segunda-feira, 20 de agosto de 2018

EJA A DISTÂNCIA DOM EM SANTA HELENA


Parabéns, santa-helenenses!!!!
Ensino Médio a distância agora é ofertado pelo CESA em Santa Helena; aproveite para concluir seus estudos
O Centro Educacional Santo Antônio (CESA), passa a oferecer a partir desta semana, a Educação de Jovens e Adultos no Ensino a Distância (EJA EaD), através do Sistema Brasileiro de Educação a Distância Dom. Com mais de 20 anos de atuação, Dom é sinônimo de educação com responsabilidade e compromisso!
A educação a distância (EaD) é uma modalidade de ensino que tem como objetivo oferecer um processo de aprendizagem completo, dinâmico e eficiente por intermédio de recursos tecnológicos.
Neste cenário, o DOM destaca-se por sua atuação na educação de jovens e adultos (EJA), por ser o mais antigo sistema brasileiro em funcionamento do país e por estar presente em três estados da federação, atualmente com polos no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Este é mais um benefício educacional oferecido pelo CESA aos santa-helenenses. Além do ensino oferecido desde o maternal até o fundamental completo na unidade e superior a distância, agora você pode concluir também ensino médio a distância. Procure o CESA e faça sua inscrição!
CESA - CENTRO EDUCACIONAL SANTO ANTONIO
Rua Arnaldo Busatto, 881 – Centro
Santa Helena
Telefone (45) 3268-2130



EJA A DISTÂNCIA DOM EM FRANCISCO BELTRÃO

Parabéns, beltronenses !!!!

Ensino Médio a distância agora é ofertado pelo Instituto Priamo em Francisco Beltrão; aproveite para concluir seus estudos

O Instituto Priamo passa a oferecer a partir desta semana, a Educação de Jovens e Adultos no Ensino a Distância (EJA EaD), através do Sistema Brasileiro de Educação a Distância Dom. Com mais de 20 anos de atuação, Dom é sinônimo de educação com responsabilidade e compromisso!
A educação a distância (EaD) é uma modalidade de ensino que tem como objetivo oferecer um processo de aprendizagem completo, dinâmico e eficiente por intermédio de recursos tecnológicos.
Neste cenário, o DOM destaca-se por sua atuação na educação de jovens e adultos (EJA), por ser o mais antigo sistema brasileiro em funcionamento do país e por estar presente em três estados da federação, atualmente com polos no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Este é mais um benefício educacional oferecido pelo Instituto Priamo aos beltronenses. Além do ensino superior a distância, agora você pode concluir também ensino médio a distância. Procure o Instituto Priamo e faça sua inscrição!

INSTITUTO PRIAMO
Av. Julio Assis Cavalheiro N° 1502 - Centro. CEP:85601-000
Telefone: (46) 3035-1080 |  WhatsApp: (46) 99138-8445




quinta-feira, 16 de agosto de 2018

TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Tipos e gêneros textuais

Tipos e gêneros textuais são duas categorias diferentes de classificação textual.
Os tipos textuais são modelos abrangentes e fixos que definem e distinguem a estrutura e os aspectos linguísticos de uma narração, descrição, dissertação e explicação.
Exemplos de tipos textuais:
  • Texto narrativo;
  • Texto descritivo;
  • Texto dissertativo expositivo;
  • Texto dissertativo argumentativo;
  • Texto explicativo injuntivo;
  • Texto explicativo prescritivo.
Os aspectos gerais dos tipos de texto concretizam-se em situações cotidianas de comunicação nos gêneros textuais, textos flexíveis e adaptáveis que apresentam um intenção comunicativa bem definida e uma função social específica, adequando-se ao uso que se faz deles.
Gêneros textuais pertencentes aos textos narrativos
  • romances;
  • contos;
  • fábulas;
  • novelas;
  • crônicas;
Gêneros textuais pertencentes aos textos descritivos
  • diários;
  • relatos de viagens;
  • folhetos turísticos;
  • cardápios de restaurantes;
  • classificados;
  • ...
Gêneros textuais pertencentes aos textos expositivos
  • jornais;
  • enciclopédias;
  • resumos escolares;
  • verbetes de dicionário;
  • ... 
Gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos
  • artigos de opinião;
  • abaixo-assinados;
  • manifestos;
  • sermões;
  • ...
Gêneros textuais pertencentes aos textos injuntivos
  • receitas culinárias;
  • manuais de instruções;
  • bula de remédio;
  • ...
Gêneros textuais pertencentes aos textos prescritivos
  • leis;
  • cláusulas contratuais;
  • edital de concursos públicos;
  • ...

