sábado, 7 de dezembro de 2019

COISAS DE GAÚCHO - ADÁGIOS

Recebi uma mensagem no whatsapp de um amigo gaúcho que me levou a pesquisar outras mais expressões folclóricas (adágios) do estado. Foi surpreendente. Obrigado, grande amigo e irmão Vinícius Thiesen pelo bom humor e por manter viva a cultura dos gaudérios, além, é claro, de nos alegrar com tão rica criatividade. Só lembrando, extraí todas as frases de um site, os créditos estão logo abaixo. 

• Afiado como navalha de barbeiro caprichoso.
• Agarrado como carrapato em culhão de touro.
• Apertado como rato em guampa.
• Assanhada como solteirona em festa de casamento.
• Atirado como interesse de viúva.
• Aumentar como barriga de prenha.
• Bater mais que brigadiano na mulher.
• Brilhar como ouro de libra.
• Bueno como namoro no começo.
• Buliçoso que nem mico de viúva.
• Cair bem como chuva em roça de milho.
• Calmo que nem água de poço.
• Cara amarrada como pacote de despacho.
• Causar alvoroço que nem mata-mosquito em convento.
• Chiar como uma locomotiva no cio.
• Cobiçada como anca de viúva nova e bonita.
• Comer mais que remorso.
• Como tosa de porco: muito grito e pouca lã.
• Contente como cusco de cozinheira.
• Contrariado como gato a cabresto.
• Dá mais que pereba em moleque.
• De boca aberta que nem burro que comeu urtiga.
• Devagar como enterro de a pé.
• Dormir atirado que nem lagarto.
• Dormir que nem sapo morto estirado nos arreios.
• Encardido como peleia de caudilho.
• Encordoado como teta de porca.
• Enfeitado como bidê de china.
• Engraçado como gorda botando as calça.
• Esfarrapado que nem poncho de gaudério.
• Espalhar-se como pó de mangueira em pé de vento.
• Esparramado como dedo de pé que nunca entrou em bota.
• Esperto que nem gringo de venda.
• Extraviado que nem chinelo de bêbado.
• Faceiro como mosca em rolha de xarope.
• Feia como mulher de cego.
• Feliz que nem lambari de sanga.
• Fino e comprido como pio de pinto.
• Firme que nem prego em polenta.
• Frouxo como peido em bombacha.
• Furioso como gato embretado em cano de bota.
• Gordo e lustroso como gato de bolicheiro.
• Gosmento como cuspida de bêbado.
• Grosso como rolha pra poço.
• Grudado como bosta em tamanco.
• Judiado como filhote de passarinho em mão de piá.
• Louco como galinha agarrada pelo rabo.
• Mais à vontade que bugio em mato de boa fruta.
• Mais alto que cavalo de oficial.
• Mais amontoado que uva em cacho.
• Mais angustiado que barata de ponta-cabeça.
• Mais apertado que nó de soga em dia de chuva.
• Mais apressado que cavalo de carteiro.
• Mais arisca do que china que não quer dar.
• Mais assustado que véia em canoa.
• Mais atirado pra trás que pica-pau em tronqueira.
• Mais atirado que alpargata em cancha de bocha.
• Mais atrasado que bola de porco.
• Mais baixo que vôo de marreca choca.
• Mais bonita que laranja de amostra.
• Mais branco que perna de freira.
• Mais caro que argentina nova na zona.
• Mais ciumenta que mulher de tenente.
• Mais complicado que receita de creme Assis Brasil.
• Mais comprido que esperança de pobre.
• Mais comprido que suspiro em velório.
• Mais conhecido que a reza do padre-nosso.
• Mais conhecido que parteira de campanha.
• Mais curto que coice de porco.
• Mais delgado que cachaço emprestado.
• Mais demorado que enterro de rico.
• Mais desconfiado que cego que tem amante.
• Mais difícil que nadar de poncho.
• Mais duro que pau de preso.
• Mais eficiente que japonês na roça.
• Mais encolhido que tripa grossa na brasa.
• Mais enfeitado que burro de cigano em festa.
• Mais enfiado que cueca em bunda de gordo.
• Mais engraxado que telefone de açougueiro.
• Mais enrolado que lingüiça de venda.
• Mais entravado que carteira em bolso de sovina.
• Mais escandaloso que relincho de burro chorro.
• Mais faceiro que gordo de camiseta.
• Mais faceiro que guri de bombacha nova
• Mais fácil que fazer falar um rádio.
• Mais fechado que baú de solteirona.
• Mais fedorento que arroto de corvo.
• Mais feio que indigestão de torresmo.
• Mais fino que assobio de papudo.
• Mais firme que catarro em parede.
• Mais forte que peido de burro atolado.
• Mais gostoso que beijo de prima.
• Mais grosso que cintura de sapo.
• Mais importante que o irmão da rapariga do cabo.
• Mais inútil que buzina em avião.
• Mais inútil que mijar em incêndio.
• Mais ligado que rádio de preso.
• Mais ligeiro que tainha de açude.
• Mais linda que camisola de noiva.
• Mais magro que guri com solitária.
• Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro.
• Mais metido que piolho em costura.
• Mais nervoso que anão em comício.
• Mais nojento que mocotó de ontem.
• Mais perdido que surdo em bingo.
• Mais perfumado que mão de barbeiro.
• Mais pesado que pastel de batata.
• Mais prestimosa que mãe de noiva.
• Mais quieto que guri cagado.
• Mais sério que guri mijado.
• Mais triste que último dia de rodeio.
• Mais usado que pronome oblíquo em conversa de professor.
• Mais vaidoso que guri em chineiro.
• Mais velho que mijar em arco.
• Pelado que nem sovaco de perneta.
• Que nem carro de funebreiro: só leva.
• Que nem serra elétrica, não pode ver pau de pé.
• Quem revela a fonte é água mineral.
• Sofrer como joelho de freira na Semana Santa.
• Solito como galinha em gaiola de engorde.
• Tranqüilo e sereno que nem baile de moreno.
• Virar-se mais que minhoca na cinza.
• Vivo como cavalo de contrabandista.


Graças ao amigo e leitor Artur Barros, a quem agradecemos, o Releituras faz chegar até vocês adágios hilariantes usados pelos nossos irmãos gaudérios do Rio Grande do Sul em suas conversas diárias.

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