sexta-feira, 6 de junho de 2025

terça-feira, 27 de maio de 2025

O que pediríamos?

Hoje, no momento em que pedalávamos nossas bicicletas pelas ruas de Foz do Iguaçu, conhecemos o Geovane. Um jovem rapaz, morador de rua, maltrapilho. Ele carregava uma sacola imensa e estava de pés descalços. Isso chamou a atenção da minha esposa.

Paramos as bicicletas e perguntamos se ele queria um par de chinelos. Ele, com uma voz mansa de criança, respondeu que sim. Combinamos com ele de nos esperar, pois iríamos até o mercado ali próximo para comprar o que precisava. Geovane nos acompanhou.

Antes de entrar no mercado, perguntamos o que mais ele gostaria, além dos chinelos. Sabíamos que a ausência de calçado nos pés dele incomodava mais a nós do que a ele. Fomos nós que sentimos a falta dos chinelos. Para ele, isso talvez nem fosse mais uma necessidade. Mesmo assim, insistimos: “O que mais você quer  além dos chinelor?”

Ele sorriu. Um sorriso de menino. E respondeu, com os olhos brilhando:
— “Eu quero um guaraná.”

Talvez a lembrança da infância tenha feito esse desejo brotar. Talvez fosse a única coisa capaz de trazer à tona uma memória boa, um prazer, uma felicidade — algo que ainda resistia na lembrança de um tempo em que ele habitava um mundo mais saudável. Um guaraná pode parecer muito pouco. Mas, para ele, era um passaporte de um minuto para o mundo em que eu e minha esposa ainda vivemos.

Naquele instante, me lembrei do trecho do evangelho de Marcos, quando Jesus pergunta ao paralítico:
“O que queres que eu te faça?”

Talvez o paralítico não soubesse o que pedir. Talvez já tivesse esquecido o que a vida poderia oferecer, porque vivera tempo demais em um mundo que o ensinou a não desejar, a não pedir, a não esperar.

Geovane já não sabe mais o que pedir. Já não sabe mais pedir. Vive daquilo que acreditam que ele precise. Sua memória parece ter se esvaziado das coisas que antes lhe davam alegria, prazer — talvez paz.

E eu me pergunto:
O que eu pediria se tivesse a oportunidade de estar frente a frente com Jesus?

Vivemos em um mundo cheio de piadas sobre os três desejos do gênio da lâmpada. Pessoas pedem riquezas, pedem vidas que não conhecem, mas que acreditam ser ideais, prazerosas.

Quantos Geovanes estão por aí, anestesiados.
Quantos Geovanes estão cegados, ensurdecidos.

Pensemos.
O que pediríamos?

sexta-feira, 23 de maio de 2025

"A Fé que Desce pelo Telhado"

 "A Fé que Desce pelo Telhado"

(Baseado em Marcos 2:1-12)

O sol brilha forte sobre Cafarnaum. Jesus está dentro de uma casa ensinando. A multidão se aglomera ao redor — homens, mulheres, crianças — todos ansiosos para ouvir suas palavras.

Narrador:
Era um daqueles dias em que ninguém queria perder uma palavra sequer de Jesus. A casa estava tão cheia, que não havia espaço nem à porta.

Jesus (falando à multidão):
— O Reino de Deus está entre vocês. Arrependam-se e creiam nas boas novas!

Quatro homens chegam carregando uma maca. Nela está um amigo — paralisado, sem conseguir se mover. Eles olham para a multidão. Não há como passar.

Homem 1 (olhando ao redor):
— Não tem como entrar por aqui… a casa está lotada.

Homem 2 (determinadamente):
— Não viemos até aqui pra desistir agora. Ele precisa ver Jesus!

Homem 3 (apontando o telhado):
— E se... a gente subisse por lá?

Eles trocam olhares. Um plano ousado. Mas a fé era maior que o medo.

Eles sobem com esforço. Cada um segura um lado da maca. Chegam ao telhado. Começam a remover as telhas com cuidado, abrindo um espaço bem acima de onde Jesus está.

Narrador:
A multidão se espanta ao ver o teto sendo aberto. A luz entra pela abertura. E, lentamente, o paralítico é descido com cordas, bem aos pés de Jesus.

Jesus observa. Vê a fé deles — não só a dos amigos, mas a fé de um coração que ansiava por cura e esperança.

Jesus (olhando para o paralítico):
— Filho, os teus pecados estão perdoados.

Os fariseus e mestres da lei murmuram entre si.

Fariseu (em pensamento):
— Como ele se atreve? Só Deus pode perdoar pecados!

Jesus percebe o que eles pensam.

Jesus (voltando-se para eles):
— O que é mais fácil dizer: "Os teus pecados estão perdoados", ou "Levanta-te, pega a tua maca e anda"?
— Mas, para que saibam que o Filho do Homem tem autoridade para perdoar pecados...

sexta-feira, 16 de maio de 2025

"Xerenguentengo Deus lovado chorou /Arremenda minha camisa que eu arremendo seu xerengo"

Dona Aurora era uma senhora alegre e cheia de histórias curiosas para contar. Todos na pequena vila sabiam que, quando ela começava a cantarolar aqueles versos peculiares, era sinal de que uma nova aventura estava prestes a acontecer.

Numa tarde ensolarada, enquanto ela arremendava sua camisa sob a sombra de um antigo pé de jabuticaba, um estranho som ecoou do outro lado do quintal. Era um xerengo, um bicho misterioso que só ela conhecia bem. Dona Aurora ergueu os olhos, fitando com curiosidade o pequeno monte de folhas secas onde o barulho vinha se escondendo.

