Fulgencio Enéias do Nascimento e Ana Maria da Conceição são os pais do vovô Doutor Gerônimo Fulgencio de Lima que é pai do José Fulgencio de Lima que é pai do Sebastião Jonadab Fulgencio de Lima que é pai de Emerson Fulgencio de Lima que é pai de Guilherme Fossari Fulgencio de Lima e Lorenzo Canete Fulgencio de Lima que é pai...
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
FELIZ EXISTÊNCIA
Dia dez de dezembro aqui em casa sempre foi uma data de alegria. Durante muitos anos, acordar nesse dia era certeza de um almoço especial. Costela de forno embrulhada no saco de papel, mesa impecável e o bolo feito pela minha mãe para comemorar o aniversário do meu pai. Era mais um ano de vida do Sr. Sebastião Jonadab Fulgêncio de Lima. Seu Tião, Seu Lima, Jonadab (poucas pessoas sabiam e o chamavam por esse nome).
Ele contava sua idade de uma maneira costumeira e engraçada. Era hilário ouvir. Os conhecidos da época do mercadinho, familiares e amigos perguntavam: “Quantos anos, seu Tião/seu Lima?” E ele, mais que depressa, sempre sorrindo, dizia a idade seguida da expressão: “De feliz existência.” Hoje, estaria completando 73 anos. Acredito que ouviríamos ele falando várias vezes: “73 anos de feliz existência”. Como gostaria de ouvir ao menos mais uma vez...
Hoje, data em que lembramos do pai, amanheceu chovendo. Minha programação para o dia, um domingão, foi completamente alterada. Não teve pedalada de manhã, não teve pastel na feira, não teve Blue Park com amigos. Ficamos em casa, almoçamos juntos: minha mãe, Marilu e eu. E algo marcou meu dia 10. Todos os anos, minha mãe enfeita a casa para o Natal. Neste ano, as coisas estavam bem atrasadas por aqui. Resolvi ajudá-la na ornamentação.
Pode parecer simples, mas, ao tirar o presépio da caixa, não pude conter um momento de emoção. Parei, baixei a cabeça e muitas lembranças me vieram. Não sei se você sabe o que é um presépio e o que isso significa. A palavra presépio tem sua origem no latim praesepium – que significa apenas curral, cercado onde se guardam animais. E, no século XIV, tomou conotação religiosa de representação cênica do nascimento de Jesus Cristo numa estrebaria. É inegável que Jesus nasceu. Há controvérsias sobre datas, lugares, cenários sociais. Mas isso não importa.
No livro de Isaías, há uma profecia de que Ele viria como um bebê: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Em Miquéias 5:2, está a profecia de que Jesus nasceria em Belém. Em Mateus 2:4–6, os escribas sabiam que, segundo a profecia, o Messias nasceria em Belém. Jesus nasceu.
Meu dia 10 ainda não terminou. A surpresa foi ainda maior quando, no fundo da caixa dos enfeites de Natal, encontrei mais um presépio. Bem pequeno, em relação ao que estava montando. Mas sua presença neste momento trouxe lembranças gigantescas. O presépio pequeno está em nossa família há 40 anos. Foi um presente de Natal muito diferente que ganhamos de minha avó Aurora. Ela estava comprando presentes para todos os netos, e lembro que minha mãe a acompanhava para ajudar nas compras. O presente que ela escolheu para nós foi uma camisa de time.
Mas, em uma das lojas, havia um presépio. Meu irmão e eu ficamos brincando com os animaizinhos do presépio e, no final das compras, para nossa maior alegria e surpresa, ela nos presenteou com esse "pequenininho". Quantas lembranças... Meus avós, os Natais em família, tios, primos...
Um dos animaizinhos estava quebrado: o camelo. Demorei para encontrar a cabeça que faltava. Colando a cabeça do camelo que estava quebrada, parecia que minha cabeça é que estava em outros lugares...
MATHEUS E A IGREJA DO CORAÇÃO
Matheus e a Igreja do Coração
Emerson Fulgencio
Matheus era um menino que amava muito ir à igreja com seus pais. Ele ficava tão animado com o domingo que não via a hora de colocar sua roupa favorita, arrumar o cabelo e, claro, pegar a Bíblia que ele guardava com muito carinho.
