quarta-feira, 23 de julho de 2014

Equívoco momentâneo – “Os fins justificam os meios” ou “Desculpa, foi engano!”

Equívoco momentâneo – “Os fins justificam os meios” ou “Desculpa, foi engano!”

EMERSON FULGENCIO DE LIMA

Uma verdadeira queda-de-braço a vida na fronteira. Não está fácil para ninguém, isso é sabido há tempos. Mas acordar com a notícia da redução do valor da cota máxima isenta de impostos para compras feitas no exterior (via terrestre), para US$ 150 dólares, aqui para Foz do Iguaçu, não foi muito digesto não. Segunda-feira 21 de julho de 2014.
Autoridades de Cidade do Leste e de Foz do Iguaçu, mídia local, cidade toda se une em busca de possível explicação, “já é hora de fechar a ponte” alguém deve ter pensado, a ponte não tem culpa, o comércio não tem culpa, os trabalhadores não têm culpa. Sem dúvidas qualquer alteração que se faça nesse sentido impacta a economia do município. Interfere na vida da cidade que até o então tem se apresentado em cenário nacional como um dos principais destinos do país e um excelente polo para investimentos. Terça-feira 21 de julho de 2014 – período da manhã.
O Governo Federal voltou atrás em sua decisão de reduzir a cota. “A nova determinação”, como estampam alguns veículos de comunicação do país, portanto permitirá que os turistas voltem a ter a isenção de impostos sobre suas compras de até US$ 300, pagando 50% do valor em impostos apenas sobre o excedido. Isso pelo menos vigorará até o final do ano. Terça-feira 21 de julho de 2014 – à tarde.
Entre as autoridades que demonstrou preocupações está a senadora Gleisi Hoffmann, representante paranaense, diga-se de passagem. A mesma em entrevista para a Gazeta do Povo diz ter recebido ligações telefônicas de vários representantes dos municípios da região da fronteira e também de líderes da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Todos com manifestações contrárias a redução. Afirma ainda em mesma entrevista Como eu fui atrás para saber o que tinha acontecido, acabamos descobrindo que a portaria era uma iniciativa para regulamentar a lei dos free shops”.
Ação rápida, há tempos não se presencia uma mudança de tomadas de decisões nessa velocidade. Mas é bom ficar alerta, pois não se pode ignorar que do dia pra noite, ou vice-versa, mudanças poderão afetar diretamente nossa cidade, desta vez a título de precipitação da Receita Federal quanto a uma portaria que então já existe – planos adiados? -  e visa regulamentar os free shops. Isso tudo mexeu, e muito, com tudo aqui na fronteira.
Agora ficam algumas dúvidas: A cota será de US$ 150 a partir de 2015? Quem está por trás disso tudo? A região está na lista dos free-shops?  É prudente uma tomada de decisões dessa em ano eleitoral? Essa última é melhor nem questionar.

A cota é de US$ 300 dólares. Vamos às compras enquanto há tempo! Quarta-feira 23 de julho de 2014.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