"Xerenguentengo, Deus lovado chorou," murmurou ela, com um sorriso malicioso. "Arremenda minha camisa que eu arremendo seu xerengo!"

Enquanto as folhas se mexiam timidamente, revelando um pequeno ouriço-cacheiro curioso, dona Aurora riu alto, como se o xerengo entendesse cada palavra de sua cantoria. E assim, entre risos e canções, mais um capítulo das histórias encantadas da dona Aurora se desdobrava naquele quintal cheio de magia.

O ouriço a observava com olhos brilhantes, a cabecinha inclinada de lado como se tentasse decifrar os versos que ela cantava. Dona Aurora largou a camisa no colo e estendeu a mão devagar, sem pressa.

— Não se assuste, criatura. Aqui ninguém te faz mal, só te dá nome e poesia.

O bichinho hesitou, mas depois se aproximou aos poucos, farejando o ar quente da tarde. Dona Aurora riu de novo e disse:

— Vai ver você é mesmo um xerengo de verdade! E olha que eu já vi muita coisa nesse mundo, mas xerengo que aparece ao som de cantiga é novidade até pra mim.

Ela se levantou, os joelhos estalando como as dobradiças do portão velho, e caminhou até a cozinha. De lá trouxe uma tigelinha com pedaços de mamão maduro e os depositou ao pé do jabuticabeira.

— Come aí, xerengo. E fique à vontade. Mas ó… quem entra no meu quintal acaba virando parte da história, viu?

Naquela noite, dona Aurora ficou até mais tarde sentada na varanda, observando o quintal iluminado pela lua. O xerengo — ou seja lá o que fosse — estava enrolado em folhas secas, dormindo sossegado como quem achou o lugar certo no mundo.

Ela sorriu, ajeitou o xale nos ombros e cantarolou bem baixinho, antes de fechar os olhos:

— “Xerenguentengo Deus lovado chorou… Arremenda minha camisa que eu arremendo seu xerengo…”

E assim, naquela casa de canto encantado, onde música e bicho se entendiam sem pressa, a noite descansava em paz, embalada por uma senhora que sabia que, quando a gente canta com verdade, até o impossível aparece.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

terça-feira, 29 de abril de 2025

Lia e a Trilha da Fé em Foz do Iguaçu

Lia e a Trilha da Fé em Foz do Iguaçu

Autor: Emerson Fulgencio


CAPA

[Ilustração: Lia com uma mochilinha, em frente a um mapa que mostra os templos e igrejas de Foz do Iguaçu. Atrás dela, imagens pequenas da mesquita, templo budista, catedral e igreja ortodoxa, tudo em estilo alegre e colorido.]


PÁGINA 2 – DEDICATÓRIA

Dedicamos este livro a todas as crianças que acreditam na força da fé e no amor entre as pessoas.

[Ilustração: Céu azul com símbolos de várias religiões entre nuvens suaves e Lia olhando para cima, sonhadora.]


PÁGINA 3 – Um passeio especial

Lia adorava aventuras. Mas aquela viagem seria diferente: ela ia conhecer os lugares de fé de Foz do Iguaçu!

— Que lindo! Vamos embarcar nessa trilha cheia de histórias!

[Ilustração: Lia e seus pais no hotel, olhando animados para um mapa turístico com ícones de igrejas, mesquitas e templos.]


PÁGINA 4 – Um lugar de paz: a Mesquita

Primeira parada: a Mesquita Omar Ibn Al-Khattab.
Ela tirou os sapatos, cobriu a cabeça e entrou.

— Parece que o coração fica quentinho aqui dentro! — disse sorrindo.[Ilustração: Lia entrando na mesquita, admirando o domo gigante e os detalhes dourados.]


PÁGINA 5 – Luzes coloridas na Catedral

Depois, Lia visitou a Catedral Nossa Senhora de Guadalupe.

— Uau! Esses vitrais parecem pintar o chão com arco-íris!

[Ilustração: Interior da Catedral com luzes coloridas iluminando o rosto curioso de Lia.]


PÁGINA 6 – A serenidade do Buda

No alto de uma colina, ela viu o Templo Budista Chen Tien.
As estátuas pareciam sorrir para ela.

— Que vontade de sentar e escutar o vento!

[Ilustração: Lia em frente ao Buda gigante, flores coloridas e sinos ao redor.]


PÁGINA 7 – Música que toca o céu

No domingo, Lia foi a um culto na Igreja Batista.
Cantaram canções lindas, com instrumentos e palmas.

— Cada nota parece um abraço no coração!

[Ilustração: Coral infantil cantando; Lia batendo palmas entre eles.]


PÁGINA 8 – Cúpulas douradas e histórias antigas

No bairro Três Lagoas, Lia conheceu a Igreja Ortodoxa Ucraniana São Jorge.

— Olha essas torres! Parecem castelos brilhantes!

[Ilustração: Igreja ortodoxa com torres douradas, Lia admirada tirando fotos.]


PÁGINA 9 – Conversas de paz

Em uma comunidade espírita, Lia participou de uma roda de histórias.

— Aqui aprendemos que fazer o bem é o melhor caminho!

[Ilustração: Grupo de crianças e adultos sentados em círculo; Lia ouvindo com atenção.]


