quarta-feira, 19 de novembro de 2014
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
GÊNEROS TEXTUAIS PAS - UEM - Prof.º Thiago Benitez
Galera, o professor Thiago Benitez organizou uma excelente revisão com todos os gêneros textuais que serão cobrados no PAS-UEM.
Segue link: https://docs.google.com/file/d/0B93uSagnPDecR1paLWl3VFo0aE0/edit
Veja um exemplo:
Segue link: https://docs.google.com/file/d/0B93uSagnPDecR1paLWl3VFo0aE0/edit
Veja um exemplo:
RESUMO
Resumo é uma exposição abreviada
de um acontecimento. Fazer um resumo significa apresentar o conteúdo de forma
sintética, destacando as informações essenciais do conteúdo de um livro,
artigo, argumento de filme, peça teatral, etc. A elaboração de um resumo exige
análise e interpretação do conteúdo para que sejam transmitidas as ideias mais
importantes.
Resumir é identificar as ideias
centrais e secundárias de um texto; é apresentar uma síntese do texto que
corresponde à compreensão do que foi lido. Resumir é um exercício que combina a
capacidade de síntese e a objetividade. O resumo é um texto que apresenta as
ideias ou fatos essenciais desenvolvidos num outro texto, expondo-os de um modo
abreviado e respeitando a ordem pelo qual surgem.
Exemplo de
Resumo:
Em seu texto
publicado na Folha de São Paulo (22/10/2005), Marcelo Gleiser levanta a
seguinte questão: afinal a ciência é uma criação humana ou apenas uma
descoberta? Para muitos, cientista é aquele que revela o sentido oculto das
coisas pré-existentes, enquanto que o artista cria o que não existia antes.
No entanto Gleiser acredita que a ciência é uma criação do homem, assim como
a arte o é, apesar de obedecerem a critérios diferentes. Como exemplo ele
cita a gravidade, que ao longo da história foi explicada de maneiras
distintas por Aristóteles, Newton e Einstein, mas que poderá encontrar novas
possibilidades de explicação à medida em que o conhecimento científico
avança. Portanto, finaliza Marcelo, a visão científica é uma construção
humana em constante transformação, e o que se descobre são novos modos de
criar.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Professora aponta 8 temas de atualidades que podem cair na redação do Enem 2014
Redação Enem 2014: Papel da mulher no século XXI
Por se tratar de um tema social, o papel da mulher no século XXI é aposta de professores como tema da redação do Enem e de outros vestibulares há algum tempo. “A mulher está mostrando um protagonismo como atora social, principalmente nas posições políticas, e esse tema ainda não foi cobrado”, comentou a professora. Ainda para a professora, esse tema apresenta uma necessidade de discussão social e “esse tema pode ser articulado com algo como os progressos na sociedade e o problema de que a mulher ainda tem que enfrentar alguns problemas comuns no cotidiano”.
Por se tratar de um tema social, o papel da mulher no século XXI é aposta de professores como tema da redação do Enem e de outros vestibulares há algum tempo. “A mulher está mostrando um protagonismo como atora social, principalmente nas posições políticas, e esse tema ainda não foi cobrado”, comentou a professora. Ainda para a professora, esse tema apresenta uma necessidade de discussão social e “esse tema pode ser articulado com algo como os progressos na sociedade e o problema de que a mulher ainda tem que enfrentar alguns problemas comuns no cotidiano”.
Redação Enem 2014: Os “justiceiros”
Recentemente, observamos no País casos de pessoas que tomaram a justiça para suas próprias mãos. No dia 3 de maio, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi linchada até a morte por moradores do Guarujá que acreditaram que ela sequestrava crianças. Episódios como esse que tiveram grande repercussão de mídia fazem dos “justiceiros” um possível tema pra a redação.
Recentemente, observamos no País casos de pessoas que tomaram a justiça para suas próprias mãos. No dia 3 de maio, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi linchada até a morte por moradores do Guarujá que acreditaram que ela sequestrava crianças. Episódios como esse que tiveram grande repercussão de mídia fazem dos “justiceiros” um possível tema pra a redação.
