Equívoco
momentâneo – “Os fins justificam os meios” ou “Desculpa, foi engano!”
EMERSON FULGENCIO DE LIMA
Uma verdadeira queda-de-braço a vida
na fronteira. Não está fácil para ninguém, isso é sabido há tempos. Mas acordar
com a notícia da redução do valor da cota máxima isenta de
impostos para compras feitas no exterior (via terrestre), para US$ 150 dólares,
aqui para Foz do Iguaçu, não foi muito digesto não. Segunda-feira 21 de julho
de 2014.
Autoridades de Cidade do Leste e de Foz do
Iguaçu, mídia local, cidade toda se une em busca de possível explicação, “já é
hora de fechar a ponte” alguém deve ter pensado, a ponte não tem culpa, o
comércio não tem culpa, os trabalhadores não têm culpa. Sem dúvidas qualquer
alteração que se faça nesse sentido impacta a economia do município. Interfere
na vida da cidade que até o então tem se apresentado em cenário nacional como um
dos principais destinos do país e um excelente polo para investimentos. Terça-feira
21 de julho de 2014 – período da manhã.
O Governo Federal voltou atrás em sua decisão
de reduzir a cota. “A nova determinação”, como estampam alguns veículos de
comunicação do país, portanto permitirá que os turistas voltem a ter a isenção
de impostos sobre suas compras de até US$ 300, pagando 50% do valor em impostos
apenas sobre o excedido. Isso pelo menos vigorará até o final do ano.
Terça-feira 21 de julho de 2014 – à tarde.
Entre
as autoridades que demonstrou preocupações está a senadora Gleisi Hoffmann,
representante paranaense, diga-se de passagem. A mesma em entrevista para a
Gazeta do Povo diz ter recebido ligações telefônicas de vários representantes
dos municípios da região da fronteira e também de líderes da Usina Hidrelétrica
de Itaipu. Todos com manifestações contrárias a redução. Afirma ainda em mesma
entrevista “Como eu fui
atrás para saber o que tinha acontecido,
acabamos descobrindo que a portaria era uma iniciativa para regulamentar a lei
dos free shops”.
Ação
rápida, há tempos não se presencia uma mudança de tomadas de decisões nessa
velocidade. Mas é bom ficar alerta, pois não se pode ignorar que do dia pra
noite, ou vice-versa, mudanças poderão afetar diretamente nossa cidade, desta
vez a título de precipitação da Receita Federal quanto a uma portaria que então
já existe – planos adiados? - e visa
regulamentar os free shops. Isso tudo mexeu, e muito, com tudo aqui na
fronteira.
Agora
ficam algumas dúvidas: A cota será de US$ 150 a partir de 2015? Quem está por
trás disso tudo? A região está na lista dos free-shops? É prudente uma tomada de decisões dessa em ano
eleitoral? Essa última é melhor nem questionar.
A
cota é de US$ 300 dólares. Vamos às compras enquanto há tempo! Quarta-feira 23
de julho de 2014.
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