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

FORMATURA EJA EAD DOM FOZ DO IGUAÇU 2018

Muitos sonhos realizados!!!


Mais uma vez o Dom - Sistema Brasileiro de Educação a Distância com polo em Foz do Iguaçu, situado no CEPFI, realiza uma grande festa de formatura. Foram mais de 100 alunos que concluíram o Ensino Médio através da modalidade EaD. O evento aconteceu no sábado 04 de agosto na sede campestre do Sindicato do Rodoviários. Foi um momento de grande emoção. "Não há o que pague participar da conquista pessoal de cada um como essa que é concluir o Ensino Médio, sabemos o que cada aluno passou para chegar até aqui, quantas adversidades tiveram que vencer", comenta o coordenador da Eja Ead Dom Emerson Fulgencio de Lima.

O sonho de concluir os estudos é algo muito presente na população adulta do nosso país.
"Terminar o Ensino Médio foi como tirar um peso das costas, relata Josué Teixeira.
A Eja Ead Dom sente-se honrada por fazer parte dessa histórica de superação. Momentos como esse precisam ser repetidos com mais frequência.


 


Parabéns, concluintes do Ensino Médio. Deixarão saudades.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

"ESCREVENDO REDAÇÃO" - Um novo conceito em aulas de redação.

 Dois professores, um único sonho!!!

       Parece clichê, mas foi justamente por sonharem com uma escola de redação diferente que os professores Emerson Fulgencio de Lima e Marilu Grassi, ambos da área de Língua Portuguesa, uniram-se para idealizar o projeto e hoje empresa do ramo educacional "Escrevendo Redação".

Tudo começou com a simples ideia de organizar um curso de redação para que os interessados entendessem que escrever se aprende escrevendo, mas que acima de tudo saber o que quer escrever, a quem e como se quer comunicar é o carro chefe de uma boa produção.
"Sabemos que escrever não apresenta mistérios" diz o professor especialista Emerson Fulgencio, "mas que não pode ser tratado de qualquer maneira, pois na hora que você precisa comunicar algo ou defender um ponto de vista o formato textual não aparece do nada, é o resultado do conhecer e treinar técnicas, de conhecer o formato que precisará usar que determinará seu texto".
Para Marilu Grassi, mestre em Língua Portuguesa, escrever um bom texto é estar alinhado com a cultura do escrever. "Como uma criança, um jovem ou até mesmo um adulto vai pegar uma folha em branco e sair escrevendo se isso não faz parte da cultura dele? Você pega um violão e toca e canta aquela música que gosta sem ao menos conhecer as cifras musicais daquela composição? Se fosse assim não teríamos nunca que nos preocupar em aprender algo", completa a professora.

O primeiro curso foi um sucesso, foram 29 matriculados.

Os materiais usados são todos elaborados com muito critério. Os professores demonstram preocupação com detalhes que fazem toda a diferença nos texto final - argumentos bem elaborados, propostas de intervenção e até mesmo práticas para criar um título.
As novas turmas já estão com datas marcadas, serão agora dois novos cursos rápidos e eficazes. Um para alunos que desejam ingressar no IFPR, prova que acontecerá em outubro deste ano e o outro para aqueles que almejam uma vaga universitária através do Enem ou vestibulares.
Garanta sua vaga!!!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

O QUE É EDUCAÇÃO 3.0?