“Acredito que as redes sociais, o papel da mídia e o processo de convocar as pessoas para fazerem justiça com as próprias mãos e afirmarem que o Estado não está presente é uma forma de o Enem tratar o assunto”, disse a professora. “O problema é que essa repercussão faz com que o estudante tenha uma argumentação falha e baseada no senso comum”, completou, destacando que o aluno deve estar bem informado para que o seu texto fuja do pensamento em massa.
Redação Enem 2014: Redes sociais x Direitos Humanos
Outra característica marcante do Enem é o fato de que o exame sempre vai buscar assuntos próximos do cotidiano dos estudantes e não há como negar que as redes sociais estão sempre presentes na vida desses candidatos. A discussão que poderia ser levantada na redação é a questão da privacidade e os limites que englobam as redes sociais com foco nos Direitos Humanos. Segundo a professora, “seria interessante que o jovem estivesse bem informado sobre o Marco Civil da Internet, marco que não foi muito divulgado e que aborda como a neutralidade da rede, o armazenamento de dado e o sigilo só poderiam ser quebrados judicialmente”. Ainda para ela, os estudantes não estão preparados para falar sobre o tema.
Outra característica marcante do Enem é o fato de que o exame sempre vai buscar assuntos próximos do cotidiano dos estudantes e não há como negar que as redes sociais estão sempre presentes na vida desses candidatos. A discussão que poderia ser levantada na redação é a questão da privacidade e os limites que englobam as redes sociais com foco nos Direitos Humanos. Segundo a professora, “seria interessante que o jovem estivesse bem informado sobre o Marco Civil da Internet, marco que não foi muito divulgado e que aborda como a neutralidade da rede, o armazenamento de dado e o sigilo só poderiam ser quebrados judicialmente”. Ainda para ela, os estudantes não estão preparados para falar sobre o tema.
Redação Enem 2014: O Futebol
Com os eventos esportivos que acontecem no Brasil em 2014, o futebol torna-se um candidato forte para a redação do Enem. Para a professora Andrea, existem diversas formas de abordar o tema como a sua dimensão cultural e histórica e o futebol como representante de uma sociedade democrática. Outra forma de abordar o tema seria a relação entre o futebol nos dias atuais e o mesmo esporte na ditadura militar. Com os 50 anos do Golpe Militar de 64, a professora acredita que “existe muita possibilidade de que essa relação seja feita. Seria pensar o futebol como método de alienação e o posicionamento das pessoas quanto ao mesmo”.
Com os eventos esportivos que acontecem no Brasil em 2014, o futebol torna-se um candidato forte para a redação do Enem. Para a professora Andrea, existem diversas formas de abordar o tema como a sua dimensão cultural e histórica e o futebol como representante de uma sociedade democrática. Outra forma de abordar o tema seria a relação entre o futebol nos dias atuais e o mesmo esporte na ditadura militar. Com os 50 anos do Golpe Militar de 64, a professora acredita que “existe muita possibilidade de que essa relação seja feita. Seria pensar o futebol como método de alienação e o posicionamento das pessoas quanto ao mesmo”.
Redação Enem 2014: Escassez de água
O Enem também apresenta uma forte preocupação com o meio ambiente. Em 2014, o País está sofrendo com problemas relacionados à escassez de água. Em São Paulo, especialistas se preocupam com o nível das reservas do Cantareira e dizem que no cenário mais otimista essa reserva se esgotará em outubro. “O Enem pode esperar que o candidato relacione o meio ambiente com as políticas públicas que pensem no bem estar do cidadão”, comentou a professora. “O Enem vai trabalhar com uma proposta de intervenção, por isso é importante que os jovens estejam informados sobre o que pode ser feito para amenizar o problema e as discussões que envolvem a utilização do volume morto das respostas, assim como os problemas relacionados à economia”, completou.
O Enem também apresenta uma forte preocupação com o meio ambiente. Em 2014, o País está sofrendo com problemas relacionados à escassez de água. Em São Paulo, especialistas se preocupam com o nível das reservas do Cantareira e dizem que no cenário mais otimista essa reserva se esgotará em outubro. “O Enem pode esperar que o candidato relacione o meio ambiente com as políticas públicas que pensem no bem estar do cidadão”, comentou a professora. “O Enem vai trabalhar com uma proposta de intervenção, por isso é importante que os jovens estejam informados sobre o que pode ser feito para amenizar o problema e as discussões que envolvem a utilização do volume morto das respostas, assim como os problemas relacionados à economia”, completou.
