segunda-feira, 27 de maio de 2024

INSCRIÇÃO ENEM 2024

 O QUE É O ENEM? 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni). 


FINALIDADE:

Em 2009, o exame aperfeiçoou sua metodologia e passou a ser utilizado como mecanismo de acesso à Educação Superior. As notas do Enem podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Elas também são aceitas em mais de 50 instituições de educação superior portuguesas. Além disso, os participantes do Enem podem pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados do Enem possibilitam, ainda, o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais. 


INSCRIÇÕES:

Estão abertas as inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Os interessados devem se inscrever na Página do Participante, https://enem.inep.gov.br/participante, entre o dia 27 de maio e o dia 07 de junho – prazo que vale, também, para os pedidos de atendimento especializado e tratamento por nome social. 


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará as provas em 03 e 10 de novembro, nas 27 unidades da Federação.


ORIENTAÇÕES PARA INSCRIÇÃO: 

Para realizar a inscrição e os demais procedimentos, os interessados devem utilizar o login único da plataforma Gov.br. 

No caso de não lembrar a senha cadastrada, é possível recuperá-la. Basta entrar na página acesso.gov.br, digitar o CPF e clicar em “Avançar”. Em seguida, selecione a opção “Esqueci minha senha”. Feito isso, aparecerão diversas formas de recuperar a conta. O participante, então, deve selecionar uma das alternativas. 

No momento da inscrição, é necessário informar o CPF e a data de nascimento (iguais aos cadastrados na Receita Federal). Quem optar pelo uso do nome social e o tiver cadastrado na base da Receita, não precisará enviar nenhum tipo de documentação complementar – uma novidade desta edição. 

A taxa de inscrição, que continua no valor de R$85,00, pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), PIX, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). Para pagar por PIX, basta acessar o QR Code que consta no boleto. 

Vale destacar que a aprovação da isenção da taxa ou da justificativa de ausência, na edição de 2023, não significa que a inscrição para o Enem 2024 foi realizada. É necessário se inscrever no exame para participar. 


ACESSIBILIDADE:

O portal do INEP - https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-eexames-educacionais/enem https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-eexames-educacionais/enem - conta com uma página em que é possível encontrar as principais orientações para os participantes do Enem. 


Há também uma seção destinada às perguntas frequentes sobre o Exame. Com isso, os interessados podem conferir os questionamentos mais comuns e os respectivos esclarecimentos.


sexta-feira, 24 de maio de 2024

Quem foi Machado de Assis?

 Em um momento tão ímpar da carreira de Machado, momento esse em uma de suas obras Memórios póstumas de Brás Cubas assume o topo dos mais vendidos no EUA, precisamos lembrar e fazer saber quem foi esse gênio brasileiro. Segue sua biografia.


Machado de Assis (Joaquim Maria Machado de Assis), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.

Filho do pintor e dourador Francisco José de Assis e da açoriana Maria Leopoldina Machado de Assis, perdeu a mãe muito cedo, pouco mais se conhecendo de sua infância e início da adolescência. Foi criado no Morro do Livramento. Sem meios para cursos regulares, estudou como pôde e, em 1854, com 15 anos incompletos, publicou o primeiro trabalho literário, o soneto “À Ilma. Sra. D.P.J.A.”, no Periódico dos Pobres, número datado de 3 de outubro de 1854. Em 1856, entrou para a Imprensa Nacional, como aprendiz de tipógrafo, e lá conheceu Manuel Antônio de Almeida, que se tornou seu protetor. Em 1858, era revisor e colaborador no Correio Mercantil e, em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passou a pertencer à redação do Diário do Rio de Janeiro. Escrevia regularmente também para a revista O Espelho, onde estreou como crítico teatral, a Semana Ilustrada e o Jornal das Famílias, no qual publicou de preferência contos.

O primeiro livro publicado por Machado de Assis foi a tradução de Queda que as mulheres têm para os tolos (1861), impresso na tipografia de Paula Brito. Em 1862, era censor teatral, cargo não remunerado, mas que lhe dava ingresso livre nos teatros. Começou também a colaborar em O Futuro, órgão dirigido por Faustino Xavier de Novais, irmão de sua futura esposa. Seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, saiu em 1864. Em 1867, foi nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial. Em agosto de 1869, morreu Faustino Xavier de Novais e, menos de três meses depois (12 de novembro de 1869), Machado de Assis se casou com a irmã do amigo, Carolina Augusta Xavier de Novais. Foi companheira perfeita durante 35 anos.