(Ilustração: Matheus todo arrumadinho, sentado no sofá com a Bíblia no colo, esperando seus pais.)
Todo domingo, antes mesmo de seus pais estarem prontos, Matheus já estava na sala, bem comportado e com um sorriso no rosto, esperando ansiosamente para sair de casa. Ele sentia que ir à igreja era o melhor momento de sua semana! Na igreja, Matheus tinha muitos amiguinhos e amiguinhas, com quem adorava brincar e aprender.
(Ilustração: Matheus e outros amigos sentados com Jesus, rodeados de flores e luz, como se estivessem num campo bonito.)
— Olhem, papai e mamãe, — Matheus dizia com os olhos brilhando, apontando para um versículo da Bíblia. — Aqui está o que Jesus disse: "Deixai vir a mim os pequeninos!" Ele falou isso para a gente, sabia? — E papai e mamãe sorriam, orgulhosos.
(Essa é uma ótima oportunidade para abrir a Bíblia em Mateus 19:14 e ler a passagem para as crianças, explicando como Jesus ama e dá espaço para as crianças em seu reino.)
Na igreja, Matheus adorava o momento do louvor. Quando o pastor chamava todas as crianças para ir na frente cantar e dançar, ele se sentia super feliz! Era uma festa de alegria e amor, e Matheus amava ser parte dessa celebração.
(Ilustração: Matheus e seus amigos, de mãos dadas, dançando felizes na frente da igreja.)
Mas o momento que ele mais aguardava com todo o coração era o tempo da escolinha bíblica. Matheus adorava aprender sobre a palavra de Deus e a vida de Jesus. No domingo passado, a professora disse que iriam aprender sobre os milagres de Jesus, e Matheus estava super curioso.
— Mãe, o que é um milagre? — perguntou Matheus ao longo da semana, cheio de perguntas. Ele queria saber tudo sobre o que Deus poderia fazer.
(Ilustração: Matheus com um olhar curioso, fazendo perguntas enquanto sua mãe o escuta atentamente.)
Finalmente, chegou o grande dia! Quando ele entrou na escolinha, foi direto até a professora Márcia.
— Profe Márcia, o que é um milagre? — perguntou, com os olhinhos brilhando de curiosidade.
A professora sorriu e pediu para todos se sentarem.
— Olha, Matheus e amiguinhos, milagres são coisas incríveis, maravilhosas, que só Deus pode fazer! — ela explicou com calma. — Milagres são como sinais de que Deus é poderoso e cheio de amor por nós. Ele faz coisas que a gente não entende, mas que nos mostram que Ele pode tudo!
(Ilustração: A professora Márcia com um sorriso acolhedor, rodeada por crianças sentadas com os olhos atentos.)
Matheus ficou encantado com a explicação! Agora ele entendia que os milagres eram presentes especiais de Deus para ajudar e ensinar as pessoas. A partir daquele dia, ele ficou ainda mais ansioso para aprender sobre todos os milagres que Jesus fez e como Ele continua fazendo coisas incríveis na vida das pessoas.
Moral da história: Ir à igreja não é só sobre cantar e brincar, mas também sobre aprender coisas maravilhosas sobre Deus e Seu amor por todos. E, assim como Matheus, as crianças podem sempre contar com a igreja para crescerem, entenderem mais sobre Deus e se sentirem muito especiais no coração de Jesus.
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
PA-PAI
PA-PAI
Emerson Fulgencio
Escreveu na parede uma palavra e saiu andando sem olhar para trás. Sua letra era trêmula, pontos fortes acarcados em algumas curvas da escrita. Sem diagnóstico preciso notava-se um certo temor. Ele foi, a palavra ficou. Um desabafo, um pedido de socorro? A palavra estava lá agora tão solitária... Parecia escrever algo que já estava gravado em seu coração. Deixara algo para trás. Os dias passaram.
Soou o sinal da escola. Hora de ir para casa. Mochilas nas costas as crianças tomam seu destino. Andam em grupos, algumas sozinhas, pais que vêm buscar, transportes. Movimento de porta de escola é bonito de se ver. Quanto abraço, quanto beijinho, quanto amor despreendido. É pai, é mãe, é avô, é avó, é tio, tio que não é tio, é tia, tia que não é tia, crianças correndo para o reencontro. Fome ao meio dia, cansaço às 18h.
