 e 479 a.C.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Equívoco momentâneo – “Os fins justificam os meios” ou “Desculpa, foi engano!”

Equívoco momentâneo – “Os fins justificam os meios” ou “Desculpa, foi engano!”

EMERSON FULGENCIO DE LIMA

Uma verdadeira queda-de-braço a vida na fronteira. Não está fácil para ninguém, isso é sabido há tempos. Mas acordar com a notícia da redução do valor da cota máxima isenta de impostos para compras feitas no exterior (via terrestre), para US$ 150 dólares, aqui para Foz do Iguaçu, não foi muito digesto não. Segunda-feira 21 de julho de 2014.
Autoridades de Cidade do Leste e de Foz do Iguaçu, mídia local, cidade toda se une em busca de possível explicação, “já é hora de fechar a ponte” alguém deve ter pensado, a ponte não tem culpa, o comércio não tem culpa, os trabalhadores não têm culpa. Sem dúvidas qualquer alteração que se faça nesse sentido impacta a economia do município. Interfere na vida da cidade que até o então tem se apresentado em cenário nacional como um dos principais destinos do país e um excelente polo para investimentos. Terça-feira 21 de julho de 2014 – período da manhã.
O Governo Federal voltou atrás em sua decisão de reduzir a cota. “A nova determinação”, como estampam alguns veículos de comunicação do país, portanto permitirá que os turistas voltem a ter a isenção de impostos sobre suas compras de até US$ 300, pagando 50% do valor em impostos apenas sobre o excedido. Isso pelo menos vigorará até o final do ano. Terça-feira 21 de julho de 2014 – à tarde.
Entre as autoridades que demonstrou preocupações está a senadora Gleisi Hoffmann, representante paranaense, diga-se de passagem. A mesma em entrevista para a Gazeta do Povo diz ter recebido ligações telefônicas de vários representantes dos municípios da região da fronteira e também de líderes da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Todos com manifestações contrárias a redução. Afirma ainda em mesma entrevista Como eu fui atrás para saber o que tinha acontecido, acabamos descobrindo que a portaria era uma iniciativa para regulamentar a lei dos free shops”.
Ação rápida, há tempos não se presencia uma mudança de tomadas de decisões nessa velocidade. Mas é bom ficar alerta, pois não se pode ignorar que do dia pra noite, ou vice-versa, mudanças poderão afetar diretamente nossa cidade, desta vez a título de precipitação da Receita Federal quanto a uma portaria que então já existe – planos adiados? -  e visa regulamentar os free shops. Isso tudo mexeu, e muito, com tudo aqui na fronteira.
Agora ficam algumas dúvidas: A cota será de US$ 150 a partir de 2015? Quem está por trás disso tudo? A região está na lista dos free-shops?  É prudente uma tomada de decisões dessa em ano eleitoral? Essa última é melhor nem questionar.

A cota é de US$ 300 dólares. Vamos às compras enquanto há tempo! Quarta-feira 23 de julho de 2014.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