GRAMPO


Empresa alia eficiência e versatilidade em serviços personalizados de comunicação empresarial e assessoria de imprensa
Eficiência, responsabilidade, versatilidade, organização e irreverência são alguns atributos característicos da Grampo, empresa especializada em comunicação empresarial e assessoria de imprensa, com sede em Foz do Iguaçu. A Grampo realiza, desde setembro de 1999, diversos serviços de comunicação e marketing, valorizando a marca e a imagem profissional de empresas de distintos segmentos, especialmente nas áreas de turismo e hotelaria. 
Variedade de serviços – No escopo das ações desenvolvidas e da própria cultura organizacional apresentada pela empresa estão os serviços personalizados de assessoria de imprensa, fotografia, produção e gestão de conteúdos de divulgação para clientes. A Grampo é focada no trabalho de aferição e amplitude da imagem empresarial dos clientes nas redes sociais e do meticuloso serviço de clipping de notícias (impresso, digital, rádio e TV).
A empresa também é especializada na elaboração de livros, biografias empresariais e institucionais (para empresas, corporações, entidades, ONGs, ou mesmo para profissionais e personalidades). A Grampo inova com a digitalização de documentos – por meio de equipamento escâner de alta performance.
Rede de contatos – Além de Foz do Iguaçu, a Grampo oferece serviços em outras regiões do Paraná, a partir de uma rede de contatos estabelecida pela equipe de comunicação – formada por profissionais de comunicação, marketing e publicidade, mídias sociais, design e fotografia – em dezenas de jornais, revistas, rádios, TVs, sites e blogs paranaenses e de outros estados. A empresa, nesse quesito, mantém diálogo próximo com diferentes veículos de imprensa e de mídia em todo o estado e no Brasil, a fim de promover, de modo eficiente e assertivo, as ações e iniciativas de seus clientes.
Galeria de clientes A versatilidade de serviços oferecidos pela Grampo reflete-se na variedade de clientes, entre os quais Sindhotéis, Codefoz, Cataratas do Iguaçu S.A., Museu de Cera, Iguassu Boulevard e Sescap-PR. Alguns importantes eventos compõem o quadro de atendimento da empresa: Meia Maratona das Cataratas, Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu, Hotel Show, Festival Internacional do Livro, Cataratas Open de Tênis.

Para acompanhar as atividades da Grampo Comunicação, eis os contatos para serviços e atendimento:

GRAMPO COMUNICAÇÃO
http://grampocom.com.br/
https://www.facebook.com/grampo.comunicacao
grampo@grampocom.com.br
(45) 3028-5304

Endereço:
Avenida Pedro Basso, 661 Sala 22
Garden Executive Center
Bairro Polo Centro

85863-756 Foz do Iguaçu/PR

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A LIÇÃO DO LEPO-LEPO

Você deve estar assombrado, "prof. Emerson jamais usaria isso para sua aula", mas na verdade o autor de tal texto me surpreendeu com a verdadeira aula de ONOMATOPEIAS apresentada a partir da repetição 'lepo-lepo'. Vale a leitura!

Brincando, brincando, a repetição pode indicar múltiplas realidades

A lavancado por dancinha comemorativa de Neymar e Daniel Alves, a música Lepo-lepo, da banda baiana Psirico, foi o sucesso do carnaval de 2014 que ainda estronda os ouvidos brasileiros neste meado de ano. No sentido oposto do funk ostentação, que pretende a afirmação por carros, motos, bebidas e outros sonhos de consumo, o protagonista da canção assume que "está na pior": péssima situação financeira, não tem moradia, seu carro foi tomado pelo banco e, precisamente por isso, pode certificar-se das reais intenções da amada: "E se ficar comigo é porque gosta do meu lepo-lepo": ostentação de outras qualidades...

No melhor estilo do humor nordestino, o da malícia subentendida, não se afirma claramente o que é "lepo", nem "lepo-lepo"... E o verbete da Wikipedia até tenta forçar uma margem "família" para a expressão:

"A mais aceita é que a expressão significa performance sexual, apesar de também ser possível interpretar como charme ou carinho".

Bunga-bunga
Naturalmente, para indicar charme não caberia a reduplicação, que imediatamente gerou piadas e paródias, substituindo "lepo-lepo" por "nheco-nheco", do colchão. É como se pretendêssemos interpretar os bunga-bunga de Silvio Berlusconi, como afeto ou carinho. Neste caso, a origem é mais clara: uma antiga piada (que teria sido contada a Berlusconi por Kadafi): um grupo de antropólogos e exploradores na África é aprisionado por uma tribo selvagem e o chefe pergunta se eles preferem a morte ou bunga-bunga (?).

Um primeiro membro da expedição pede bunga-bunga e é brutalmente violentado pelos machos da tribo e, em seguida, queimado vivo. Um segundo, pensando que os nativos tinham se equivocado e entendido "morte", pede também o bunga-bunga e tem o mesmo destino. Então o terceiro pede diretamente a morte e o chefe da tribo diz: "Pediu morte terá morte, mas antes bunga-bunga!".