O menino morava no bairro. Começara a estudar naquele ano. Já estava naquela fase de soletrar tudo. Seus olhos eram ávidos, atendos a qualquer curvinha em que reconhecia uma palavra. Na placa da rua “pppapa-rrre”, na fachada dos comércios “loo-jjja”. Estava lendo. Estava descobrindo o mundo da escrita e leitura. Nada escapava.
No caminho de casa - por morar pertinho da escola, tinha o privilégio de ir e vir a pé, ora correndo, ora voando - havia uma construção inacabada há anos. Suas paredes já rebocadas, mas sem pintura, estavam marcadas pelo tempo. O menino passava pertinho da edificação, a calçada era estreita, era a última esquina antes de chegar em casa.
Seus olhos foram atraídos por uma palavra, suas mãos passaram bem perto. Mais um desafio ao incipiente leitor. Mais uma palavra para decifrar. Aquela ele já havia lido algumas vezes no livro da escola, era mais fácil quando a memória fotografava a junção das letras. Em voz alta “pa-pai” era a palavra escrita na parede daquela antiga obra.
Chegou em casa naquele dia com um nó na garganta. A mãe estava na cozinha como de costume. A tevê ligada, o som das panelas, aquele aroma inconfundível. O menino parou na porta. Mãe, por que não tenho pai? Ela sabia que ouviria isso um dia da boca da criança. Mas você tem pai, sim! Ela fala em uma resposta sem considerar que ele era apenas uma criança. Parecia resposta para adultos. Ela e ele não estavam prontos para aquele dia. Ela não imaginava que sentiria culpa por isso, ele não imaginava que um dia sentiria falta.
Panelas desligadas. Sentaram-se à mesa.
Esse dia chegaria. Chegou tão depressa pensou a mãe. Chegou tão tarde, suspirou o filho. Um pai. Perguntas começaram brotar nas duas cabeças de bocas caladas. Nem mesmo a mãe sabia o paradeiro do pai do garoto. Tão jovens, a gravidez os assustou de tal forma que até ela, se pudesse, teria fugido. Não em forma de abandono, sim em forma de incertezas. O que seria dali pra frente. Enfim, existia uma grande lacuna emocional nos dois. Ser pai e mãe em uma pessoa só na havia sido simples e agora o momento era de incerteza novamente.
Mãe!? Eu não tenho pai? Quem é meu pai? Onde ele está? Por que ele nunca foi me buscar na escola? Por que ele não vive aqui em casa? Por quê? Por quê? Por quê?...
O menino tomara coragem. Aquela palavra teria desencadeado centenas de dúvidas que ele talvez nem reconhecia ter. Um pai. Pa-pai. O que significava isso para quem não covivera um só dia com a figura paterna. Um pai é amigo, um pai é generosidade, um pai é proteção. É exemplo de cumprimento de dever, de comida na mesa. Um pai é autoestima elevada. A ausência desnutri de carinho.
A mãe abaixa a cabeça, lagrimas que brotam nos olhos. O menino ainda que com pouca idade, percebe o sofrimento. O silêncio é quebrado por um tom de voz carinhoso: - Mãe, mamãe, me desculpe! Olhar terno: - Um dia eu vou crescer, você me ensina a ser pai pra quando eu ficar grande?
UM FILHO
Um filho
Emerson Fulgencio
Dona Alzira sabia que a vida é um fio, uma costura frágil. Seus dedos já enrugados de costureira seguiam firme no trabalho, mas a cabeça viajava para bem longe dali. Voltava para o passado, para a lembrança do pequeno Miguel, seu primeiro e único filho. Ele era a razão de tudo que ela fazia e, mais que isso, era a pergunta constante que a vida lhe propunha.
Certa tarde, em meio ao som rítmico da máquina de costura, ela se pegou a pensar nas três perguntas que um professor tinha lançado aos pais de seu bairro, durante uma palestra na escola do pequeno Miguel.
"O que é um filho?"