Redação Enem 2014: Campanhas de Vacinação
Recentemente, foram lançadas Campanhas de Vacinação para meninas de 13 anos contra o HPV. Essas vacinas geraram problemas envolvendo o preconceito que ainda existe sobre as campanhas de prevenção e a sexualidade em si. “Este é um tema interessante por ser de saúde pública e o Enem trabalha bastante as questões sobre a sexualidade. É importante refletir sobre as políticas públicas de prevenção às DSTs e encarar esse tema de uma forma ampla”, afirmou a professora.
Recentemente, foram lançadas Campanhas de Vacinação para meninas de 13 anos contra o HPV. Essas vacinas geraram problemas envolvendo o preconceito que ainda existe sobre as campanhas de prevenção e a sexualidade em si. “Este é um tema interessante por ser de saúde pública e o Enem trabalha bastante as questões sobre a sexualidade. É importante refletir sobre as políticas públicas de prevenção às DSTs e encarar esse tema de uma forma ampla”, afirmou a professora.
Redação Enem 2014: Racismo
O racismo na sociedade brasileira é uma das grandes apostas da professora para a redação do Enem 2014. “Eu acredito que o tema possa cair por vivermos em uma democracia racial que é uma grande falácia, e isso pode aparecer com alguma alusão ao sistema de cotas”, comentou. A professora de redação ainda acredita que o tema pode ser relacionado ao futebol e à formação de identidade devido aos acontecimentos recentes com o jogador Daniel Alves, que foi atingido por uma banana em uma partida.
O racismo na sociedade brasileira é uma das grandes apostas da professora para a redação do Enem 2014. “Eu acredito que o tema possa cair por vivermos em uma democracia racial que é uma grande falácia, e isso pode aparecer com alguma alusão ao sistema de cotas”, comentou. A professora de redação ainda acredita que o tema pode ser relacionado ao futebol e à formação de identidade devido aos acontecimentos recentes com o jogador Daniel Alves, que foi atingido por uma banana em uma partida.
Redação Enem 2014: O Brasil diante dos estrangeiros
O Brasil vai receber um grande número de estrangeiros neste ano devido aos eventos esportivos. Diante disso, a professora também aposta em um tema relacionado à imagem dos brasileiros para esses viajantes. “Como brasileiro quis se mostrar e como ele se mostrou? Qual é a cara do Brasil? O Enem pode cobrar essa relação e o encontro de culturas que acontece em 2014”
O Brasil vai receber um grande número de estrangeiros neste ano devido aos eventos esportivos. Diante disso, a professora também aposta em um tema relacionado à imagem dos brasileiros para esses viajantes. “Como brasileiro quis se mostrar e como ele se mostrou? Qual é a cara do Brasil? O Enem pode cobrar essa relação e o encontro de culturas que acontece em 2014”
fonte: http://noticias.universia.com.br/en-portada/noticia/2014/06/09/1098473/professora-aponta-8-temas-atualidades-podem-cair-redaco-enem-2014.html
terça-feira, 4 de novembro de 2014
ESQUELETO DE REDAÇÃO - TEXTO GENÉRICO
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Entenda as competências cobradas na redação do Enem
Tirar nota 1.000 na redação é o maior desejo de muito vestibulando. Por isso, para que você compreenda a maneira que sua redação será avaliada e saiba o que você deve fazer na hora da prova para atingir esse objetivo,confira quais são as competências cobradas no Enem:
Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
Na sua redação, você deve ser objetivo e claro utilizando vocabulário variado. Além disso, você não pode escrever usando marcas da oralidade, como gírias, afinal o avaliador analisará se você sabe distinguir os registros formal e informal.
Na sua redação, você deve ser objetivo e claro utilizando vocabulário variado. Além disso, você não pode escrever usando marcas da oralidade, como gírias, afinal o avaliador analisará se você sabe distinguir os registros formal e informal.
Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento, para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo
É nesse momento que o avaliador verá a qualidade da sua leitura porque para aqueles que lêem bem, torna-se fácil escrever dentro dos requisitos da proposta da redação. Avaliando essa competência, o corretor também perceberá sua bagagem cultural, já que você exibirá nos seus argumentos exemplos da sua vida, seja experiências pessoais, seja livros e filmes com os quais você cruzou ao longo dos seus anos. Para ter uma boa avaliação nesse quesito, deixe clara a tese que você quer defender e utilize argumentos fortes, isto é, que de fato provem o seu ponto de vista. Atente também ao uso que você fará dos textos motivadores. Estes devem servir apenas como inspiração para seu texto, ou seja, não os copiem. Desenvolva suas próprias ideias.
Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
A relação entre as competências 2 e 3 é inegável, já que esta última atenta ao seu conhecimento de mundo e como você o usou na sua redação.. Sobre isso, a professora de redação Andrea Lanzara, do Cursinho da Poli, em São Paulo, comenta: “a competência 2, que é a compreensão da proposta, e a competência 3, que vai selecionar, organizar, interpretar os fatos e opiniões em defesa de um ponto de vista cobram o modo como o aluno leu a proposta de redação.”. É também observado pelo avaliador, baseando-se na competência 3, a coerência do seu texto e se o leitor consegue compreendê-lo facilmente.
Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
“O candidato soube encadear bem suas ideias?” É esta a pergunta que o avaliador fará ao ler sua redação. Em outras palavras, você deve se preocupar se usou adequadamente as conjunções e preposições para conectar suas sentenças e parágrafos, se estes estão bem estruturados e se seu texto, de maneira geral, tem sua sequência lógica.
Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos
Geralmente, a proposta de redação propõe ao estudante um problema e, por isso, pede que você sugira uma solução. No entanto, mais do que viável, sua resolução deve respeitar a cidadania, liberdade e diversidade cultural, além de ser solidária. Detalhe sua proposta de solução e confira se ela é coerente.
fonte: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/29/1108747/entenda-competencias-cobradas-redaco-enem.html
domingo, 2 de novembro de 2014
TEMA DE REDAÇÃO ENEM 2014 - DICA DO PROF. EMERSON
Violência contra a mulher: Opinião do brasileiro sobre estupro gera protestos
Os resultados da pesquisa "Tolerância social à violência contra as mulheres", divulgada em março de 2014 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), provocou diversas reações nas redes sociais após apontar que 65,1% dos entrevistados concorda total ou parcialmente que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.
Poucos dias após a divulgação da pesquisa, o Ipea reconheceu que o resultado estava errado. O percentual correto para a questão é 26%. Mesmo assim, a pesquisa levantou outros pontos que chamam atenção: Para a maioria dos entrevistados (58,5%), "se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros" e para 65,1%, “mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar”.
Outros resultados apontaram que 22,4% concordam que a questão da violência contra as mulheres recebe mais importância do que merece; para 54,9% existe mulher que é para casar e mulher que é pra cama; e para 27,2%, a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo quando não tem vontade.
Repercussão
A conclusão de que a culpa pelo crime do estupro seria da própria vítima –resultado que depois se mostrou errado-- chocou a opinião pública e gerou uma campanha nas redes sociais logo após a divulgação da pesquisa. Criado no Facebook pela jornalista Nana Queiroz, de Brasília, o movimento #eunãomerecoserestupradapropôs que o internauta tirasse uma foto de si mesmo com uma placa com o mote da campanha.
Apesar do efeito viral positivo, centenas de usuários postaram ameaças e agressões na página do evento, comprovando que o pensamento de parte da sociedade não está tão distante da pesquisa. Um dos agressores, por exemplo, segurava um cartaz com os dizeres "#eu já estuprei e estupro de novo". Outros ameaçaram as manifestantes de estupro. Organizadores do evento procuraram a polícia, que vai identificar e tentar enquadrar os agressores por apologia e intenção ao crime.
A repercussão da pesquisa foi também reflexo de acontecimentos anteriores. Na semana que antecedeu a divulgação da pesquisa, a violência contra o sexo feminino também ficou em evidência com os casos de vítimas de abusos sexuais no metrô e nos trens de São Paulo. Páginas de internautas que incentivam o assédio de mulheres no transporte público têm sido monitoradas pela polícia, como os autodenominados “encoxadores do metrô”, uma comunidade de 12 mil usuários no Facebook.
Em fevereiro deste ano, quatro anos após ter sido produzido, um curta-metragem da cineasta francesa Eléonore Pourriat fez sucesso na internet. No vídeo “Maioria Oprimida”, ela mostra como seria o mundo se os homens fossem sistematicamente alvo de ofensas físicas e verbais por mulheres, com situações que elas lidam no dia a dia. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a diretora criticou o sexismo e disse que o filme está mais atual do que nunca. “Meu filme fez sucesso agora por que certos direitos estão ameaçados. É como uma maré negra”.