PÁGINA 10 – Muitas formas de acreditar

Enquanto passeava, Lia viu que a cidade abrigava ainda mais crenças: judaísmo, hinduísmo, tradições indígenas...

— Tantas formas diferentes de amar o mundo!

[Ilustração: Mapa de Foz com ícones religiosos espalhados; Lia apontando curiosa.]


PÁGINA 11 – O caderno da fé

No hotel, Lia desenhou no seu caderno:

— Não importa como... o importante é amar e respeitar!

[Ilustração: Caderno de Lia aberto com desenhos de templo, mesquita, igreja, arco-íris e corações.]


PÁGINA 12 – O pôr do sol da gratidão

No último dia, ela sentou num banco para ver o pôr do sol.

— Obrigada, Foz do Iguaçu, por me mostrar tantas formas bonitas de acreditar!

[Ilustração: Lia sentada em um banco com o pôr do sol atrás, segurando seu caderno no colo.]


PÁGINA 13 – Final mágico

E de olhos fechados, Lia fez seu pedido:

— Que todo mundo no mundo tenha fé, esperança... e muito amor.

[Ilustração: Céu estrelado formando desenhos de templos, corações e paz ao redor de Lia.]

quinta-feira, 17 de abril de 2025

PAPÁ

 Escribió una palabra en la pared y se fue caminando sin mirar atrás. Su letra temblaba, con puntos fuertes en algunas curvas de la escritura. Sin un diagnóstico preciso, se notaba cierto temor. Él se fue, la palabra quedó. ¿Una expresión de desahogo, un pedido de ayuda? La palabra quedó allí, ahora tan solitaria... Parecía estar escribiendo algo que ya estaba grabado en su corazón. Había dejado algo atrás. Los días pasaron.

Sonó la campana de la escuela. Hora de ir a casa. Con mochilas en la espalda, los niños siguen su camino. Caminan en grupos, algunos solos, padres que vienen a recogerlos, transporte. El movimiento en la puerta de la escuela es hermoso de ver. Cuántos abrazos, cuántos besitos, cuánto amor desprendido. Padres, madres, abuelos, abuelas, tíos, tías, niños corriendo hacia el reencuentro. Hambre al mediodía, cansancio a las 18 horas.

El niño vivía en el barrio. Había comenzado a estudiar ese año. Ya estaba en esa fase de deletrear todo. Sus ojos estaban ávidos, atentos a cualquier curva que reconociera como una palabra. En la placa de la calle "paaapáá", en las fachadas de las tiendas "looojaa". Estaba leyendo. Estaba descubriendo el mundo de la escritura y la lectura. Nada se le escapaba.

En su camino a casa -por vivir cerca de la escuela, tenía el privilegio de ir y venir caminando, a veces corriendo, a veces volando- había una construcción sin terminar desde hace años. Sus paredes ya enlucidas, pero sin pintura, estaban marcadas por el tiempo. El niño pasaba cerca de la construcción, la acera era estrecha, era la última esquina antes de llegar a casa.

Sus ojos fueron atraídos por una palabra, sus manos pasaron muy cerca. Otro desafío para el lector incipiente. Otra palabra para descifrar. Ya la había leído varias veces en el libro de la escuela, era más fácil cuando la memoria fotografiaba la combinación de letras. En voz alta "pa-pá" era la palabra escrita en la pared de esa vieja obra.

Ese día llegó a casa con un nudo en la garganta. Su madre estaba en la cocina como siempre. La televisión encendida, el sonido de las ollas, ese aroma inconfundible. El niño se detuvo en la puerta. Mamá, ¿por qué no tengo papá? Ella sabía que un día escucharía eso de boca del niño. ¡Pero sí tienes papá, sí! Respondió sin pensar que él era solo un niño. Parecía una respuesta para adultos. Ella y él no estaban preparados para ese día. Ella no imaginaba que sentiría culpa por eso, él no imaginaba que algún día lo echaría de menos.

Las ollas se apagaron. Se sentaron a la mesa.

Ese día llegaría. Llegó tan rápido, pensó la madre. Llegó tan tarde, suspiró el hijo. Un papá. Las preguntas comenzaron a surgir en ambas cabezas de bocas calladas. Ni siquiera la madre sabía dónde estaba el papá del niño. Tan jóvenes, el embarazo los asustó tanto que incluso ella, si pudiera, habría huido. No en forma de abandono, sino en forma de incertidumbres. ¿Qué sería de ahí en adelante? En fin, existía un gran vacío emocional en los dos. Ser padre y madre en una sola persona no había sido fácil y ahora el momento era de incertidumbre nuevamente.

¿Mamá? ¿No tengo papá? ¿Quién es mi papá? ¿Dónde está? ¿Por qué nunca me vino a buscar a la escuela? ¿Por qué no vive aquí en casa? ¿Por qué? ¿Por qué? ¿Por qué?...

El niño tomó valor. Esa palabra había desencadenado cientos de preguntas que quizás ni siquiera reconocía tener. Un papá. Pa-pá. ¿Qué significaba eso para alguien que nunca convivió un solo día con la figura paterna? Un papá es amigo, un papá es generosidad, un papá es protección. Es el ejemplo de cumplir con el deber, de tener comida en la mesa. Un papá es autoestima elevada. La ausencia lo priva de cariño.

La madre baja la cabeza, lágrimas brotan de sus ojos. A pesar de su corta edad, el niño percibe su sufrimiento. El silencio se rompe con un tono de voz cariñoso: - Mamá, mamita, ¡perdóname! Mirada tierna: - Algún día creceré, ¿me enseñarás a ser papá cuando sea grande?