Pensou na resposta que já sentia no coração. Um filho não era só um pequeno ser, ou um reflexo de si mesma. O professor durante a palestra falou que em tupi a palavra "piá" significa "pedacinho do meu coração que anda". Um filho era um pedacinho não só do seu coração, mas de sua alma andando pelo mundo com um coração independente, um amor plantado fora do próprio corpo. Miguel era uma extensão do que ela era, mas também uma vontade própria, um destino que ela mal compreendia. "Um filho é a coragem que a gente aprende a ter quando o mundo assusta e o chão parece se abrir", pensou.
"Quanto custa um filho?"
Ah, essa pergunta! Dona Alzira riu sozinha enquanto ajeitava a bobina da máquina. Todos pensavam que o custo de um filho era a fralda, o leite, a escola. Mas, para ela, o verdadeiro preço era outro. Era o sono que se perdia, o medo que nunca se apagava, as noites em claro esperando por notícias, e o sorriso de alívio ao ouvir passos na porta. "O custo de um filho", sussurrou para si mesma, "é o pedacinho do coração que a gente entrega e nunca mais recupera. É dar o melhor de si e torcer para que seja o suficiente."
"Quanto tempo dura um filho?"
Essa última pergunta sempre ficava, pairando, como uma brisa silenciosa que mexe nos galhos e parece que vai dizer algo importante, mas não diz. O tempo de um filho, ela sabia, não se media em anos ou décadas. Miguel, mesmo crescido, seguia sendo seu menino, mesmo quando ele já havia saído de casa, seguido seu próprio caminho. Para ela, um filho durava para sempre, era uma semente de eternidade.
Dona Alzira terminou a costura e desligou a máquina, mas as perguntas ainda ecoavam. Ela suspirou, ajeitando a blusa puída sobre os ombros e lembrando-se dos olhos de Miguel, sempre com aquele brilho inquieto de quem quer saber do mundo. E, naquele instante, soube que, se a vida lhe pedisse, ela faria tudo de novo. Não se importando com a dificuldade, o medo, a incerteza, mas visualizando lá na frente, onde nem os olhos alcançam, que se não tivesse gerado, educado, conduzido o Miguel, a sua vida não teria, com certeza, sentido algum.
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
"Escola de Pais" Fortalece Laços e Traz Reflexões na Escola Cívico-Militar Presidente Costa e Silva de Foz do Iguaçu-Pr
"Escola de Pais" Fortalece Laços e Traz Reflexões na Escola Cívico-Militar Presidente Costa e Silva
A Escola Cívico-Militar Presidente Costa e Silva, situada em Foz do Iguaçu-PR, realizou nesta última quarta-feira, 13 de novembro de 2024, mais um encontro da série "Escola de Pais", um evento mensal que tem como propósito oferecer orientações e metodologias para que os pais possam apoiar e educar melhor seus filhos. Com um público de mais de 60 pais, o evento contou com falas inspiradoras e momentos de reflexão, fortalecendo o compromisso entre família e escola na formação dos alunos.
A abertura foi conduzida pela diretora e professora Marilu Grassi ( idealizadora do projeto há ,mais de 10 anos), que compartilhou importantes conselhos e orientações em um discurso de aproximadamente 30 minutos. Em sua fala, Marilu destacou a importância de um envolvimento constante dos pais na vida escolar dos filhos, além de estratégias para apoiar o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes.
O evento também contou com a presença especial de Luís Fernando Favorito Pasinitto, ex-aluno da escola nos anos 90. Em um depoimento nostálgico e motivador, João relembrou os anos em que estudou na instituição, ressaltando o papel da educação em sua trajetória de sucesso. Ele destacou como as lições e valores absorvidos na escola foram fundamentais para alcançar seus objetivos e reforçou aos pais a importância de estimular seus filhos a persistirem nos estudos.
Um dos momentos foi marcado pela fala do professor Emerson Fulgêncio, que trouxe um debate reflexivo para os pais com três perguntas provocadoras: "O que é um filho?", "Quanto custa um filho?" e "Quanto tempo dura um filho?". Sem respostas prontas, o professor convidou os presentes a participarem da reflexão, explorando juntos os valores e responsabilidades da paternidade.