No Brasil, o site Think Olga promove a campanha “Chega de Fiu Fiu”, que pede o fim das cantadas e do assédio sexual às mulheres. Em pesquisa feita pelo site, 81% das mulheres já deixaram de fazer alguma coisa (como passear) por medo do assédio masculino na rua.
Todos esses casos revelam como o estupro e o pensamento machista ainda estão presentes na nossa cultura e nos números de violência.
Segundo dados do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os casos de estupros no Brasil superam os de homicídios dolosos. Em 2012, foram 50 mil casos registrados. Pelo Twitter, a presidente Dilma afirmou que os dados são alarmantes e lembrou que muitas mulheres ainda não denunciam a violência por medo e vergonha.
Atualmente, somente uma pequena parcela dos estupros chega ao conhecimento da polícia. A partir de estatísticas de atendimentos realizados em 2011 por postos de saúde e hospitais públicos, um levantamento do Ministério da Saúde estima que no mínimo 527 mil pessoas sejam estupradas por ano no Brasil. O estudo Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde revela que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. Para essa parcela, o maior perigo está dentro de casa - 80% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou conhecidos das vítimas.
Onda de conservadorismo
A luta das mulheres por direitos, ou o movimento feminista, pode ser dividida em três momentos: as reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, divórcio, educação e trabalho, nos séculos 18 e 19; a liberação sexual, impulsionada pelo aumento dos contraceptivos, no fim da década de 1960; e a luta por igualdade no trabalho, iniciada no fim dos anos 1970. Hoje, grupos feministas ainda buscam avanços no que diz respeito aos direitos reprodutivos, uma briga já ganha em alguns países, mas que enfrenta o poder das alas conservadoras em outros.
A conquista destes e de outros direitos civis no Ocidente está diretamente relacionada a uma forte resposta conservadora contra o avanço dos mesmos. Nas ciências sociais, o termo usado para esse fenômeno é a palavra “backlash”. Se por um lado a sociedade está mudando, por outro, uma parcela quer manter o que já é tradicional e se mobiliza para isso.
No Brasil, no campo da política, esse efeito se reflete na aprovação de novas leis no Congresso, principalmente em temas que discutem sexualidade, saúde reprodutiva e vida familiar. Entre os exemplos estão propostas como a criação do Estatuto da Família, de autoria do pastor e deputado Anderson Ferreira (PR-PE), que reconhece como família apenas a união entre homem e mulher; o projeto da “cura gay”, do deputado João Campos (PSDB-GO); e o Estatuto do Nascituro, com o objetivo de proibir o aborto em caso de estupro – direito assegurado por lei -- e obrigar que o pai pague pensão alimentícia às crianças concebidas mesmo em uma relação sexual forçada.
Um dos principais motivos do aumento desses projetos é a ascensão nos últimos anos da chamada bancada evangélica, que conta com um número expressivo de deputados que levam para o Congresso propostas baseadas em valores e crenças religiosas. Embora o Brasil seja um Estado laico, em que religião e o Direito teoricamente não se misturam, o processo democrático permite que o deputado tenha a liberdade de apresentar qualquer tipo de proposta para votação.
No Brasil, muitas são as iniciativas de grupos de mulheres e coletivos para diminuir a violência de gênero. No Governo Federal, quem trata do tema é a Secretaria de Política para Mulheres trabalha na ampliação de campanhas para divulgar a Lei Maria da Penha, criada em 2006 e hoje o principal instrumento jurídico para coibir e punir a violência doméstica contra mulheres.
Outra ação é o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, criado em 2007 para articular iniciativas contra esse tipo de violência. Além disso, a ONU Mulheres no Brasil tem tomado medidas para acabar com a violência contra as mulheres. Entre elas, o Protocolo para a Investigação das Mortes Violentas de Mulheres por Razões de Gênero, a campanha "O valente não é violento" e o aplicativo "SOS Mulher", que faz parte de um projeto global por cidades seguras para mulheres e meninas.
FONTE: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/opiniao-do-brasileiro-sobre-estupro-gera-protestos-contra-a-violencia-machista.htm
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