GRAMPO


Empresa alia eficiência e versatilidade em serviços personalizados de comunicação empresarial e assessoria de imprensa
Eficiência, responsabilidade, versatilidade, organização e irreverência são alguns atributos característicos da Grampo, empresa especializada em comunicação empresarial e assessoria de imprensa, com sede em Foz do Iguaçu. A Grampo realiza, desde setembro de 1999, diversos serviços de comunicação e marketing, valorizando a marca e a imagem profissional de empresas de distintos segmentos, especialmente nas áreas de turismo e hotelaria. 
Variedade de serviços – No escopo das ações desenvolvidas e da própria cultura organizacional apresentada pela empresa estão os serviços personalizados de assessoria de imprensa, fotografia, produção e gestão de conteúdos de divulgação para clientes. A Grampo é focada no trabalho de aferição e amplitude da imagem empresarial dos clientes nas redes sociais e do meticuloso serviço de clipping de notícias (impresso, digital, rádio e TV).
A empresa também é especializada na elaboração de livros, biografias empresariais e institucionais (para empresas, corporações, entidades, ONGs, ou mesmo para profissionais e personalidades). A Grampo inova com a digitalização de documentos – por meio de equipamento escâner de alta performance.
Rede de contatos – Além de Foz do Iguaçu, a Grampo oferece serviços em outras regiões do Paraná, a partir de uma rede de contatos estabelecida pela equipe de comunicação – formada por profissionais de comunicação, marketing e publicidade, mídias sociais, design e fotografia – em dezenas de jornais, revistas, rádios, TVs, sites e blogs paranaenses e de outros estados. A empresa, nesse quesito, mantém diálogo próximo com diferentes veículos de imprensa e de mídia em todo o estado e no Brasil, a fim de promover, de modo eficiente e assertivo, as ações e iniciativas de seus clientes.
Galeria de clientes A versatilidade de serviços oferecidos pela Grampo reflete-se na variedade de clientes, entre os quais Sindhotéis, Codefoz, Cataratas do Iguaçu S.A., Museu de Cera, Iguassu Boulevard e Sescap-PR. Alguns importantes eventos compõem o quadro de atendimento da empresa: Meia Maratona das Cataratas, Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu, Hotel Show, Festival Internacional do Livro, Cataratas Open de Tênis.

Para acompanhar as atividades da Grampo Comunicação, eis os contatos para serviços e atendimento:

GRAMPO COMUNICAÇÃO
http://grampocom.com.br/
https://www.facebook.com/grampo.comunicacao
grampo@grampocom.com.br
(45) 3028-5304

Endereço:
Avenida Pedro Basso, 661 Sala 22
Garden Executive Center
Bairro Polo Centro

85863-756 Foz do Iguaçu/PR

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A LIÇÃO DO LEPO-LEPO

Você deve estar assombrado, "prof. Emerson jamais usaria isso para sua aula", mas na verdade o autor de tal texto me surpreendeu com a verdadeira aula de ONOMATOPEIAS apresentada a partir da repetição 'lepo-lepo'. Vale a leitura!

Brincando, brincando, a repetição pode indicar múltiplas realidades

A lavancado por dancinha comemorativa de Neymar e Daniel Alves, a música Lepo-lepo, da banda baiana Psirico, foi o sucesso do carnaval de 2014 que ainda estronda os ouvidos brasileiros neste meado de ano. No sentido oposto do funk ostentação, que pretende a afirmação por carros, motos, bebidas e outros sonhos de consumo, o protagonista da canção assume que "está na pior": péssima situação financeira, não tem moradia, seu carro foi tomado pelo banco e, precisamente por isso, pode certificar-se das reais intenções da amada: "E se ficar comigo é porque gosta do meu lepo-lepo": ostentação de outras qualidades...

No melhor estilo do humor nordestino, o da malícia subentendida, não se afirma claramente o que é "lepo", nem "lepo-lepo"... E o verbete da Wikipedia até tenta forçar uma margem "família" para a expressão:

"A mais aceita é que a expressão significa performance sexual, apesar de também ser possível interpretar como charme ou carinho".

Bunga-bunga
Naturalmente, para indicar charme não caberia a reduplicação, que imediatamente gerou piadas e paródias, substituindo "lepo-lepo" por "nheco-nheco", do colchão. É como se pretendêssemos interpretar os bunga-bunga de Silvio Berlusconi, como afeto ou carinho. Neste caso, a origem é mais clara: uma antiga piada (que teria sido contada a Berlusconi por Kadafi): um grupo de antropólogos e exploradores na África é aprisionado por uma tribo selvagem e o chefe pergunta se eles preferem a morte ou bunga-bunga (?).

Um primeiro membro da expedição pede bunga-bunga e é brutalmente violentado pelos machos da tribo e, em seguida, queimado vivo. Um segundo, pensando que os nativos tinham se equivocado e entendido "morte", pede também o bunga-bunga e tem o mesmo destino. Então o terceiro pede diretamente a morte e o chefe da tribo diz: "Pediu morte terá morte, mas antes bunga-bunga!".