O primeiro romance de Machado, Ressurreição, saiu em 1872. No ano seguinte, o escritor foi nomeado primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, iniciando assim a carreira de burocrata que lhe seria até o fim o meio principal de sobrevivência. Em 1874, O Globo (jornal de Quintino Bocaiúva), publicou em folhetins, o romance A mão e a luva. Intensificou a colaboração em jornais e revistas, como O CruzeiroA EstaçãoRevista Brasileira (ainda na fase Midosi), escrevendo crônicas, contos, poesia, romances, que iam saindo em folhetins e depois eram publicados em livros. Uma de suas peças, Tu, só tu, puro amor, foi levada à cena no Imperial Teatro Dom Pedro II (junho de 1880), por ocasião das festas organizadas pelo Real Gabinete Português de Leitura para comemorar o tricentenário de Camões, e para essa celebração especialmente escrita. De 1881 a 1897, publicou na Gazeta de Notícias as suas melhores crônicas. Em 1880, o poeta Pedro Luís Pereira de Sousa assumiu o cargo de ministro interino da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e convidou Machado de Assis para seu oficial de gabinete (ele já estivera no posto, antes, no gabinete de Manuel Buarque de Macedo). Em 1881 saiu o livro que daria uma nova direção à carreira literária de Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas, que ele publicara em folhetins na Revista Brasileira de 15 de março a 15 de dezembro de 1880. Revelou-se também extraordinário contista em Papéis avulsos (1882) e nas várias coletâneas de contos que se seguiram. Em 1889, foi promovido a diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que servia.

Grande amigo de José Veríssimo, continuou colaborando na Revista Brasileira também na fase dirigida pelo escritor paraense. Do grupo de intelectuais que se reunia na redação da Revista, e principalmente de Lúcio de Mendonça, partiu a ideia da criação da Academia Brasileira de Letras, projeto que Machado de Assis apoiou desde o início. Comparecia às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, à qual ele se devotou até o fim da vida.

A obra de Machado de Assis abrange, praticamente, todos os gêneros literários. Na poesia, inicia com o romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo Indianismo em Americanas (1875), e o parnasianismo em Ocidentais (1901). Paralelamente, apareciam as coletâneas de Contos fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873); os romances Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878), considerados como pertencentes ao seu período romântico.

A partir daí, Machado de Assis entrou na grande fase das obras-primas, que fogem a qualquer denominação de escola literária e que o tornaram o escritor maior das letras brasileiras e um dos maiores autores da literatura de língua portuguesa.

A obra de Machado de Assis foi, em vida do Autor, editada pela Livraria Garnier, desde 1869; em 1937, W. M. Jackson, do Rio de Janeiro, publicou as Obras completas, em 31 volumes. Raimundo Magalhães Júnior organizou e publicou, pela Civilização Brasileira, os seguintes volumes de Machado de Assis: Contos e crônicas (1958); Contos esparsos (1956); Contos esquecidos (1956); Contos recolhidos (1956); Contos avulsos (1956); Contos sem data (1956); Crônicas de Lélio (1958); Diálogos e reflexões de um relojoeiro (1956). Fonte: https://www.academia.org.br/academicos/machado-de-assis/biografia




Aquele que não sabe uma coisa sabe outra. Provérbio africano.

 Aquele que não sabe uma coisa sabe outra.

 Um dia ouvi uma pessoa desaforar outra pessoa e dizer no final para si mesma “esse povo sem cultura é que atrapalha tudo”. A diversidade assusta, os diferentes pensamentos dividem. 

Então resolvi escrever algo para junstificar esse provérbio africano. Ficou simples, mas apresento em três versões a fim de reconhecer a amplitude do provérbio. 

1.

Era uma vez, numa pequena aldeia em Angola, dois amigos chamados Kofi e Amadi. Kofi era um excelente pescador, conhecido por sua habilidade em encontrar os melhores peixes no rio. Amadi, por outro lado, era um talentoso agricultor, capaz de cultivar as colheitas mais abundantes na região.

Um dia, a aldeia enfrentou uma situação difícil: uma seca severa secou grande parte do rio, tornando a pesca quase impossível. Sem peixes, Kofi se sentiu desamparado e preocupado com o futuro de sua família. Ele decidiu procurar Amadi para pedir ajuda e conselhos sobre como poderia sustentar sua família.