 

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Lia e as Maravilhas de Foz do Iguaçu (versão 2)


 CAPA

Título: Lia e as Maravilhas de Foz do Iguaçu
Autor: Emerson Fulgencio
[Ilustração: Lia com mochila, olhando encantada para as Cataratas com arco-íris e aves coloridas sobrevoando.]


PÁGINA 2 – DEDICATÓRIA

Dedicamos este livro a todas as crianças que são apaixonadas pela natureza.

[Ilustração suave de floresta com vários animais da região, como araras, borboletas, e um quati sorridente olhando para o leitor.]


PÁGINA 3 – Início da Aventura

Lia era uma menina curiosa, cheia de sonhos e amor pela natureza. Um dia, seus pais disseram:

— Lia, vamos conhecer Foz do Iguaçu!

Ela pulou de alegria!


PÁGINA 4 – Chegada à cidade

Assim que chegou, Lia sentiu o vento diferente, o verde ao redor, e ouviu um som distante...

— É a água das Cataratas! — gritou.

[Ilustração: Lia com os pais no carro, entrando na cidade com placas: “Bem-vindo a Foz do Iguaçu”.]


PÁGINA 5 – Encontro com as Cataratas

No Parque Nacional, Lia correu até o mirante.

— Uaaaaaau! — disse, com os olhos arregalados.

Era uma imensidão de água caindo com força e beleza.

[Ilustração: Cataratas imponentes com Lia de braços abertos, água espirrando e arco-íris ao fundo.]


PÁGINA 6 – A lenda das Cataratas

O guia contou a lenda:

“Naipi era uma linda índia prometida ao deus Mboi. Ela fugiu com Tarobá, um guerreiro. Mboi, furioso, criou as Cataratas para separá-los para sempre.”

Lia repetia:

Naipi chorava nas quedas... Tarobá virou árvore... que amor mais forte!

[Ilustração: Cena da lenda com Naipi na rocha, Tarobá em uma árvore, água caindo ao redor.]


PÁGINA 7 – Os moradores das Cataratas

Olha! Um bicho com nariz comprido!

É o quati!, disse o guia. — Eles são símbolo do Parque. São curiosos e vivem por aqui. Mas nunca devemos alimentá-los!

Lia riu ao ver um quati tentando abrir sua mochila.

[Ilustração: Quati fofinho cheirando a mochila de Lia, com placas de “Não alimente os animais” ao fundo.]


PÁGINA 8 – A estátua misteriosa

— Quem é aquele homem de chapéu? — perguntou Lia, ao ver uma estátua de bronze.

— É Santos Dumont! — respondeu o guia. — Ele ajudou a transformar este lugar em um parque protegido.


PÁGINA 9 – O Herói das Cataratas

O guia explicou:

— Dumont veio aqui em 1916. Ficou triste com o descuido das terras e lutou para que virassem um parque nacional. Graças a ele, hoje todos podemos ver essa beleza de perto.

Lia ficou admirada.

— Ele voava e também protegia a natureza! Que incrível!

[Ilustração: Santos Dumont assinando documentos e olhando as Cataratas ao lado de autoridades da época.]


PÁGINA 10 – Um arco-íris com asas

No Parque das Aves, Lia caminhou por entre árvores e cores.

— É como estar dentro de um arco-íris com asas!

Tucanos, araras, flamingos... tudo tão perto!

[Ilustração: Arara azul, tucano e flamingos ao redor de Lia encantada.]


PÁGINA 11 – Momento especial

Uma borboleta pousou no dedo de Lia. Ela sorriu e disse baixinho:

— Obrigada, natureza, por me mostrar tanta beleza.


PÁGINA 12 – Hora de voltar

No avião, Lia olhava pela janela. As nuvens pareciam algodão.

— As Cataratas são mágicas... e os quatis são as criaturas mais curiosas do mundo!

[Ilustração: Lia sonolenta olhando pela janelinha do avião, segurando uma pelúcia de quati.]


PÁGINA 13 – Sonho com asas

Ela cochilou com um sorriso.

“Naipi chorava nas quedas... Tarobá virou árvore... e Santos Dumont protegeu tudo isso.”

[Ilustração: Sonho de Lia com a lenda, as Cataratas, Santos Dumont e aves voando juntos no céu.]


PÁGINA 14 – Fim com coração verde

E Lia voltou para casa com uma certeza no coração:

— Quero cuidar da natureza... como Santos Dumont cuidou daqui.

[Ilustração: Coração feito de folhas, aves e um quati sorridente no centro.]

"Lia e as Maravilhas de Foz do Iguaçu"


 Título: "Lia e as Maravilhas de Foz do Iguaçu"

Era uma vez uma menininha chamada Lia, de olhos curiosos e coração aventureiro. Ela morava numa cidade distante e sempre sonhava em conhecer lugares mágicos. Um dia, seus pais lhe disseram:

Lia, vamos viajar para Foz do Iguaçu!

Ela pulou de alegria! Já tinha visto fotos das Cataratas, mas queria ver tudo com os próprios olhos.


[Ilustração: Lia olhando um mapa com os pais, com Foz do Iguaçu em destaque.]


Assim que chegou, Lia sentiu o ar diferente. Tinha cheiro de natureza, de aventura... de algo mágico! Quando foi ao Parque Nacional do Iguaçu, ouviu o som forte das águas e correu animada.