"Lepo-lepo", como "bunga-bunga" (ou a "conga-conga" da Gretchen), evocam o caráter de descontrole, de pega-pega, de treme-treme, de rala-rala que a repetição em alguns casos indica:

"A manifestação estava pacífica, mas quando chegou na avenida começou o quebra-quebra";

"A reunião ia bem, mas quando chegou o pessoal do sindicato, aí virou oba-oba";

"O dia da mudança foi um lufa-lufa";
"A saída do estádio foi comportada até começar o empurra-empurra";
"Em época de visita do MEC, a secretaria da faculdade é aquele vuco-vuco";
"Tá rolando um zum-zum-zum, um diz-que-diz-que de que vai haver cortes nos salários".

Intensidade
A repetição muitas vezes denota intensidade: o falar demasiado é "blá-blá-blá", "nhem-nhem-nhem", "patati-patatá" ou "lero-lero"; filme de muito tiro é "bangue-bangue"; despedida para valer é "tchau-tchau"; e o cara cheio de si chega chegando e diz "tô que tô" (ou "vamo que vamo"), enfim, ele quer porque quer se impor.

Outras vezes a ênfase está na mera repetição: pisca-pisca, bilu-bilu, chupa-chupa, cri-cri. Que por vezes recolhe onomatopeias como "teco-teco", "reco-reco", "quero-quero", "xique-xique", etc. Ou na alternância, como em "troca-troca" ou "pingue-pongue".

O falar infantil tem tendência a repetir sílabas: nos apelidos carinhosos (Juju, Mimi, Dudu, Fafá, Zezé), no ambiente familiar (vovó, mamãe, titia), em suas atividades, como comer (papá), ou necessidades (pipi, cocô, naná). Já a repetição "assim assim" indica indeterminação: não posso dizer que estou bem (não sou nenhum bam-bambã) nem mal: estou assim assim. Como antigamente era frequente a saudação (de indeterminação): "Ô, Fulano, que bom te rever, vejo que você está cada vez mais cada vez...".

Antecedentes
Nos evangelhos, Jesus emprega a repetição como forma de carinhosa censura, como que chamando a atenção para algo que esperava do interlocutor e está um pouco decepcionado pela sua falta de sensibilidade. Assim, quando Marta se queixa de que sua irmã Maria não a ajuda no trabalho da casa e fica ouvindo o Mestre, Jesus a repreende:

"Marta, Marta, tu te ocupas de muitas coisas, mas só uma é necessária" (Lc 10, 41).

E ante Jerusalém, que não sabe corresponder a seu amor:

"Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes eu quis reunir teus filhos... mas tu não quiseste" (Mt 23, 37).

E a Saulo, que antes de se converter perseguia os cristãos:

"Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9, 4).

Caberiam muitos outros casos, mas detenho-me aqui, pois já são suficientes para mostrar que, brincando brincando, a repetiç
ão pode sutilmente indicar diversas realidades. 

 http://revistalingua.uol.com.br/textos/104/a-licao-do-lepo-lepo-312975-1.asp

sexta-feira, 13 de junho de 2014

ESTRANHOS SINAIS

As marcas tipográficas criadas desde a Idade Média para facilitar a interpretação das frases



 
http://revistalingua.uol.com.br/textos/98/estranhos-sinais-302541-1.asp

 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

ALEFI COMEMORA 11 ANOS COM FESTA E LANÇAMENTO DE 6 LIVROS

Neste mês, a Academia de Letras de Foz do Iguaçu comemora 11 anos. Na noite de comemoração, 13 de junho,  haverá o lançamento de 6 livros, todos de escritores da cidade. 
Lançamento de livros
Raul Gonzales lançará o livro Frases e Pensamentos do Raul.
Mapê Carneiro é a autora do livro de poesias Raias da Alma.
Também na linha de poemas, Marisete Zanon lançará o livro ConfessionariuM.
Lhaisa Andria, presidente da Alefi, apresentará o Almakia II – Além dos Segredos, do gênero literatura fantástica.
Luiz Henrique lançará seu livro O Amor Remove Caninos e Outras Histórias.
Por fim, Nilton Bobato lançará o romance A sorte não sorriu para César Rondicatto.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

MENTE SÃ, CORPO SÃO – OS LIVROS PODEM MUDAR O MUNDO, OU AINDA “UM ENFERMO EM UMA SALA DE ESPERA NA QUAL NÃO SE FALA DE DOENÇAS”

“Em 1938, a menina Liesel Meminger está viajando de trem com sua mãe e seu irmão mais novo, quando ele morre. Sua mãe enterra o menino em um cemitério à beira da linha do trem e Liesel pega um livro, “O Manual dos Coveiros”, que foi deixado sobre o túmulo de seu irmão e traz o livro com ela.