Amadi, vendo a preocupação do amigo, o acolheu com um sorriso e disse: "Kofi, você tem um conhecimento que eu não possuo e eu tenho um conhecimento que você não possui. Talvez possamos ajudar um ao outro."

Kofi ficou intrigado e perguntou: "O que você quer dizer com isso, Amadi?"

Amadi explicou: "Enquanto o rio está seco, você pode aprender a cultivar a terra comigo. Assim, poderá plantar e colher alimentos para sua família. E quando o rio voltar ao normal, você pode me ensinar a pescar, para que eu também possa diversificar minhas habilidades."

Kofi concordou e, nos meses seguintes, trabalhou lado a lado com Amadi nos campos. Aprendeu sobre os ciclos das plantações, a irrigação e o cuidado com as plantas. Em troca, ensinou a Amadi os segredos da pesca, como fazer redes e os melhores lugares para encontrar peixes.

Com o tempo, ambos se tornaram não apenas amigos mais próximos, mas também mais sábios e habilidosos. A aldeia prosperou, pois Kofi e Amadi compartilhavam seus conhecimentos com os outros moradores. Quando o rio finalmente voltou ao normal, a aldeia tinha se tornado autossuficiente, graças à troca de conhecimentos entre os dois amigos.

A história de Kofi e Amadi se espalhou pela região, ilustrando perfeitamente o provérbio: "Aquele que não sabe uma coisa sabe outra." Eles mostraram que, ao valorizar e compartilhar os conhecimentos de cada um, é possível superar adversidades e prosperar em comunidade.

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2.

Era uma vez, numa pequena vila no interior do Brasil, dois amigos chamados Carlos e Rafael. Carlos era um habilidoso marceneiro, conhecido por sua destreza em criar belos móveis de madeira. Rafael, por outro lado, era um talentoso mestre de obras, capaz de construir casas resistentes e bem projetadas.

Um dia, a vila enfrentou uma situação difícil: uma série de tempestades destruiu muitas casas, deixando várias famílias desabrigadas. Sem ter onde morar, Rafael se sentiu desamparado e preocupado com o futuro de sua família. Ele decidiu procurar Carlos para pedir ajuda e conselhos sobre como poderia reconstruir sua casa.

Carlos, vendo a preocupação do amigo, o acolheu com um sorriso e disse: "Rafael, você tem um conhecimento que eu não possuo e eu tenho um conhecimento que você não possui. Talvez possamos ajudar um ao outro."

Rafael ficou intrigado e perguntou: "O que você quer dizer com isso, Carlos?"

Carlos explicou: "Enquanto suas habilidades são excelentes na construção de casas, posso ensinar a você como criar móveis para sua nova casa. Assim, poderá torná-la ainda mais acolhedora e confortável. E quando precisar de ajuda na construção de outras casas, estarei aqui para ajudar."

Rafael concordou e, nos meses seguintes, trabalhou lado a lado com Carlos na marcenaria. Aprendeu sobre técnicas de carpintaria, design de móveis e acabamentos em madeira. Em troca, ensinou a Carlos os segredos da construção civil, como escolher materiais adequados e construir estruturas sólidas.

Com o tempo, ambos se tornaram não apenas amigos mais próximos, mas também mais sábios e habilidosos em suas profissões. A vila se reconstruiu rapidamente, graças à colaboração e troca de conhecimentos entre Carlos e Rafael. Quando a paz voltou à vila, eles continuaram trabalhando juntos, ajudando a comunidade a crescer e prosperar.

A história de Carlos e Rafael se espalhou pela região, ilustrando perfeitamente o provérbio: "Aquele que não sabe uma coisa sabe outra." Eles mostraram que, ao valorizar e compartilhar as habilidades de cada um, é possível superar adversidades e construir um futuro melhor em conjunto.

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3.

Era uma vez, numa pequena vila no interior do Brasil, dois amigos chamados Lucas e Mateus. Lucas era um talentoso desenvolvedor de software, conhecido por sua habilidade em criar aplicativos inovadores e eficientes. Mateus, por outro lado, era um experiente engenheiro eletrônico, capaz de projetar e montar dispositivos eletrônicos avançados.

Um dia, a vila enfrentou uma situação difícil: uma série de quedas de energia deixou muitas casas sem eletricidade, afetando o funcionamento de equipamentos essenciais. Sem eletricidade, Mateus se sentiu desamparado e preocupado com o bem-estar de sua família. Ele decidiu procurar Lucas para pedir ajuda e conselhos sobre como poderia resolver esse problema.