UAAAAAU! — gritou. — É aqui que mora a força da natureza!


[Ilustração: Lia de braços abertos, admirando as Cataratas do Iguaçu, com arco-íris ao fundo.]


No mirante, um guia simpático começou a contar uma história:

Dizem que as Cataratas nasceram por causa de uma lenda indígena...

E Lia ficou com os olhos brilhando.

“Naipi era uma linda índia prometida ao deus serpente Mboi. Mas ela se apaixonou por Tarobá, um guerreiro da tribo. Os dois fugiram em uma canoa pelo rio. Com muita raiva, Mboi afundou o leito do rio, criando as Cataratas, e prendeu Naipi em uma rocha e Tarobá em uma árvore.”

Lia ficou encantada com a lenda e, durante o passeio, ficava repetindo:

Naipi chorava nas quedas... Tarobá virou árvore... que amor mais forte!


[Ilustração: Cena da lenda – Naipi na rocha e Tarobá em forma de árvore, com as Cataratas ao redor.]


De repente, Lia viu uma estátua de bronze no parque e ficou intrigada:

Guia, quem é aquele senhor ali? Por que ele está aqui?

O guia sorriu e respondeu:

Ah, essa é a estátua de Santos Dumont, o pai da aviação! Ele foi muito importante para que o Parque Nacional do Iguaçu fosse criado. Quando ele veio aqui em 1916, ficou indignado com a situação das terras, que estavam sendo mal cuidadas por donos particulares. Então usou sua fama para convencer o governo a transformar tudo isso em um parque nacional. E conseguiu! Por isso ele é um dos heróis do parque.

Lia ficou impressionada.

Uau... ele voava pelos céus e ainda ajudou a proteger esse paraíso!


[Ilustração: Santos Dumont olhando as Cataratas e depois assinando papéis com autoridades, com Lia observando a estátua ao fundo.]


Mais tarde, Lia foi conhecer o Parque das Aves. Lá, ficou encantada com os tucanos, araras coloridas e até viu um flamingo de pertinho!

É como andar dentro de um arco-íris com asas! — disse, maravilhada.


[Ilustração: Lia com os olhos arregalados diante de uma arara azul em um galho, e outras aves coloridas ao redor.]


Na volta pra casa, no avião, Lia olhava pela janelinha e sussurrava:

Naipi chorava nas quedas... Tarobá virou árvore... E Santos Dumont fez tudo isso ser nosso... Que lugar incrível!

E então, adormeceu com um sorriso no rosto, levando Foz do Iguaçu no coração.


[Ilustração final: Lia dormindo no colo da mãe no avião, sonhando com as Cataratas, Santos Dumont e as aves coloridas voando juntas.]

quinta-feira, 10 de abril de 2025

NÃO TEMAS, JESUS NOS ENCORAJA.

 Jesus declarou 366 vezes "não temas". Existe um para cada dia do ano, inclusive o ano bissexto. 

O encorajamento deixado por Jesus é algo incrível. Basta-nos tomar posse. 

Aqui estão alguns versículos do Novo Testamento em que Jesus fala com o intuito de encorajar-nos. em alguns"não temas" e outos a ideia emplícita em suas palavras:

  1. Mateus 6:34 - "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal."

  2. Mateus 10:28 - "E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo."

  3. Mateus 10:31 - "Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos."

  4. Mateus 14:27 - "Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo; sou eu, não temais!"

  5. Mateus 17:7 - "Jesus, porém, aproximando-se, tocou-lhes, dizendo: Erguei-vos, e não temais."

  6. Mateus 28:5 - "Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado."

  7. Marcos 5:36 - "Mas Jesus, tendo ouvido o que se dizia, disse ao líder da sinagoga: Não temas, crê somente."

  8. Lucas 5:10 - "E de igual modo também Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens."

  9. Lucas 8:50 - "Mas Jesus, ouvindo isso, lhe respondeu: Não temas; crê somente, e ela será salva."

  10. Lucas 12:7 - "Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos."

  11. Lucas 12:32 - "Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino."

  12. João 6:20 - "Mas ele lhes disse: Sou eu; não temais."

  13. João 12:15 - "Não temas, ó filha de Sião; eis que o teu Rei vem montado sobre o filho de uma jumenta."

  14. Atos 18:9 - "E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala e não te cales;"

  15. Apocalipse 1:17 - "E quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o primeiro e o último;"

  16. Apocalipse 2:10 - "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida."

  17. Apocalipse 21:4 - "E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas."

Esses versículos mostram o encorajamento de Jesus para não temermos, confiarmos Nele e no Seu cuidado sobre nós.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Às 3h da manhã.

 Às 3h, despertei do sono com um toque suave de uma luminosidade que não vinha de uma luz natural.

Abertos os olhos no escuro do quarto, comecei a procurar algo que pudesse enxergar. Nada estava visível aos olhos naquele momento. Então, busquei o motivo do despertar.

Muitas lembranças vieram no momento, espontaneamente: o casamento, os meus filhos, os filhos da Marilu, nosso novo lar, em um momento tão especial que estamos vivendo, o DOM, que ontem chegou aos 200 alunos de EJA — que é o que preciso todos os anos para que a máquina ande —, meus irmãos, cunhados... Foram muitos pensamentos.

Em um momento de agradecimento, uma palavra desafiadora: Filho, preciso que você tenha mais coragem para que Eu tenha como abençoar mais sua vida.

Um choque!!!