Liesel é entregue a um lar adotivo em uma pequena cidade e mais tarde ela descobre que sua mãe a deixou porque ela é comunista. Sua madrasta, Rosa Hubermann, é uma mulher rude, mas cuidadosa e seu padrasto, Hans Hubermann, é um homem simples e bondoso.

Liesel faz amizade com o menino que mora na casa ao lado, Rudy Steiner, e eles vão juntos para a escola. Quando Hans descobre que Liesel não sabe ler, ele a ensina usando o livro dela e Liesel se torna obcecada pela leitura.

Durante um discurso nazista, quando os moradores são forçados a queimar livros em uma fogueira, Liesel recupera um livro para ela e a esposa do prefeito, Ilsa Hermann, vê o que ela fez.

Um dia, Rosa pede a Liesel que entregue a roupa que ela lavou e passou na casa do prefeito e
Ilsa convida Liesel para vir para sua biblioteca e diz que ela pode visitá-la quando quiser ler”.

Talvez você conheça essa história. Não!? É a sinopse (www.maniacosporfilme.com)  apresentada por um site para o filme “A menina que roubava livros – Coragem além das palavras”, inspirado no livro “A menina que roubava livros” de Markus Zusak. O livro é fantástico; a produção cinematográfica ficou às alturas da obra.
Sabemos que não é singular essa atitude, apresentada no livro/filme, de queimar livros. Ser proibido de ler.  Não ter conhecimento das letras, parece que durante muito tempo isso foi uma estratégia de governantes para dominar o povo, a igreja que o diga, Hitler sabemos o que fez...
Mas os tempos são outros e está cada vez mais evidente que a universalização do saber tem trazido à luz da humanidade um cidadão mais crítico, e este por sua vez tem se preocupado em tornar a informação, a arte, a cultura ainda cada vez mais presente na sociedade. Prova disso é a atitude de Eliane e Margarete Savallisch proprietárias de um café aqui em Foz do Iguaçu.
O local fica encostadinho ao Colégio São José, na esquina da av. Brasil com a rua Antonio Raposo, em um dos locais privilegiados de Foz. Para quem é mais antigo por aqui, lembra-se do hospital ali pertinho. O café chama-se Sava e o interessante é que nele as proprietárias privilegiaram um espaço com um “cantinho da leitura” nome de batismo da mesinha – já com falta de espaço, pois as doações de livros de diferentes gêneros textuais e literários foram muitas – que fica a disposição dos clientes e amigos a fim de que possam desenvolver uma boa leitura.
Eliane e Margarete contam que a ideia nasceu do fato da região ainda ser muito movimentada devido às inúmeras clínicas e laboratórios que por ali existem e os pacientes para não ficarem esperando em salas desses ambientes, buscarem um lugar, às vezes ao sol, com uma conversa mais agradável, “sem aquele papo de doente” diz ela. Então o agradável e o cultural tomaram seu espaço, um cantinho com um jornal diário, livros diversos, gibis, revistas, um privilégio sem dúvida alguma às pessoas, muitas oriundas de outras cidades,  que  escolhem o local para tomar um café e um lanche deliciosos e esperar por suas consultas e/ou exames.

A iniciativa é louvável, digna de congratulações. É notório que lugares como esses são diferentes, que empresários como esses são diferentes e não há como não reconhecer que isso vai além de um diferencial competitivo, transcende uma iniciativa que prima pelo aspecto humana, cultural, de formação intelectual e cidadão. Conto os dias para que práticas como essa tomem nossa cidade.