O Sr. Silva, militar e um dos responsáveis pelo programa cívico-militar na escola, também teve seu momento para falar sobre os benefícios do modelo disciplinar implementado na instituição. Ele destacou o impacto positivo da presença de militares no ambiente escolar, reforçando o comprometimento com a disciplina e a ordem, valores que contribuem para o desenvolvimento integral dos alunos.
Ao final do encontro, os pais puderam se confraternizar em um café especial com bolos, biscoitos e batata-doce, típico lanche servido aos estudantes. A reunião foi um sucesso, promovendo um ambiente de apoio e colaboração entre escola e família, e reforçando a importância de uma educação pautada no respeito, na disciplina e no diálogo.
sábado, 19 de outubro de 2024
Eleições é tudo a mesma coisa, ou não?
Eleições é tudo a mesma coisa, ou não?
Emerson Fulgencio
Acordei às 5h30 com o clarão da luz do banheiro. Domingo tão cedo? Minha esposa dos 18 anos até hoje - quem a conhece sabe de quanto tempo estou falando - se voluntaria para as eleições. A justificativa são as folgas às quais tem direito, mas percebo que, na verdade, ela gosta disso tudo. Então, a luz me tirou da cama.
Depois de tomar banho, já pronto para levá-la ao colégio onde estava escalada, espero-a no carro. Lembro-me de alguns episódios vividos em épocas em que fui voluntário. "Onde vovotá?" Em todas as eleições, foram várias: umas como secretário, outras como mesário — agora quem me conhece sabe de quanto tempo estou falando. Chegava à seção um senhor que perguntava. Era engraçado e, ao mesmo tempo, chato. Ele olhava e dizia: “Onde vovotá?”. Pegávamos o título de eleitor dele e falávamos que era ali mesmo. Então ele abria aquele sorrisão e dizia: “Eu perguntei onde o vovô tá!” e dava uma gargalhada. Foram vários anos, com eleições para prefeito, presidente e senador.
Mas hoje não sou voluntário. O mais curioso é que estou aqui em uma escola, vim trazer a esposa; talvez seja um voluntariado de cumplicidade. Outras lembranças me ocorreram: as urnas, as cédulas, canetas, anotar, conferir, auditar. Era uma responsabilidade sem igual; daqueles “x” colocados, daqueles números inscritos, sairia a legitimidade das escolhas. O prefeito para o próximo mandato será o fulano de tal, o presidente o cicrano, o vereador o beltrano. Seriam alguns anos de administração de todos os recursos de nossa cidade, de nosso país. A responsabilidade do que entendemos como bem comum estaria nas mãos de um, mas teria passado pelas mãos de vários na hora do sim, naquele dia D.
O cenário é o mesmo: alguns senhorzinhos estão ao portão da escola desde às 7h, ávidos com seus títulos em mãos. Parece que quem não tem mais a obrigação de votar tem mais compromisso do que aquele cujo exercício cidadão faria tanta diferença para sua cidade, para seu país. Vários "santinhos" — para quem não sabe o que é isso, para explicar aos mais jovens, é um post de Facebook ou Instagram impresso em papel — estão jogados na rua, no chão mesmo, em frente aos locais de votação.
Uma movimentação inconfundível de pessoas que chegam para voluntariar: alguns, como minha esposa, com sorriso estampado, falante, com aquela expressão indiscutível de “estou aqui porque quero”; mas também aqueles que chegam sem um bom dia sequer. Então percebo que parece que nada mudou. Ou mudou? Com certeza, o senhorzinho do "vovotá" não vota mais, não “tá” mais por aqui também.
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
GÊNESIS, ÊXODO, LEVÍTICO, NÚMEROS e DEUTERONÔMIO - Os cinco primeiros livros da bíblia em forma de poemas.
Poema de GÊNESIS: O Começo de Tudo
No princípio, Deus criou,
Céus e Terra, vida e o ar,
A luz brilhou, o caos cessou,
Dia e noite, veio o mar.
Separou a terra firme,
Dos céus e águas, com seu poder.
Ervas, flores e árvores surgem,
Tudo pronto para florescer.
No céu, astros resplandecentes,
Sol e lua a brilhar.
Povoa os mares com seres viventes,
E nos céus, aves a cantar.
No sexto dia, a criação se expande,
Animais da terra, cada um em seu lugar.
Então, do pó, Deus fez o homem,
Sua imagem veio revelar.