Lucas, vendo a preocupação do amigo, o acolheu com um sorriso e disse: "Mateus, você tem um conhecimento que eu não possuo e eu tenho um conhecimento que você não possui. Talvez possamos ajudar um ao outro."

Mateus ficou intrigado e perguntou: "O que você quer dizer com isso, Lucas?"

Lucas explicou: "Enquanto suas habilidades são excelentes na área de eletrônica, posso te ensinar a desenvolver softwares que possam otimizar o consumo de energia em nossa vila. E quando precisar de ajuda para implementar tecnologias eletrônicas em meus aplicativos, estarei aqui para ajudar."

Mateus concordou e, nos meses seguintes, trabalhou lado a lado com Lucas no desenvolvimento de soluções tecnológicas. Aprendeu sobre programação, algoritmos e otimização de sistemas. Em troca, ensinou a Lucas os princípios da eletrônica, como projetar circuitos e usar componentes eletrônicos.

Com o tempo, ambos se tornaram não apenas amigos mais próximos, mas também mais sábios e habilidosos em suas áreas. A vila se tornou mais resiliente, graças à colaboração e troca de conhecimentos entre Lucas e Mateus. Quando a eletricidade voltou à vila, eles continuaram trabalhando juntos para implementar soluções tecnológicas que beneficiaram toda a comunidade.

A história de Lucas e Mateus se espalhou pela região, ilustrando perfeitamente o provérbio: "Aquele que não sabe uma coisa sabe outra." Eles mostraram que, ao valorizar e compartilhar as habilidades de cada um, é possível superar desafios e construir um futuro mais tecnológico e sustentável em conjunto.


quarta-feira, 15 de maio de 2024

Irmãos Camilo - Artur, Carlão e Alfredo.

     Conheça um pouco da história dessa família que já fez, faz e fará a cabeça de Foz do Iguaçu por muito tempo. Um legado de pai para filho, uma profissão que já há décadas favorece essa família. Os Camilos são um ícone na Terra das Cataratas. Muitos clientes, gerações de clientes. Uma história simples, emocionante, envolvente e de muita dedicação.

Assista no yotube:

https://www.youtube.com/watch?v=TudX8x1fzrA&t=2378s

quinta-feira, 9 de maio de 2024

RIO CHEIO - RIO GRANDE - DO SUL

1.

- Mãe, quando parar as chuvas iremos voltar para nossa casa?

- Não temos mais casa, meu filho.


2. 

O bombeiro chega ao local do resgate e se depara com as crianças ansiosas pelo salvamento. Pergunta a uma delas: - o que gostaria de levar contigo? 

A criança responde: - meu irmãozinho, mas a água já levou. 


3. 

O rio está subindo ainda? 

Sim.

Quando será que vai parar de subir?

Pelos noticiários parece que ainda vai um mês.

Quando começar a descer, a primeira coisa que quero fazer é tomar um banho.


4. 

Pai, teremos que sair de casa, o rio está subindo.

Não se preocupe, o rio vai subir lentamente, em 1941 foram 24 dias de chuvas.

Não, pai, temos que sair já. A água está chegando muito rápido.

Mas hoje é o quarto dia ainda. Calma. Temos que ver na casa de qual amigo iremos. Eu me lembro, fica tranquila, minha filha.

Desculpe, pai. Vem comigo. A água já vai alagar tudo. Dessa vez teremos que ir para um abrigo.

Não quero deixar minha casa pela segunda vez...


— Naquela época encheu lento. Subiu devagar. Não teve essa mortandade que tem como essa de agora. O que eu me lembro, que eu via falar, morreu uma pessoa eletrocutada que parece que caiu na água — diz o idoso de 98 anos.

O morador de Porto Alegre Alfredo de Souza Lima, de 98 anos, atravessou as duas enchentes históricas que devastaram a cidade – em 1941 e 2024


5. 

Pai, no Rio Grande do Sul tem bastante cavalos, não é?

Sim, muitos.

O senhor viu que um cavalo ficou cinco dias em cima de um telhado esperando alguèm resgatá-lo?

Sim, vi.

O senhor viu que um cavalo foi resgatado do terceiro andar de um prédio pelos bombeiros?

Sim, incrível.

Pai, por que os cavalos não têm asas?