Comecei então a buscar entendimento, buscar alguma base nas palavras que já estudei, ouvi através de pastores, nos cultos e, para a minha surpresa, lembrei-me da palavra escrita em 2 Reis 4, em que Eliseu aumenta o azeite da viúva.

As vasilhas terminaram — era o que eu lembrava —, por isso o azeite parou de jorrar.

Durante a aula, na noite antes do despertar da madrugada, um professor havia pedido oração, pois estava passando por grandes dificuldades, e eu, sem pensar, falei para ele: "Não espere uma cura onde não há doença."

Rimos juntos, e ele me disse que, na hora, foi como se ali já tivesse o Espírito Santo agido. Ele se alegrou de tal maneira que foi visível aos olhos, em seu semblante.

Lembrei-me disso durante a madrugada.

Senti uma provocação por parte de Deus: coragem, sair do barco e andar por sobre as águas. "Não deixar faltar vasilhas..." O desafio daquela mulher era juntar vasilhas. Parece que fui desafiado a juntar vasilhas.

Mas, mais do que isso, não permitir que elas se esgotem, para não permitir que o azeite pare.

Parece uma conclusão diferente das pregações que ouvi até hoje sobre essa passagem: "Deus não quer que deixemos o azeite parar."

Olhei no relógio, e já eram 4h.

quarta-feira, 26 de março de 2025

DÉBORA

 Débora era profetisa e uma mulher sábia. Ela se sentava debaixo de uma tamareira e o povo vinha até ela para resolver suas questões (Juízes 4:4-5).

Série ADOLESCÊNCIA e o uso do plano-sequência.

A filmagem em plano-sequência é uma técnica cinematográfica na qual uma cena inteira é gravada em um único take contínuo, sem cortes aparentes. Essa abordagem exige um planejamento rigoroso, coreografia precisa dos atores e uma execução técnica impecável para que a ação flua naturalmente sem interrupções. Na série Adolescence, essa técnica foi utilizada para criar uma experiência imersiva, aproximando o espectador da realidade dos personagens e aumentando a sensação de autenticidade das cenas.

 O uso do plano-sequência pode ter diferentes propósitos narrativos e estéticos. Em Adolescence, essa escolha reforça a intensidade emocional e a espontaneidade das interações entre os personagens. Como a adolescência é uma fase marcada por emoções intensas e mudanças constantes, a câmera em movimento contínuo contribui para transmitir essa dinâmica sem a interferência de cortes bruscos, permitindo que o público sinta-se dentro da história.

 Vários filmes famosos utilizaram o plano-sequência de forma marcante. Birdman (2014), de Alejandro Iñárritu, simula um único take ao longo de quase todo o filme, criando uma experiência fluida e ininterrupta. Outro exemplo icônico é 1917 (2019), dirigido por Sam Mendes, que acompanha dois soldados durante a Primeira Guerra Mundial em uma narrativa quase sem cortes visíveis, aumentando a tensão e a imersão do espectador. Além disso, filmes como Filhos da Esperança (2006), de Alfonso Cuarón, também se destacam pelo uso magistral de planos-sequência, como a cena da perseguição em um carro, que dura vários minutos sem interrupção.

 Os cineastas escolhem essa técnica por diversos motivos. Além de aumentar a imersão do espectador, o plano-sequência pode transmitir um senso de realismo e urgência que cortes tradicionais poderiam dissipar. Além disso, ele desafia tanto os atores quanto a equipe técnica a manterem um alto nível de precisão e coordenação, resultando em cenas intensas e memoráveis. Em narrativas mais introspectivas ou dramáticas, como em Adolescence, o plano-sequência pode criar uma proximidade emocional entre o público e os personagens, tornando a história ainda mais envolvente.

 Por fim, embora seja uma técnica desafiadora, o plano-sequência continua sendo uma escolha popular entre diretores que buscam impactar visualmente suas produções. Quando bem executado, ele não apenas impressiona pela dificuldade técnica, mas também acrescenta profundidade e emoção à narrativa, tornando-se um elemento essencial na construção da experiência cinematográfica.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

SE EU TE BEIJASSE/ SI TE BESARA

Assisti a uma apresentação de ELSA MORENO PIZARRO, em espanhol, desse poema que segue, jamais me esquecerei de uma palavra que disse. Emocionante, encantador...

SE EU TE BEIJASSE/ SI TE BESARA
Acho que os beijos são dados na boca porque é de onde brotam as palavras.
Se eu te beijasse a ponta dos dedos estaria procurando uma carícia.
Se eu te beijasse a sola do sapato estaria procurando um caminho.
Se eu te beijasse nas pálpebras quando você está dormindo estaria pedindo permissão para entrar nos seus sonhos, mas estou beijando seus lábios porque quero ouvir minhas palavras saindo de você.
Outra vez...
Se eu te beijasse a sola dos pés, procuraria um passo errado.
Se eu te beijasse o interior do cotovelo, procuraria os teus cubículos.
Se a sombra te beijasse, não saberia o que procuro, mas estaria tão perto...
Se eu te procurasse hoje à noite, beijaria todos os estranhos até te encontrar.
Outra vez...
Se eu te beijasse, seria escorregadio por uma tela de carne que transborda e se expande pelas vigas da minha casa. Escorregadio escorregadio por um muro fronteiriço entre a pele da carne que é injetada numa estrutura impessoal chamada nome. Estaria consumida antes mesmo de abrir os lábios e beijar-te e, não podemos fazer nada por esta morte, por esta morte...
Por isso, fico quieta, quieta, atenta, alerta, alerta.... Só para o caso... no caso de eu ter vislumbrado encontrar o meio ponto entre as paredes onde shhhh... não nos machucar, onde só percebemos até onde vai o beijo, antes que a raiva chegue.
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Desconhecemos a autoria da tradução do poema

Foz e seus encantos; Foz e os seus em cantos.