Adão no Éden caminhava,
Entre árvores, rios e paz.
Mas sozinho, Deus o via,
Então, criou Eva para ser sua par.
Porém, a serpente, cheia de engano,
Trouxe a queda, o fruto provaram.
O pecado entrou no mundo,
E do Éden foram expulsos, afastados.
Caim e Abel, os primeiros filhos,
O ódio e o sangue se derramou.
Mas Seth nasceu, a esperança revive,
E a linhagem da promessa continuou.
Os homens cresceram, mas o mal também,
Deus viu o mundo em corrupção.
Chamou Noé, homem de fé,
Para construir a salvação.
O dilúvio veio, a Terra lavou,
Mas o arco-íris a paz anunciou.
A promessa de vida, de novo se fez,
E a história do homem recomeçou.
Abraão foi chamado a caminhar,
De Ur partiu, na fé sem ver.
Uma terra prometida, filhos sem contar,
E um pacto eterno, Deus fez florescer.
Isaque nasceu, promessa viva,
E Jacó, seu filho, o legado herdou.
Doze tribos surgiram, como estrelas brilhando,
E José, no Egito, a salvação guiou.
De escravo a príncipe, Deus o elevou,
Nos sonhos e visões, o futuro mostrou.
A fome veio, mas o plano divino,
Fez de José, o salvador de seus irmãos.
Assim termina o Gênesis, o começo da história,
De um povo escolhido, guiado na glória.
Promessas feitas, alianças firmadas,
A jornada de fé, enfim, começada.
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Poema ÊXODO: A Libertação do Povo
No Egito, Israel sofria,
Escravos do Faraó cruel,
O clamor subia aos céus,
De um povo que pedia por seu Deus fiel.
Nas margens do Nilo, Moisés nasceu,
Em um cesto, sua vida foi poupada.
Criado no palácio, mas no deserto fugiu,
Ao chamado de Deus, sua alma foi despertada.
Na sarça ardente, a voz lhe falou,
"Liberta meu povo, eu sou quem sou."
Com sinais e prodígios, ele foi enviado,
Com o cajado em mãos, um líder foi formado.
Faraó resistiu, seu coração endureceu,
Dez pragas vieram, e o Egito sofreu.
Águas em sangue, trevas e morte,
Mas Israel foi poupado pela divina sorte.
Na noite da Páscoa, o cordeiro foi imolado,
O sangue nas portas, o livramento esperado.
O anjo da morte passou, o grito se ouviu,
E o povo de Deus, enfim, saiu.
Pelo Mar Vermelho, o caminho se abriu,
As águas se ergueram, o medo caiu.
Do outro lado, cantaram com fé,
Deus havia vencido, libertado o seu povo de pé.
No deserto, caminharam, entre fome e sede,
Mas Deus proveu o maná e a água na rocha.
No Sinai, o pacto foi selado,
A lei entregue, a aliança firmada.
Dez mandamentos para guiar,
Um povo santo, chamado a brilhar.
Mas o bezerro de ouro erigiram,
E com isso, a ira de Deus provocaram.
Moisés intercedeu, subiu ao monte,
E a glória de Deus contemplou.
A tenda da congregação se ergueu,
E o povo, em temor, aprendeu quem os guiou.
No deserto, seguiram com a nuvem e o fogo,
A presença de Deus sempre ao lado.
No tabernáculo, Ele habitou,
O Deus de Israel, jamais os abandonou.
Êxodo é a história da redenção,
Da escravidão à liberdade, guiados pela mão.
Um povo escolhido, com destino traçado,
Por Deus libertados, ao seu futuro chamados.
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Poema LEVÍTICO: A Santidade de Deus
O Senhor chamou a Moisés,
Do meio do tabernáculo, Ele falou.
Leis e mandamentos foram entregues,
Para que Seu povo santo fosse, como Ele ordenou.
Ofertas e sacrifícios foram ditados,
Para expiar os pecados e purificar.
O sangue do cordeiro, o incenso queimado,
Mostravam a aliança que veio a firmar.
Holocaustos, cereais e paz,
Cada oferta com um sentido profundo,
Que ensinava o povo a se aproximar,
De um Deus santo, que governa o mundo.