6. 

Mãe, chuva é coisa boa ou coisa ruim?

Chuva é coisa boa, meu filho. Por que está perguntando isso?

Ouvi na tevê uma pessoa dizendo que o som da chuva é traumatizante para ela. 


7. 

Botes cheios. Pessoas com pavor nos rostos. Só mais um lugar. 

 - Só cabe mais um, diz o bombeiro. 

A mãe mais do que depressa, uma atitude sem pensar, instintiva, estica a mão com o documento da criança e o conduz pela janela. "Leva ele, eu fico".


8. 

600 mil é bastante, né?

Cara, 600 mil é uma quantia significativa. Olha, daria para comprar umas 3 casinhas e abrigaria 3 famílias com pai, mãe e umas 3 crianças cada uma.

É pouco!

Não estou falando de dinheiro não. Vi no noticiário hoje pela manhã que mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas devido as enchentes no Rio Grande do Sul. 

É bastante! 

Silêncio.


9.

Voluntários. Você sabe o que significa essa palavra no dicionario? Voluntário é aquilo "que não é forçado, que só depende da vontade; espontâneo, que se pode optar por fazer ou não".

Entende o que está acontecendo no Rio Grande do Sul neste momento. Entende que o ser humano escolhe fazer o bem na maioria das vezes.


10. 

Várias cenas são impressionantes nesse cenário das enchentes no Rio Grande do Sul, mas uma coisa tem me chamado a atenção. Muitos animais em cima dos telhados. Diariamente os noticiários mostram cachorros, gatos e até cavalos. Seus donos foram resgatados, seus pets ficaram para o segundo momento. Uma espera incansável, um cavalo ficou 5 dias em pé sobre o telhado de uma casa. O ser humano é prioridade. Enfin, uma lição fica para o ano de 2024: A humanindade aprendeu o significado de esperar, de ter paciência. E não foi um ser humano que ensinou...


11.

Manhê, será que o menino que doou essa camiseta para nós usava ela mesmo com esse buraco nas costas?


12. 

"Olha minha irmã querida, perdeu tudo e está fazendo marmita para os desabrigados", era a legenda de uma foto no Instagran de uma amigo (Decarli). Na sequência um outro (Vinícius) posta algo que ele nem imagina que faz total conexão com a foto do outro: "Eu vi os meus amigos se tornarem heróis e me orgulho demais de cada um deles". Essa tragédia ficará na história como uma lição de vida.



13. 

Casa, residência, habitação, domicílio, morada, vivenda, teto, lar, ninho, toca, rancho, cabana, choupana, apartamento, refúgio, tenda, caverna, proteção... foi isso que as pessoas perderam com a enchente. 


14. 

Pai, por que as pessoas não entende que se os policiais não precisassem ficar perseguindo e prendendo os bandidos, teríamos mais gente para ajudar nos resgates?

É, meu filho! Nem todo mundo está do mesmo lado. 


15. 

Um médico, um açougueiro, uma cozinheira, um bombeiro, um motorista de caminhão, uma dona de casa, um estudante, um veterinário, um famacêutico... saíram de suas casas em Foz do Iguaçu e foram ajudar as vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. 


16. 

" A cidade esteve vários dias às escuras, sem água, sem leite, sem jornal,  foi mesmo de assutar! A coitada da Belmira perdeu tudo, tudo... Os móveis abriram-se todos, estragaram-se completamente". 

( Helena Silva Stein - 16 anos em 1941)

Esse foi o trecho de uma carta naquela época. O que estariam escrevendo as meninas da mesma idade em seus Instagran, Facebook, Twiter, Tic Toc, Whatsapp, Snapchat...


17.

A bicicleta azul jamais sairá da minha mente. Um canal de tevê mostra nesse momento um menino em uma balsa improvisada, somente ele e sua bicicleta azul. Ele rema, a embarcação move-se lentamente e a bicicleta azul está lá, deitada, (um olhar mais da alma permite perceber um travesseiro e uma mantinha cobrindo a bike) sendo salva das águas. Qual seria a história por trás disso? Um presente, uma conquista, um sonho que ele luta para não ir "água a baixo"?


18.

Voltar para casa será mais triste do que quando saímos. 


19. 

É verdade que estão solicitando comprovante de residência para retirar doações nos pontos de distribuição? 

Ouvi dizer que sim.

Como faremos?


20.