"Lepo-lepo", como "bunga-bunga" (ou a "conga-conga" da Gretchen), evocam o caráter de descontrole, de pega-pega, de treme-treme, de rala-rala que a repetição em alguns casos indica:

"A manifestação estava pacífica, mas quando chegou na avenida começou o quebra-quebra";

"A reunião ia bem, mas quando chegou o pessoal do sindicato, aí virou oba-oba";

"O dia da mudança foi um lufa-lufa";
"A saída do estádio foi comportada até começar o empurra-empurra";
"Em época de visita do MEC, a secretaria da faculdade é aquele vuco-vuco";
"Tá rolando um zum-zum-zum, um diz-que-diz-que de que vai haver cortes nos salários".

Intensidade
A repetição muitas vezes denota intensidade: o falar demasiado é "blá-blá-blá", "nhem-nhem-nhem", "patati-patatá" ou "lero-lero"; filme de muito tiro é "bangue-bangue"; despedida para valer é "tchau-tchau"; e o cara cheio de si chega chegando e diz "tô que tô" (ou "vamo que vamo"), enfim, ele quer porque quer se impor.

Outras vezes a ênfase está na mera repetição: pisca-pisca, bilu-bilu, chupa-chupa, cri-cri. Que por vezes recolhe onomatopeias como "teco-teco", "reco-reco", "quero-quero", "xique-xique", etc. Ou na alternância, como em "troca-troca" ou "pingue-pongue".

O falar infantil tem tendência a repetir sílabas: nos apelidos carinhosos (Juju, Mimi, Dudu, Fafá, Zezé), no ambiente familiar (vovó, mamãe, titia), em suas atividades, como comer (papá), ou necessidades (pipi, cocô, naná). Já a repetição "assim assim" indica indeterminação: não posso dizer que estou bem (não sou nenhum bam-bambã) nem mal: estou assim assim. Como antigamente era frequente a saudação (de indeterminação): "Ô, Fulano, que bom te rever, vejo que você está cada vez mais cada vez...".

Antecedentes
Nos evangelhos, Jesus emprega a repetição como forma de carinhosa censura, como que chamando a atenção para algo que esperava do interlocutor e está um pouco decepcionado pela sua falta de sensibilidade. Assim, quando Marta se queixa de que sua irmã Maria não a ajuda no trabalho da casa e fica ouvindo o Mestre, Jesus a repreende:

"Marta, Marta, tu te ocupas de muitas coisas, mas só uma é necessária" (Lc 10, 41).

E ante Jerusalém, que não sabe corresponder a seu amor:

"Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes eu quis reunir teus filhos... mas tu não quiseste" (Mt 23, 37).

E a Saulo, que antes de se converter perseguia os cristãos:

"Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9, 4).

Caberiam muitos outros casos, mas detenho-me aqui, pois já são suficientes para mostrar que, brincando brincando, a repetiç
ão pode sutilmente indicar diversas realidades. 

 http://revistalingua.uol.com.br/textos/104/a-licao-do-lepo-lepo-312975-1.asp

sexta-feira, 13 de junho de 2014

ESTRANHOS SINAIS

As marcas tipográficas criadas desde a Idade Média para facilitar a interpretação das frases



 
http://revistalingua.uol.com.br/textos/98/estranhos-sinais-302541-1.asp

 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

ALEFI COMEMORA 11 ANOS COM FESTA E LANÇAMENTO DE 6 LIVROS

Neste mês, a Academia de Letras de Foz do Iguaçu comemora 11 anos. Na noite de comemoração, 13 de junho,  haverá o lançamento de 6 livros, todos de escritores da cidade. 
Lançamento de livros
Raul Gonzales lançará o livro Frases e Pensamentos do Raul.
Mapê Carneiro é a autora do livro de poesias Raias da Alma.
Também na linha de poemas, Marisete Zanon lançará o livro ConfessionariuM.
Lhaisa Andria, presidente da Alefi, apresentará o Almakia II – Além dos Segredos, do gênero literatura fantástica.
Luiz Henrique lançará seu livro O Amor Remove Caninos e Outras Histórias.
Por fim, Nilton Bobato lançará o romance A sorte não sorriu para César Rondicatto.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

MENTE SÃ, CORPO SÃO – OS LIVROS PODEM MUDAR O MUNDO, OU AINDA “UM ENFERMO EM UMA SALA DE ESPERA NA QUAL NÃO SE FALA DE DOENÇAS”

“Em 1938, a menina Liesel Meminger está viajando de trem com sua mãe e seu irmão mais novo, quando ele morre. Sua mãe enterra o menino em um cemitério à beira da linha do trem e Liesel pega um livro, “O Manual dos Coveiros”, que foi deixado sobre o túmulo de seu irmão e traz o livro com ela.