Os sacerdotes, escolhidos e consagrados,
Aarão e seus filhos com honra serviam.
Com óleo e sangue foram ungidos,
Para o povo a Deus intercediam.
Mas Nadabe e Abiú, o fogo estranho trouxeram,
E diante do Senhor, suas vidas perderam.
A santidade exigia obediência fiel,
E o temor de Deus ressoava como um sino do céu.
As leis da pureza foram detalhadas,
Sobre o que comer e como viver.
Ser santo era mais que um ritual,
Era uma forma de a vida entender.
O Dia da Expiação, grande e solene,
O sumo sacerdote com cuidado entrava,
No Santo dos Santos, com temor no olhar,
Com sangue no altar, o pecado era apagado.
O bode expiatório levava as culpas,
Para longe, no deserto, ele se ia.
E o povo, aliviado, se renovava,
Na graça do perdão que Deus oferecia.
As leis sobre o amor ao próximo também vieram,
"Seja justo, não oprimam, sejam fiéis."
A santidade não era apenas no templo,
Mas nos campos, nas casas e em cada passo dos pés.
"Sejam santos, porque Eu sou santo",
Era o clamor do Senhor ao seu povo escolhido.
Levítico, um livro de ordem e pureza,
Para que Israel fosse ao mundo um farol erguido.
No final, Deus mostrou um caminho a seguir,
De sacrifício, justiça e devoção.
Mas tudo apontava para um futuro vindouro,
Onde a perfeita redenção viria em sua mão.
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Poema NÚMEROS: A Jornada no Deserto
No deserto de Sinai, Deus chamou,
Moisés contou cada tribo e clã.
Israel estava pronto para marchar,
Rumo à Terra Prometida, o lugar de Canaã.
Doze tribos, cada uma em seu lugar,
Com estandartes erguidos, preparavam-se para andar.
Levi no meio, o sacerdócio fiel,
Guiando o povo com a lei de Deus e o santo véu.
A nuvem de dia, o fogo à noite,
A presença de Deus sempre a guiar.
Mas o povo murmurava, cheio de queixas,
No coração, começava a vacilar.
Moisés clamava, cansado e aflito,
E Deus provia o maná para o pão.
Mas o povo, com desejo ingrato,
Clamava por carne, sem gratidão.
Deus enviou codornizes do céu,
Mas também veio a praga, como um sinal.
O povo aprendera com dor e temor,
Que a rebeldia traz juízo, e não o favor.
Em Cades-Barnéia, espiões foram enviados,
Doze homens para ver a Terra Prometida.
Mas dez voltaram com medo e dúvida,
Somente Josué e Calebe tinham fé na partida.
Por causa da incredulidade, vagaram então,
Quarenta anos no deserto sem direção.
Uma geração caída, que não entrou,
Somente seus filhos a terra alcançou.
Corá, Datã e Abirão se rebelaram,
Contra Moisés e Aarão se levantaram.
Mas a terra se abriu, e os tragou,
E o temor do Senhor a todos ensinou.
Águas amargas em Meribá brotaram,
E Moisés, com raiva, a rocha feriu.
Por desobedecer, não entrou na terra,
Mas a promessa de Deus prosseguiu.
As serpentes no caminho atacaram,
E o povo sofria pelo pecado.
Mas Deus ordenou: "Erga a serpente de bronze",
E os que olhavam eram curados.
No final da jornada, na terra de Moabe,
Balaque chamou Balaão para amaldiçoar.
Mas Deus transformou a maldição em bênção,
E de Israel, Ele prometeu cuidar.
Deus ensinava, com graça e justiça,
Que a fé e a obediência abrem o caminho.
Números conta a história de uma nação,
Que aprendeu, com dor, a seguir seu destino.
O deserto foi escola, a provação constante,
Mas a promessa de Deus nunca falhou.
Às portas de Canaã, eles estavam de pé,
Com fé renovada, prontos para o que Deus ordenou
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Poema DEUTERONÔMIO: A Última Instrução
Às margens do Jordão, Moisés se levantou,
Diante de Israel, sua voz ecoou.
Com palavras de amor e advertência,
Ele relembrou a aliança e a obediência.
Quarenta anos vagaram no deserto,
Agora, à Terra Prometida estavam perto.