Passar pela manhã no cruzamento da Xavier da Silva com a Mato Grosso e não deparar-se com a "paraguainha" vendendo melões paraguaios — esses, diferentes daqueles comprados nos mercados — pode ser um presságio.

Foz do Iguaçu, além das belezas naturais, das compras no Paraguai, dos jantares no lado argentino, é marcante pelas suas personagens de um universo peripatético (para quem não sabe a verdade por trás dessa palavra, vale uma pesquisa — e que Aristóteles me permita usá-la aqui, nesse contexto).

No cruzamento da JK com a República Argentina, temos o Jacaré.
Aparecendo em qualquer ponto da avenida Brasil, fortuito e oportunamente, temos o "bicheiro": "Vai uma fezinha aí?"
No cruzamento da Schimmelpfeng com a Almirante Barroso, ecoa o já conhecido: "Tem uma moedinha, abençoado?"
Na Belarmino, o Rubão — com seus cachorros e sua latinha (sabe-se lá de quê) na mão.

Foz e seus encantos. Foz e os seus em cantos.

O número de personagens de rua é grande. Seres emblemáticos que já fazem parte de um tipo de folclore da terrinha. Sobrevivem por trás da imagem que estabeleceram, demarcaram território, ganharam admiradores. Uns são trabalhadores, saem pela manhã para cumprir sua jornada. Outros, mesmo que não pareçam estar ali em um ofício, tratam tal labuta como uma jornada regida, talvez, por uma CLT imaginária.










terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Os CEOs da terra falida - Giovana Madalosso

Compartilho o texto da Giovana Madalosso na Folha de hoje, p. 32. - 24 NOVEMBRO 2024.

Os CEOs da terra falida
Tem criança que sabe falar dois idiomas mas não sabe arrrumar a cama
É final de ano e a cidade está cheia de anúncios de escolas chamando para matrículas. Umas oferecem educação com ênfase no amanhã. Outras sugerem desenvolver no aluno o espírito de liderança. Pelo jeito, desistimos de formar cidadãos para formar CEOs. Não é só culpa das escolas: é uma demanda dos pais, preocupados em garantir um futuro de estabilidade profissional e financeira para os filhos.
Só que a vida não é uma empresa. A sociedade não cabe em um organograma. E tampouco estamos sozinhos. Aqui nesta Terra, um sonho se sonha com oito bilhões de pessoas. E uma infinidade de outros seres vivos.
A festa do Cada Um Por Si já se mostrou um fracasso. Não há pulseira VIP que nos impeça de ver a dança mórbida do capitalismo tardio, com uma minoria se refestelando com a maior parte da riqueza.
Se a propaganda da escola fosse honesta, o globo terrestre exibido na mão do aluno sorridente estaria pegando fogo. A lupa não estaria apontada para uma florzinha e sim para uma amostra de microplástico ou de corais mortos pelo calor.
Fora do muro dessas escolas, há aproximadamente oito milhões de brasileiros passando fome. Duzentas mil pessoas em situação de rua. Uma floresta prestes a virar savana. Rios sendo contaminados com mercúrio. Novos poços de petróleo sendo abertos quando mais de duzentos milhões de pessoas já se deslocam pelo mundo por causa de desastres climáticos.
O futuro brilhante vendido pela propaganda tem grande chance de ser uma distopia. E, mesmo com essa perspectiva, há quem não se importe, pensando que, como sempre, o dinheiro irá safar os seus da desgraça coletiva.
E eu só me pergunto: que altura de portão nossos filhos terão que construir para se esconder de tanta tristeza? Haja bônus e pró-labore para tanto tijolo e para tanta cerca farpada. Haja catraca e cancela para se proteger de tamanha desigualdade. Haja dique para se resguardar de uma natureza em fúria. Haja espumante para se entorpecer de tudo e tanto.
Antes nossos heróis corporativos estivessem morrendo de overdose. Estão morrendo de estresse, depressão, ansiedade, pânico, solidão, anorexia. E, mesmo assim, continuamos mirando nesses exemplos. Desviando a luneta dos nossos filhos das Três Marias para mirar nessas cadeiras. Ou numa chair bem longe daqui.
Tem criança que sabe falar dois idiomas mas não sabe arrumar a cama. Antes de qualquer coisa, deveriam aprender a limpar a casa e a escola, a observar quanto lixo cada pessoa produz, a fazer a própria comida. A não depender do outro para realizar a tarefa mais primordial que existe: cuidar de si mesmo.
Só assim mais uma geração de brasileiros não passará pelo constrangimento de estudar em uma sala de aula que só tem crianças brancas, em uma escola que só tem crianças brancas, aspirando a cargos que só são ocupados por brancos, em um país onde a maioria da população é negra e, infelizmente, em parte ainda limpa e cozinha para os outros.
É desanimador mas, por outro lado, não é. Um mundo em crise é um mundo gritando para ser refeito. Um caminho repleto de possibilidades de se agir diferente. Tenho certeza de que essa geração irá encontrar ótimas saídas, desde que tenha a chance de olhar mais para os lados, e não só para o topo

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Logos e Rhema

Logos e rhema são conceitos bíblicos que se referem à Palavra de Deus. Logos é a Palavra de Deus em geral, enquanto rhema é a Palavra de Deus dirigida a uma pessoa específica.