Ao observarmos a História da humanidade, percebemos que as divisões iniciais (Idade Antiga, Idade Média) abrangem séculos, ou longos períodos de tempo. No entanto, as últimas idades definidas pelos historiadores (Idade Moderna e Idade Contemporânea) abrangem períodos de tempo bem mais curtos, somando poucos séculos. Por que isso acontece e como isso se relaciona com o tema proposto para este artigo – a Educação 3.0?
Embora o tema pareça não ter uma relação direta, é fundamental a compreensão de que, nos períodos iniciais da História, as transformações sociais ocorriam de forma muito mais lenta. As atividades econômicas permaneceram as mesmas, sem grandes alterações, durante milênios. As comunidades, em sua maioria, baseavam sua sobrevivência nas atividades agropecuárias e, em menor escala, no comércio. Poucas foram as civilizações antigas que, pela prática do comércio, atuaram de forma “global”. Com instrumentos e técnicas simples, a vida era local e as habilidades para a subsistência e atuação social eram mais limitadas. Por milhares de anos, a maior parte da população era educada por suas próprias famílias para continuar executando as mesmas tarefas que seus antepassados executavam há gerações.
No decorrer do tempo, porém, parte da educação das crianças passou a ser delegada à escola. Esta era, no entanto, uma escola simples, que preparava os membros daquela comunidade para continuarem executando as mesmas tarefas de seus ancestrais – a agropecuária, a tecelagem, o artesanato, a culinária… A Educação 1.0 , que é o nome atualmente dado à maneira como as pessoas eram educadas nessa época, funcionou dessa maneira durante séculos e, ao longo do período correspondente, ela atendeu plenamente às expectativas daquela sociedade.
Depois de milênios, no final do século XVII, o mundo passou por sua primeira grande transformação – a Revolução Industrial. Pela primeira vez na História, uma quantidade considerável de pessoas deixou o ambiente rural para viver nas cidades e trabalhar nas fábricas. O domínio das ferramentas simples, o conhecimento do meio agrícola transmitido por suas famílias, as atitudes e comportamentos adequados ao trabalho no campo já não eram mais as habilidades necessárias para atuar na produção em série e, para atender a essa nova demanda. A então “nova” escola 2.0 preparou as pessoas para trabalhar nas fábricas. Essa mudança demorou a chegar às escolas, mas finalmente aconteceu, e vemos na Educação 2.0 as mesmas características observadas na produção industrial – tarefas repetitivas e mecânicas, trabalho individual mesmo com alunos dispostos em classes – reproduzidas na escola. O conhecimento transmitido tinha, mais uma vez, a função de adequar o educando à sociedade e ao mercado de trabalho que ele enfrentaria e, novamente, durante praticamente um século, isso foi suficiente.
Porém, atualmente, não podemos dizer simplesmente que a sociedade mudou mais uma vez. Agora, a mudança não ocorre em um determinado período que estabelece um estado de funcionamento duradouro. Hoje, a situação é justamente a mudança permanente. E o que essa mudança trouxe? Bem, em primeiro lugar, o ambiente de trabalho predominante não é mais a fazenda ou mesmo as fábricas. Mesmo existindo, esses dois ambientes passaram por profundas mudanças e estão inseridos em um mercado completamente diferente. Existem novos tipos de escritórios, serviços e atividades econômicas. O regime de governo predominante ou desejado na maior parte dos países é a ainda vacilante democracia. Temos, enfim, com suas qualidades e defeitos, uma nova sociedade – a sociedade 3.0.
Esse novo panorama de transformações constantes traz à tona, mais uma vez, a discussão sobre o papel da educação. Se nos períodos históricos anteriores as transformações sociais provocaram mudanças na escola, não estaria na hora de essa mudança ocorrer mais uma vez para atender às novas necessidades geradas pela sociedade 3.0? E que necessidades são essas?
Na sociedade 3.0, espera-se que as pessoas sejam capazes de solucionar problemas inéditos, e que façam isso de forma colaborativa, trabalhando em equipes. Espera-se também que o profissional seja capaz de utilizar a informação digital que chega a ele em tempo real através de dispositivos de comunicação e aplicar esse conhecimento à solução dos problemas. Espera-se ainda que saibam trabalhar junto a pessoas de outras faixas etárias, de outras gerações, com estilos e formações culturais diversificadas, bem como a iniciativa para distribuir tarefas entre as equipes, de modo que cada um execute uma atividade diferente, mas com a finalidade de atingir um objetivo comum.
É com essa proposta – a de desenvolver nos estudantes as habilidades que eles necessitam para desempenhar não só suas atividades acadêmicas, mas também obter sucesso em suas carreiras e participar ativamente da sociedade democrática – que uma corrente de pensadores tem debatido a Educação 3.0.
Ao contrário do que muitos pensam, a escola 3.0 não é aquela que troca a lousa de giz pela lousa eletrônica ou o caderno pelo tablet para simplesmente continuar transmitindo o conhecimento. Ela é, antes de tudo, uma nova concepção do que ensinar (mudança de conteúdos), como ensinar (mudança de metodologia), com o que ensinar (recursos didáticos variados, principalmente tecnológicos) e o que desenvolver (novas habilidades) para entregar como resultado, ao final do processo educativo, uma pessoa apta a trabalhar nesse novo panorama econômico e atuar nesse novo contexto social e político.
Esse é o gigantesco desafio não apenas para o Brasil, mas, surpreendentemente, para a maioria das escolas ao redor do mundo.

Felicidade Clandestina – Clarice Lispector

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser. ”Entendem? Valia mais do que me dar o livro: pelo tempo que eu quisesse ” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.