Entre restos do que foi um lar, entre barro e ruínas, ali está o casal em um último abraço.


21. 

Leptospirose

Hoje é dia 22 de maio de 2024 e a segunda morte por leptospirose é confirmada no Rio Grande do Sul, mais precisamente na famosa Capital do Chimarrão. 


23. 

Mãe, por que os ratos estão contra nós também?


24. 

 - Mãe, mãe, um sinônimo de medo?

 - Previsão do tempo, meu filho. 

Nunca imaginei que a previsão do tempo causaria medo, pavor a um povo. 


25.

Será que tudo isso que estamos passando é só culpa das chuvas? Não daria para considerar falhar mecânicas? Talvez as motobombas não funcionaram direito, não estavam dimensionadas corretamente.

Olha amigo, até daria, mas daí teriam que considerar também falha humana e ninguém vai querer assumir essa culpa. 


26. 

Mãe, você está bem?

Estou sim meu filho, firme e determinada a viver, disse Elvira*.

Os dois desceram ria abaixo em grande velocidade agrarrados em entulhos.

Nem sei onde estamos, o rio nos levou para muito longe de casa, tenho certeza. São tantos destroços que só reconheço essa tampa de geladeira, não aguento mais me equilibrar. 

Fique firme, guri. Não pare de grita, não pare de procura seu pai. Não chegou a nossa hora. Fazemos parte do grande exército de sobreviventes, lembraremos ao mundo que Deus nos protegeu.

*Elvira - nome real desse episódio.

P.S. O nome "Elvira" é um nome de origem espanhola cujo significado é "verdadeiro e fiel". É derivado do nome germânico Alfihar, que é composto dos elementos alf - nobre ou sagrado - e hari - exército. Nas escrituras bíblicas o nome Elvira tem como significado "verdadeira adoração". Sua conotação lembra o dever dos cristãos de adorarem a Deus. Um trecho bíblico relata a história de Jefté, que promete a Deus, em caso de vitória, ofertar a primeira pessoa que encontrassse após a batalha, não sabia ele que seria sua filha Elvira. 


27.

Precisamos sair de casa novamente, as águas voltaram a subir.


28.

Sabia que existe um abrigo destinado apenas para crianças autistas?


29. 

"Essas fotos são tudo o que me resta das memórias de minha mãe". 

Frase dita por uma mulher que perdera tudo com as enchentes. Uma equipe de salvamento, em um ato de coragem e compaixão conseguiu resgatar os álbuns da família. 

Uma ideia que há tempos passeava em meu pensamento trouxe confirmação de que o que pensava tinha sentido. Em um dado momento, não me recordo o porquê disse que as pessoas somente morrem quando deixam de ser lembradas ou citadas. As memórias podem passar de pai para filho. Os filhos dessa mulher com certeza saberão quem foi sua avó, e mais, terão lembranças visuais por esse talvez, simples, mas heroico ato. 


30. 

Um amigo do corpo de bombeiros relatou ontem que já foram 13 carretas de doações daqui de Foz do Iguaçu para o Rio Grande do Sul. Ainda em nossa conversa disse que uma nova equipe estava indo para lá e agora não seria para resgate de pessoas vivas, mas de reconhecimento dos mortos...


31.

Sobe para 169 o número de mortos pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Novo boletim da Defesa Civil confirmou três novos óbitos. Número de desaparecidos caiu para 56 pessoas 

Ainda de acordo com a Defesa Civil, 2,3 milhões de pessoas e 469 municípios gaúchos foram atingidos pela tragédia climática. Ao todo, 581 mil pessoas desalojadas estão desalojadas e  55 mil em se encontram em abrigos. 

Revista Veja 26/05/2025 - Às 11h13.


32

Hoje completa um mês das enchentes no Rio Grande do Sul. Muitas pessoas ainda não conseguiram voltar para o que restou de suas casas. A capital está repleta de lixo na ruas. Comércios que tentam se reabrir não aproveitam nada do que ficou sob as águas. Os abrigos estão ainda lotados. Em alguns lugares a água não baixou. (29/05/2024)


33. 

Aqui no Paraná, em alguns supermercados, as gôndolas apresentam informações de produtos que são produzidos pela indústria graúcha. Nem todo o Brasil está unido em prol do Rio Grande do Sul, mas a região Sul, sim.


34.




 










quarta-feira, 8 de maio de 2024

MENTIRA NÃO TEM TAMANHO

 EPISÓDIO 1. 