Mas antes de cruzar o rio sagrado,
Moisés trouxe à memória o passado.
"Ouçam, ó Israel, os mandamentos de Deus,
Que vos tirou do Egito, guiando os pés.
Não esqueçam das leis que Ele vos deu,
Vivam em retidão, abençoados serão."
Os Dez Mandamentos foram repetidos,
Para que o povo nunca os deixasse esquecidos.
"Amarás o Senhor, com todo o coração,
E ensinarás aos filhos sua santa instrução."
Moisés relembrou as vitórias de Deus,
Que na batalha sempre os protegeu.
Falou das rebeliões, do coração endurecido,
Mas também da graça que os havia mantido.
“Quando entrarem na terra, onde leite e mel jorram,
Lembrem-se do Senhor, e não se corrompam.
Guardem seus corações da idolatria,
Sigam a justiça e a sabedoria."
As bênçãos e maldições foram então pronunciadas,
Se obedecessem, seriam exaltadas.
Mas se abandonassem o caminho do Senhor,
O juízo viria, trazendo dor.
A escolha foi clara, a decisão seria sua:
Vida e bênção, ou morte e ruína.
"Escolham a vida, para que vivam",
Moisés clamou, que a aliança sigam.
Antes de partir, Moisés entoou um cântico,
Um hino de louvor e advertência ao povo.
Profetizou sobre os tempos que viriam,
E o cuidado de Deus que nunca os deixaria.
Subiu ao Monte Nebo, de onde avistou,
A terra que o Senhor a Israel preparou.
Ali ele descansou, sem poder entrar,
Mas sua fé no Senhor nunca deixou de brilhar.
Deuteronômio é um livro de lembrança e renovação,
Onde o povo é chamado a andar na retidão.
As últimas palavras de Moisés ecoam ainda,
Para que Israel nunca esqueça a divina aliança.
OBS. Produzido com IA.
segunda-feira, 27 de maio de 2024
INSCRIÇÃO ENEM 2024
O QUE É O ENEM?
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
FINALIDADE:
Em 2009, o exame aperfeiçoou sua metodologia e passou a ser utilizado como mecanismo de acesso à Educação Superior. As notas do Enem podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Elas também são aceitas em mais de 50 instituições de educação superior portuguesas. Além disso, os participantes do Enem podem pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados do Enem possibilitam, ainda, o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais.
INSCRIÇÕES:
Estão abertas as inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Os interessados devem se inscrever na Página do Participante, https://enem.inep.gov.br/participante, entre o dia 27 de maio e o dia 07 de junho – prazo que vale, também, para os pedidos de atendimento especializado e tratamento por nome social.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará as provas em 03 e 10 de novembro, nas 27 unidades da Federação.
ORIENTAÇÕES PARA INSCRIÇÃO:
Para realizar a inscrição e os demais procedimentos, os interessados devem utilizar o login único da plataforma Gov.br.
No caso de não lembrar a senha cadastrada, é possível recuperá-la. Basta entrar na página acesso.gov.br, digitar o CPF e clicar em “Avançar”. Em seguida, selecione a opção “Esqueci minha senha”. Feito isso, aparecerão diversas formas de recuperar a conta. O participante, então, deve selecionar uma das alternativas.
No momento da inscrição, é necessário informar o CPF e a data de nascimento (iguais aos cadastrados na Receita Federal). Quem optar pelo uso do nome social e o tiver cadastrado na base da Receita, não precisará enviar nenhum tipo de documentação complementar – uma novidade desta edição.
A taxa de inscrição, que continua no valor de R$85,00, pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), PIX, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). Para pagar por PIX, basta acessar o QR Code que consta no boleto.
Vale destacar que a aprovação da isenção da taxa ou da justificativa de ausência, na edição de 2023, não significa que a inscrição para o Enem 2024 foi realizada. É necessário se inscrever no exame para participar.
ACESSIBILIDADE:
O portal do INEP - https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-eexames-educacionais/enem https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-eexames-educacionais/enem - conta com uma página em que é possível encontrar as principais orientações para os participantes do Enem.
Há também uma seção destinada às perguntas frequentes sobre o Exame. Com isso, os interessados podem conferir os questionamentos mais comuns e os respectivos esclarecimentos.