Liesel é entregue a um lar adotivo em uma pequena cidade e mais tarde ela descobre que sua mãe a deixou porque ela é comunista. Sua madrasta, Rosa Hubermann, é uma mulher rude, mas cuidadosa e seu padrasto, Hans Hubermann, é um homem simples e bondoso.

Liesel faz amizade com o menino que mora na casa ao lado, Rudy Steiner, e eles vão juntos para a escola. Quando Hans descobre que Liesel não sabe ler, ele a ensina usando o livro dela e Liesel se torna obcecada pela leitura.

Durante um discurso nazista, quando os moradores são forçados a queimar livros em uma fogueira, Liesel recupera um livro para ela e a esposa do prefeito, Ilsa Hermann, vê o que ela fez.

Um dia, Rosa pede a Liesel que entregue a roupa que ela lavou e passou na casa do prefeito e
Ilsa convida Liesel para vir para sua biblioteca e diz que ela pode visitá-la quando quiser ler”.

Talvez você conheça essa história. Não!? É a sinopse (www.maniacosporfilme.com)  apresentada por um site para o filme “A menina que roubava livros – Coragem além das palavras”, inspirado no livro “A menina que roubava livros” de Markus Zusak. O livro é fantástico; a produção cinematográfica ficou às alturas da obra.
Sabemos que não é singular essa atitude, apresentada no livro/filme, de queimar livros. Ser proibido de ler.  Não ter conhecimento das letras, parece que durante muito tempo isso foi uma estratégia de governantes para dominar o povo, a igreja que o diga, Hitler sabemos o que fez...
Mas os tempos são outros e está cada vez mais evidente que a universalização do saber tem trazido à luz da humanidade um cidadão mais crítico, e este por sua vez tem se preocupado em tornar a informação, a arte, a cultura ainda cada vez mais presente na sociedade. Prova disso é a atitude de Eliane e Margarete Savallisch proprietárias de um café aqui em Foz do Iguaçu.
O local fica encostadinho ao Colégio São José, na esquina da av. Brasil com a rua Antonio Raposo, em um dos locais privilegiados de Foz. Para quem é mais antigo por aqui, lembra-se do hospital ali pertinho. O café chama-se Sava e o interessante é que nele as proprietárias privilegiaram um espaço com um “cantinho da leitura” nome de batismo da mesinha – já com falta de espaço, pois as doações de livros de diferentes gêneros textuais e literários foram muitas – que fica a disposição dos clientes e amigos a fim de que possam desenvolver uma boa leitura.
Eliane e Margarete contam que a ideia nasceu do fato da região ainda ser muito movimentada devido às inúmeras clínicas e laboratórios que por ali existem e os pacientes para não ficarem esperando em salas desses ambientes, buscarem um lugar, às vezes ao sol, com uma conversa mais agradável, “sem aquele papo de doente” diz ela. Então o agradável e o cultural tomaram seu espaço, um cantinho com um jornal diário, livros diversos, gibis, revistas, um privilégio sem dúvida alguma às pessoas, muitas oriundas de outras cidades,  que  escolhem o local para tomar um café e um lanche deliciosos e esperar por suas consultas e/ou exames.

A iniciativa é louvável, digna de congratulações. É notório que lugares como esses são diferentes, que empresários como esses são diferentes e não há como não reconhecer que isso vai além de um diferencial competitivo, transcende uma iniciativa que prima pelo aspecto humana, cultural, de formação intelectual e cidadão. Conto os dias para que práticas como essa tomem nossa cidade.