Logos

É o conhecimento das Escrituras

É o sentido, a razão, o valor, a causa, o fundamento e o ser de algo

É a linguagem que diz ou profere as coisas

É a razão conhecendo as coisas, pensando os seres

É um conceito importante na cristologia cristã

É conhecido em português como Verbo

Rhema

É a aplicação da Palavra de Deus em uma pessoa

É a revelação que Deus tem para uma pessoa

É o que sai da boca de Deus

Para que a Bíblia fale diretamente com o leitor, é necessário que a pessoa se projete no texto bíblico para que a Palavra se torne Rhema.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A Armadura de Deus é descrita na Bíblia em Efésios 6:10-18

A Armadura de Deus é descrita na Bíblia em Efésios 6:10-18 e representa a proteção espiritual que um cristão deve usar para resistir ao mal. Aqui estão as armas dessa armadura e seus significados:

  1. Cinturão da Verdade (Efésios 6:14) 🏅

    • Simboliza a honestidade e integridade. A verdade de Deus nos mantém firmes contra as mentiras e enganos do inimigo.
  2. Couraça da Justiça (Efésios 6:14) 🛡️

    • Representa a retidão e o caráter correto diante de Deus. Protege o coração do pecado e da culpa.
  3. Sandálias do Evangelho da Paz (Efésios 6:15) 👣

    • Simbolizam a prontidão para espalhar a mensagem do evangelho. A paz de Deus nos dá estabilidade para enfrentar desafios.
  4. Escudo da Fé (Efésios 6:16) 🛡️

    • A fé nos protege dos ataques do inimigo, como dúvidas e tentações. Com ela, podemos apagar os "dardos inflamados" do mal.
  5. Capacete da Salvação (Efésios 6:17) ⛑️

    • Representa a certeza da salvação em Cristo. Protege a mente contra pensamentos negativos e enganos do inimigo.
  6. Espada do Espírito (Efésios 6:17) ⚔️

    • A única arma de ataque da armadura. Simboliza a Palavra de Deus (a Bíblia), que é poderosa para combater as mentiras e enganos espirituais.

Além dessas armas, Paulo menciona a oração como parte essencial dessa batalha espiritual, nos mantendo conectados com Deus.

Essa armadura deve ser vestida diariamente para enfrentar os desafios da fé. 🙏🔥

Elaborado com o auxílio da IA. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

THALES PASSOU NO VESTIBULAR DE MEDICINA

 Quando conheci o Thales ele tinha apenas 9 anos. O menino já demonstrava habilidades que até o então, já em passados 20 anos na carreira de professor, eu havia visto com raridade. A capacidade fotográfica de memorização era um atributo incomparável. Declamava poemas com uma simplicidade infantil, porém com uma capacidade magistral. Eram minutos e o poema já estava na sua memória. Chegava nos lugares e encantava. Quando terminava de recitar, seus olhos grandes pareciam que iriam saltar da fronte, tamanha era a alegria ao ver as pessoas admiradas absurdamente o elogiarem. Foram vários saraus, foram muitas apresentações em aniversários de avós, tios, primos, amigos. Momentos mais acadêmicos como feira do livro, apresentação de obras literárias e lá estava o Thales, às vezes sendo muito mais apreciado e elogiado que o autor. O menininho dos olhos arregalados verdadeiramente dava um show. Há um poema que para mim era ele sendo ele, sabe aquela coisa de parecer que o eu-poético encontrou a persona? O poema quando declamado por ele demonstrava o menino em sua autenticidade, parecia um diálogo de criança com o seu imaginário na tentativa de responder o que significa "ser". O poema tem como título IDENTIDADE e foi escrito por Pedro Bandeira. Seguem os versos: 

Às vezes nem eu mesmo
sei quem sou.
às vezes sou.
"o meu queridinho",
às vezes sou
"moleque malcriado".
Para mim
tem vezes que eu sou rei,
herói voador,
caubói lutador,
jogador campeão.
às vezes sou pulga,
sou mosca também,
que voa e se esconde
de medo e vergonha.
Às vezes eu sou Hércules,
Sansão vencedor,
peito de aço
goleador!
Mas o que importa
o que pensam de mim?
Eu sou quem sou,
eu sou eu,
sou assim,
sou menino.

Alguns anos se passaram, convivi todos esses com o Thales, hoje ele está com 19. Pude ver nele os últimos e versos do poema todos os dias, ele é autêntico, uma pessoa simples e leve para conviver.  O "eu sou quem sou" ele viveu de verdade todos esses anos. Porém de um tempo pra cá resolver "ser" médico. Foram 6 anos incansáveis. Dias e noites, finais de semana integrais de estudo. Comecei a ver nele o "herói voador", o ", o "jogador campeão", "goleador". A fé gerou a esperança e o esforço gerou a recompensa. Hoje recebemos o segundo resultado, já havíamos comemorado a primeira aprovação no vestibular de medicina na Unicentro em Guarapuava juntos na festa de Ano novo e agora o resultado da Federal do Paraná. Parabéns, Thales. Deixo aqui um versículo que aprecio e que gostaria que o levasse no coração para esse novo momento de sua vida: 

"Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo".

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025