Olá! Tudo bem?

Sim , e você?

Bem também. 

Uma pergunta: O que você me disse ontem é uma mentira, não é?

Por que está falando isso?

É que o que você me disse ontem é igual a mentira que conto sempre. Então achei que era mentira também. Mas se é verdade, desculpe. Passo a acreditar que minha mentira pode não convencer mais as pessoas. Preciso pensar em algo mais original. 


EPISÓDIO 2.

Menti na escola ontem.

Sério? Qual foi a mentira que contou?

Falei para a professora que não tinha feito a tarefa porque meu pai chegou tarde do trabalho e a mochila havia ficado dentro do carro. 

E a professora acreditou?

Eu acho que sim, mas agora estou pensando que não, pois ela me disse que nunca me viu de mochila na escola e no final da aula me perguntou se meu pai tinha comprado carro. 


EPISÓDIO 3.

Desculpe, mas eu precisei mentir.

Mas quando a mentira é permitida? Você está louco?

Não, não. Olha só, você vai me dar razão. Meu cachorro está com alergia e precisa tomar uma medicação, mas ele é muito experto. Acredita que pus um comprimido na comida dele e ele come toda a comida e deixa o medicameto de lado?

Incrível. Como são sabidos esses pet's.

Sim, mas por essa ele não esperava. Deixei-o fazer isso por uma semana. Todos os dias ele comia e deixava o remédio de sobra no pratinho. Mas agora ponho 2 pílulas na comida. Ele está acostumado a achar só uma. Ele me engana, eu engano ele. 


EPISÓDIO 4






quinta-feira, 2 de maio de 2024

Desvendando o Poder dos Infográficos no Aprendizado

 Na era digital, onde a informação está ao alcance de um clique, os infográficos emergem como poderosas ferramentas de aprendizado, combinando elementos visuais e textuais de forma cativante e informativa. Mas afinal, o que são infográficos e por que são tão eficazes no processo de aprendizado?

Em sua essência, um infográfico é uma representação visual de informações, que utiliza gráficos, ícones, imagens e texto para transmitir conceitos de maneira clara e concisa. Eles são projetados para simplificar informações complexas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis para um público amplo.

O potencial dos infográficos no aprendizado é vasto e multifacetado. Aqui estão algumas razões pelas quais eles são tão eficazes:

1. Visualização de Dados: Os infográficos permitem a visualização instantânea de dados e conceitos, tornando informações abstratas mais tangíveis e fáceis de entender. Gráficos e diagramas ajudam a ilustrar relações, tendências e comparações de maneira visualmente impactante.

2. Facilidade de Compreensão: Ao apresentar informações de forma visual e textual, os infográficos atendem a diferentes estilos de aprendizado, tornando o conteúdo mais acessível para uma variedade de pessoas. Eles simplificam conceitos complexos, transformando-os em uma narrativa visualmente atraente.

3. Engajamento do Leitor: Combinando elementos visuais atrativos com texto conciso, os infográficos capturam a atenção do espectador e mantêm seu interesse por mais tempo. Isso é especialmente benéfico em um mundo digital onde a atenção é um recurso escasso.

4. Retenção de Informação: Estudos mostram que a combinação de elementos visuais e textuais aumenta significativamente a capacidade de retenção de informações. Os infográficos permitem que o cérebro processe e assimile informações de maneira mais eficiente, facilitando a memorização a longo prazo.

5. Aplicação Multidisciplinar: Os infográficos podem ser utilizados em uma variedade de disciplinas e contextos educacionais. Seja na sala de aula, em materiais de estudo, ou em recursos de autoaprendizagem, eles são uma ferramenta versátil para explicar conceitos, contar histórias e transmitir conhecimento.

6. Estímulo à Criatividade: Tanto na criação quanto na interpretação, os infográficos estimulam a criatividade e o pensamento crítico. Ao projetar um infográfico, os criadores precisam pensar de forma estratégica sobre como apresentar informações de maneira eficaz, enquanto os espectadores são desafiados a interpretar e extrair significado das representações visuais.

Em suma, os infográficos são muito mais do que apenas uma forma atraente de apresentar informações. Eles são ferramentas poderosas que podem transformar a maneira como aprendemos, tornando o conhecimento mais acessível, envolvente e memorável. Incorporar infográficos em atividades de aprendizado pode aumentar significativamente a eficácia do ensino e enriquecer a experiência educacional como um todo.